Capítulo 9.

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Toda a comida parecia arruinada naquele instante, tornando ambos os semblantes dos jovens em frustração pura. Mesmo que tivessem feito uma pequena bagunça em meio às brincadeiras tentando cozinhar um dos pratos favoritos que tinham em comum, não esperavam que o resultado final fosse tão negativo.

— E agora? — Pete levou as mãos à cintura, tirando a atenção das panelas no fogão e virando-se para o namorado com um bico nos lábios. Ele estava adorável com os cabelos bagunçados e as bochechas sujas de farinha.

— Acho que não há como salvar, cariño. Perdemos todos os ingredientes. — Vegas suspirou, aceitando a derrota. Com os lábios franzidos, ele pôs uma das mãos na bochecha do amado, acariciando perto de sua covinha. — Lo siento, mi cielo.

— Está tudo bem, osito. Não foi culpa sua, tentamos nosso melhor para uma primeira tentativa. — o mais velho segurou o pulso do namorado, arrastando o polegar em sua pele com delicadeza, retribuindo o toque. — Mas o que nós vamos comer agora?

Um sorriso ladino despontou no rosto do estudante de fotografia, se aproximando mais de Pete enquanto as mãos viajavam até sua cintura, circulando o corpo esguio com os braços firmes, surpreendendo-o pela atitude repentina, mas sem ousar se afastar, aproveitando o quão perto estavam para alcançar o pescoço de Vegas também.

— Você eu não sei, corazón... — disse provocativamente sobre os lábios do Saengtham, resvalando contra os seus. Seus olhos vidrados sem deixar o contato visual ser quebrado enquanto era empurrado com cautela para trás, até seu corpo colidir com algo. — Mas eu sei o que vou comer.

Dito isso, Vegas segurou as coxas de Pete com força, impulsionando o corpo dele para cima, fazendo-o sentar na bancada da cozinha em um só pulo, assustando-o com a agilidade. Seus pelos se eriçaram pelo contato gélido do mármore na pele quente, ocasionando uma arfada involuntária.

— Vegas, nós estamos na cozinha do seu pai! Está maluco? — Pete deu um tapa leve no braço de Vegas, mas sem soltá-lo, assistindo o mais novo rir de sua reação repentina. Ele não estava totalmente confortável com aquilo, temendo pela falta de consideração perante ao seu sogro.

— Eu moro aqui, tecnicamente é minha cozinha também. — contrapõe Vegas, indo em direção ao pescoço do estudante de design, distribuindo beijos molhados e pesados antes de sugar uma marca avidamente em sua garganta, arrancando um gemido baixinho do outro. — O que te assusta, cariño?

Inalando o cheiro inebriante do perfume dele, Vegas começou a acariciá-lo com toques ásperos, deslizando as palmas pelas coxas desnudas graças ao short que usava, até chegar a pele do quadril, apertando entre os dedos depois de subir sua camiseta. Pete sentia a excitação começando a crescer, tornando o pau mais duro a cada toque, impossibilitando os pensamentos racionais de agirem. Parecia tão errado estarem compartilhando tesão em plena bancada de uma casa que nem era sua.

— Vamos para o seu quarto... — proferiu em um fio de voz, suspirando. Estava difícil manter a mente sã, esforçando-se enquanto ainda tinha capacidade para dizer qualquer coisa correta e coerente.

— E por que? Já estamos aqui, de qualquer forma, mi amor. — afastou o rosto alguns centímetros, contemplando o garoto com lábios abertos e bochechas rosadas, encarando-o com belos e arredondados olhos castanhos. Podia ver a própria luxúria espelhada em sua íris. — Déjame decirte, corazón... — as mãos calorosas de Vegas subiram mais um pouco em seu abdômen, rastejando livremente conforme sorria com malícia. — Eu tenho uma fantasia sobre transar na cozinha.

As sobrancelhas de Pete se juntaram, formando um vinco curioso. Colocando uma das mãos na nuca do amado, enrolou os dedos nos fios escuros do local, puxando-os com certa firmeza.

Siénteme | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora