Sing And Play

Corpo

— Minha relação com o Kazuha é meramente profissional. — Falei cabisbaixo, enquanto o homem de cabelos azuis me rodeava. — Eu beijei ele sim, mas foi meramente pelas views!

— Não ouse aumentar o tom de voz comigo, bonequinha. — O homem falou de forma ameaçadora, segurando o meu queixo. — Eu julgo se o que você fez é certo ou não, parece que você é bem esquecido, devo te fazer reassinar ir aqueles vídeos de você me chupando e dando para mim?

— A-ah... Não senhor. — Tentei abaixar a cabeça, mas o homem me forçava encara-lo.

Eu não dei para você seu maldito, você me dopou e me forçou a fazer! Da primeira vez... depois ele usou esse maldito vídeo para me obrigar a fazer com ele várias e várias vezes.

— Eu sei o que está acontecendo, você que deu a ideia de morar com o Kazuha, queria que eu parasse de ir no seu apartamento, não é? E agora faz a ousadia de beijar outro homem em frente a milhões de pessoas!

O homem me deu um tapa no rosto, eu estava com ódio, muito ódio mesmo, o pior dessa merda é não poder revidar, não porque eu sou fraco, mas sim por chantagem, e daí sou obrigado a abaixar a merda da minha cabeça!

— Você ainda quebrou a preciosa câmera que eu te dei. — O homem jogou a câmera com tudo em cima de mim, acertando a minha cabeça e me derrubando no chão.

— A-agh! — Me encolhi um pouco, e ele se aproximou.

— Abra as pernas, eu vou te fuder aqui e agora, e gravar com essa câmera quebrada como punição, seu belo rosto vai ficar lindo de qualquer jeito. — Ele forçou a minha cabeça contra o chão, abrindo as minhas pernas à força. — E depois, eu vou enviar esse vídeo para o Kazuha, quem sabe ele te abandone quando ver a vagabunda nojenta que você é.

— N-não! Por favor não! E-eu faço o que você quiser! — Eu não consegui mais segurar, sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto rapidamente. — E-eu imploro...

— Eu quero te fuder sem camisinha, quem sabe se você engravidar de mim você aprende uma lição sua puta. — Eu odeio... Odeio quando ele me trata no feminino de propósito. — Qual vai ser a reação dele descobrindo que você nem é homem de verdade?

— Eu sou a porra de um homem! — Gritei irritado, e ele forçou o meu pescoço apertando.

— Não! Você é uma boneca, e uma prostituta, agora cale a merda da sua boca!

* * *

— Então, o que acha? — Perguntei, vendo a garota abaixar a cabeça coçando o braço.

— Olha Kazuha... Acho que fazer ciúmes em alguém não é muito legal e... — Fiz uma carinha de gatinho abandonado, vendo a garota abaixar o olhar. — Não faça isso! Você sabe que eu fico com dó.

— Siimm... — Continuei, vendo Ayaka se afastar um pouco. — Por favooor.

— Aaaa Kazuha!!! Eu vou chamar o meu irmão! — Ela corou irritada.

— É só segurar a minha mão, fazer umas carícias durante o programa, bem disfarçadamente só para o público achar que nós temos um namoro escondido!

— Kazuha...

— O que estão fazendo aqui? — Ayato perguntou, se aproximando de nós. — Em apenas mais alguns minutos nós vamos ao ar, é melhor vocês dois irem para os seus lugares!

— A-ah claro... — Ayaka comentou, e eu caminhei junto dela.

Não demorou muito para o programa começar, e a apresentadora, Charlotte, uma jornalista jovem e talentosa, começou a fazer as apresentações.