Vegas nunca havia sentido um alívio tão instantâneo quanto no momento que Pete atravessou a soleira da porta e se jogou em seus braços, o segurando firmemente sob os ombros enquanto enfiava o rosto na curva do seu pescoço, aninhando-se confortavelmente contra seu corpo, como se estivesse desesperado, completamente faminto, pelo mais simples toque.
Não poderia julgá-lo, pois levaram ridículos segundos até que estivesse retribuindo o abraço, mantendo-o perto o suficiente ao ponto que não poderiam diferenciar onde um começava e o outro terminava, tão unidos que pareciam um só. O mais novo gostava daquele contato profundo, envolvido na respiração de Pete enquanto sentia seu perfume forte invadindo sua mente gradativamente, fazendo-o se perguntar como poderia tal coisa confortá-lo quando era um cheiro claramente intimidante para qualquer pessoa em sã consciência.
Algumas coisas relacionadas a Pete não faziam sentido, simplesmente eram o que eram. E Vegas estava mais do que satisfeito com isso.
Fechando a porta com o pé, o Theerapanyakul segurou as coxas do mais velho e o impulsionou para cima, pegando-o no colo, antes de caminhar até o centro da sala, sentando-se no sofá com ele ainda grudado ao seu corpo feito um coala, suas mãos firmes agarradas em seu pescoço, o rosto tão próximo da curva do pescoço de Vegas, que conseguia sentir a ponta do seu nariz tocando a pele, lufadas de ar baixas e tranquilas chicoteando continuamente.
Ele não se atreveu a intervir, apenas acariciou seus cabelos com ternura, permitindo que ele levasse o tempo necessário para conversar, coisa essa que levou minutos afora.
Quando Pete suspirou audivelmente e se afastou, olhando-o com atenção, seus lábios se curvaram em um sorriso pequeno, descendo os dedos para circular o polegar na bochecha dele.
— Recarregando as baterias. — foi a primeira coisa que o mais velho disse, se inclinando para o carinho que recebia. Seu peito estava aquecido só de poder contemplar os olhos de Vegas, sempre tão feliz em visualizar as orbes escuras em sua direção, ganhando toda a atenção dele. Fazia Pete se sentir importante, especial. — Oi.
O fotógrafo sorriu mais largo, acomodando o outro homem em seu colo para que ele não ficasse desconfortável.
— Oi, cariño. — respondeu Vegas, puxando a nuca de Pete para dar-lhe um selinho rápido.
Ao menos teria sido isso caso o mais velho não tivesse agarrado seu rosto e aprofundado o beijo, o fazendo se desmanchar por dentro como uma poça, entregue para ele, cedendo de imediato. Não tinha chances de negar. Havia algum tipo de ganância na maneira que Pete se movia, tão sedento por colocar a língua na sua boca que deixou Vegas um pouco desnorteado, a mudança de humor rápida demais para acompanhar.
Em contrapartida, Pete não se importava de parecer tão afobado. Depois que Ayan tinha voltado de viagem, ele não teve a oportunidade de tocar em Vegas de nenhuma maneira, nem mesmo na agência. Como as coisas estavam andando para o fim em seu casamento, decidiu não ser tão óbvio perto do fotógrafo, estabelecendo somente a relação profissional que possuíam desde o início. Fora necessário, obviamente, mas custou muito do controle que ele não tinha.
Agora, ele estava coberto de saudades de Vegas.
— Senti tanto a sua falta. — expressou ao separar o beijo, encostando sua testa na do mais novo. — Senti falta de tocar você, de ficar mais perto de você.
Vegas suspirou, olhando-o nas orbes castanhas com um pequeno sorriso no rosto.
— Eu também, bebé. Você mal pode imaginar o quanto. — esfregou os dedos calmamente perto dos fios na nuca de Pete, onde suas mãos foram arrastadas em meio ao ósculo. — Que pasó? Hum? Está estranho, parece um pouco pra baixo.
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Siénteme | VegasPete
RomancePete havia terminado seu namoro de longo prazo com Vegas, os afastando definitivamente quando foi embora, deixando-o arrasado. Mesmo com tantos conflitos, os anos se passaram em um piscar de olhos e tudo parecia nos eixos. Isso até Pete ter que volt...