Hayloft II

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Lá estava eu, completamente nu, sentado na cama, segurando uma faca e abraçando uma almofada por cima dela, escondia a faca e seria perfeita para o que eu pretendo fazer.

Meu corpo não conseguia parar de tremer, mesmo que eu tivesse decidido: Eu preciso matar o Dottore, eu não aguento mais esse tipo de coisa, não vai haver solução mágica para o meu problema.

— Querido, já está pronto? — A voz veio do lado de fora do quarto, me fazendo apertar a faca com força.

Eu VOU matar ele, nem que eu vá preso e apodreça naquele lugar, eu não posso SUPORTAR mais isso.

— Estou... — Comentei, com nojo de tudo ao meu redor.

Kazuha não vai me salvar, ele não pode, ele nem sabe onde eu estou, eu preciso dar um jeito nisso sozinho.

O homem entrou no quarto, me observando de modo estranho provavelmente suspeitando da almofada, me fazendo abaixar a cabeça.

— Por que está com essa almofada na barriga? — Perguntou, arqueando as sobrancelhas.

Sabia que ele ia desconfiar, infelizmente ele não é burro, só psicopata.

— É uma posição que eu vi na internet... Você entra entre as minhas pernas, parece que fica confortável, pode procurar se quiser, esqueci o nome, mas era algo como... — Abaixei a cabeça, deixando a faca com cuidado debaixo da almofada, e abrindo os braços. — Algo assim... Não sei se conhece.

Apertei a almofada contra mim mesmo, vendo o homem rir, mordendo os lábios de modo convencido.

— Gostei, não preciso do nome, você fica fofo quando faz isso, pode manter ela aí. — Ele deu de ombros, de modo convencido.

A faca cutucou levemente minha barriga, me fazendo morder o lábio, se ele perceber meu plano antes, com certeza eu vou estar morto.

Voltei a posição inicial, vendo o homem retirar as suas roupas, minha respiração estava ofegante e tensa, por que eu estou com tanto medo de matar ele?! Eu quero isso.

O homem me olhou, se aproximando da cama e parando na minha frente, lentamente tocando minhas pernas e as abrindo.

— Tão delicado... Nem acredito que você deixou outro homem tocar em você. — O homem me olhou feio, e segurei o cabo da faca com ambas as mãos. — Era para você ser apenas meu, bonequinha.

Conforme ele se deitou, segurei a faca com força, deixando o homem se aproximar. Ele parou, olhando para baixo um pouco surpreso.

— O que é iss- — Finquei a faca com força na almofada, perfurando ela e a barriga do outro. — A-agh!

— Doeu?! — Retirei a faca, colocando de volta em um ataque de raiva. — ESTÁ DOENDO?!

O homem gorfou sangue em cima de mim, e incrivelmente eu... Comecei a chorar, enquanto minha mão se movia praticamente sozinha.

Eu nem percebi quantas vezes comecei a tirar e fincar a faca de novo e de novo, era raiva, raiva acumulada de todos esses anos, era vingança, desejo por sangue.

— Ahhh! AHHH PA-PARE! SEU- GAHH! — O homem gritava em desespero, e me afastei dele, o jogando contra a cama e subindo por cima.

— EU TE ODEIO, EU TE ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! — Dei uma facada no seu braço. — VOCÊ FEZ A MINHA VIDA SER UM INFERNO POR ANOS E ANOS SEM INTERVALOS!

— AHHHHANG!

Passei a faca pelo seu pescoço, cortando o local para que Dottore não pudesse berrar mais, seus gritos me irritavam, ele nunca ligou quando era eu gritando assim!

Sing And PlayOnde histórias criam vida. Descubra agora