Capítulo 3.

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Não importava o quanto aquele homem continuasse falando, absolutamente nada era absorvido pela mente de Vegas, que se recusava a parar de refletir em como sua má sorte estava sendo excessivamente trabalhada desde aquele maldito evento.

— …além do mais, eu gostei muito do seu currículo e portfólio, é muito talentoso. Um fotógrafo e tanto. — Ayan sorriu, entrelaçando as mãos uma à outra enquanto encarava o homem sentado do outro lado da mesa. — Eu quero contratar você, Vegas.

"Mas eu já não sei mais se quero ser contratado", sua mente ecoou o pensamento, forçando-o a disfarçar sua expressão de desconforto da melhor forma que pôde.

— Você gostaria de trabalhar conosco? — o homem vestido socialmente acrescentou, decidido a tentar lhe convencer. — Deixe-me explicar algumas coisas, talvez isso ajude a fazer com que considere a proposta com mais clareza. — pegou os papéis que estavam em sua frente e uma caneta, girando-a nos dedos enquanto separava um dos documentos para ler. — Seus serviços serão exclusivamente para a nossa empresa, ou seja, você cobrirá todos os eventos que forem organizados pela agência. Caso seja algo muito grandioso, podemos encontrar ajudantes para o dia, é claro, mas você será nosso fotógrafo oficial. Atendemos a vários tipos de demanda, desde festas pessoais até lançamentos do grande mercado, não somos limitados, entende? — o fotógrafo balançou a cabeça afirmativamente, concordando. — Então, podem ser coisas grandes ou não, mas você ainda seria o nosso fotógrafo principal. Em alguns casos, os clientes podem contratar esse serviço de fora também, mas você ainda estaria lá para recolher material do nosso próprio trabalho para colocar no sistema depois. Mas sendo bem sincero, acho difícil a possibilidade de alguém não querer seu trabalho, já que foi super indicado por pessoas de sucesso que conheço e com ótimas demonstrações.

— O que isso quer dizer? — o Theerapanyakul proferiu baixo, sentindo-se atordoado.

— Eu vi as fotos do casamento de Phueng, ficaram incrivelmente boas, a sua técnica é muito única.

Ele forçou um sorriso, tentando parecer minimamente amigável. Pelo menos ele esperava que tivesse passado essa impressão, embora a dureza na expressão tornasse difícil esboçar qualquer coisa.

— Obrigado.

— Então, vai fazer parte da equipe? — Ayan insistiu, empurrando o contrato na frente do outro com uma caneta posta em cima da folha.

Ele intercalou o olhar entre o homem de bom humor ridiculamente excessivo e o documento, suspirando fundo. Com a incerteza palpitando na mente, Vegas segurou a caneta entre os dedos.

Ayan o estudou com atenção, parecendo intrigado.

— Sabe, eu assumo que sou uma pessoa persistente por natureza. — riu, atraindo a atenção de Vegas. — Mas nesse caso, é realmente porque gostei muito do seu trabalho e quero que seja meu funcionário. Podemos conversar sobre o salário novamente, se for esse o problema.

Não era. O salário seria bom o suficiente para que ele conseguisse adiantar algumas parcelas restantes do apartamento e organizar uma viagem para visitar a mãe na Colômbia com o pai e o irmão mais novo no final do ano. Aquela quantia que receberia por mês melhoraria sua vida que já era boa, dobrando os benefícios.

Então, Vegas sorriu para o empresário, abaixando a cabeça em seguida.

Prendendo um suspiro no peito, ele assinou o documento.

— Oh… — Ayan se jogou para trás na cadeira, sorrindo amplamente. — Eu já estava me preparando para persuadir você.

— Obrigado pela oportunidade, senhor Yoshida. — ele pressionou os lábios um ao outro, abaixando um pouco a cabeça para o homem em sinal de respeito. — Espero não decepcioná-lo com meu trabalho.

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