Remember Me - Jensoo G!p

Capítulo 21

JISOO

Sua boca está fundida à minha, impedindo que minha recusa escape. Se eu fosse honesta comigo mesma, poderia impedi-la se quisesse.

Mas eu não quero.

Eu não quero impedi-la ou impedir isso. Eu quero me perder em seu toque. Eu a amo tanto que isso está me destruindo.

Lalisa esbarrou em mim antes de sairmos, dizendo que teríamos uma conversa em breve. Ela vê o jeito que eu olho para Jen, as coisas que eu pensei que estava escondendo, mas ela não tem ideia de que Jennie é a primeira coisa em anos que me faz sentir viva e digna de novo.

Ela não me vê como uma mulher com um prêmio ou um salário. Ela vê as rachaduras e pedaços quebrados e me ama ainda mais por eles.

Agora é ela quem está quebrada, e posso não ter permissão para ajudá-la a se recompor como ela fez por mim, mas posso fazer isso. Eu posso dar a ela o que ela está pedindo, que é o que nós duas precisamos, e então eu vou direto para o inferno.

Suas mãos estão no meu ombro, empurrando-me para o chão. Eu caio para trás, e ela está em cima de mim. 

— Jen — eu digo, pedindo mais e parando.

— Sem falar. Por favor. Não...

Eu empurro minha mão em seu cabelo, segurando as mechas castanhas e sedosas em meus dedos. Eu puxo sua boca de volta para a minha e ela geme. Eu a deixo liderar, dando a ela o controle que eu sei que está procurando.

Quando voltei da última missão, eu estava do mesmo jeito. Eu não sabia mais quem eu era ou como processar tudo o que via, e eu precisava ter algo, alguém que pudesse me dar isso. Era ela. E agora, farei o mesmo.

Eu a beijo mais fundo e mudo seu corpo um pouco para que eu possa sentir seu calor. Ela geme quando eu me levanto, atingindo o ponto onde eu sei que ela precisa de mim.

— Jisoo. — A voz de Jennie flutua sobre meu nome.

Eu agarro seus quadris, suas mãos se movem para o meu peito, então ela está sentada como uma maldita rainha em cima de mim. Seus olhos estão nos meus, a cor se tornando líquida em seu desejo. Eu puxo seu vestido para cima, deslizando meus dedos sobre sua pele macia.

— Qualquer coisa que você quiser, eu vou te dar — eu prometo.

— Você, eu quero você.

Ela nunca tem que pedir isso. Eu sou dela, e sempre serei. Eu a amo com tudo o que sou. Eu nunca vou negá-la, malditas sejam as consequências.

— Então pegue o que você quer — eu a encorajo.

Ela se mexe, puxando meu vestido para cima, e eu solto seus quadris o suficiente para removê-la. Não importa que tenhamos feito amor centenas de vezes porque, agora, é quase como a primeira vez de novo.

Lembro-me da maravilha que ambas sentimos. Como nós duas queríamos e estávamos apreensivas ao mesmo tempo. Isso não deveria acontecer, Jennie e eu. Não fomos uma conclusão precipitada. Não, éramos amigas que se tornaram muito mais.

Eu empurro o cabelo castanho atrás de sua orelha. 

— Isso é tudo? — pergunto.

Ela balança a cabeça com o lábio inferior entre os dentes.

— Não? O que mais?

Jennie me dá um sorriso tímido, e então estamos cara a cara e seu cabelo cria um véu em torno de nós. Seus lábios estão nos meus enquanto suas mãos se movem dos meus ombros para os meus braços até que ela tenha nossos dedos entrelaçados.

Estou à mercê dela. Assim como estou há muito tempo. Muito cedo, ela se levanta e rola de cima de mim para o lado dela. 

— Tire sua cueca — ela exige.

— E você? Vou ficar nua enquanto você ainda está com esse vestido.

Ela se levanta, e eu faço o mesmo. Eu não dou a ela exatamente o que ela pede ainda. Eu quero vê-la. Eu preciso vê-la. Eu perdi tudo isso. A ludicidade que temos. A confiança que compartilhamos, sendo completamente descaradas uma com a outra.

— Isso não está fora — diz Jennie.

Meu vestido está pendurado em meus quadris, mas não me movo para tirá-lo.

— Não está.

— Por quê?

— Eu acho — falo baixo e rouco, dando um passo em direção a ela — que posso precisar de ajuda.

— Você? — Jen pergunta com um sorriso.

— Eu penso que sim. Você acha que você poderia... — Eu roço meu dedo de sua garganta para o topo de seus seios.

— Poderia o quê?

Sua voz está tremendo, e eu gosto disso. Eu me inclino mais perto, meus lábios contra sua orelha. 

— Ajudar-me a removê-lo?

Suas mãos estão lá um momento depois, o polegar enganchado na faixa da minha cueca boxer. Então não há mais roupas, apenas ar fresco.

Jennie dá um passo para trás, seus olhos se movendo pela minha pele, descendo lentamente para o meu pau. 

— Você gosta do que vê? — pergunto.

— Muitíssimo.

— Agora, tire seu vestido — eu peço. Seus dedos se movem para as alças, mas eu mudo de ideia. — Pare.

Seu olhar encontra o meu em um flash.

— Eu quero fazer isso — explico. — Deixe-me te despir, despir e ver cada centímetro glorioso de você.

— Jisoo.

Meu nome em seus lábios é como o céu. 

— Eu vou fazer você esquecer tudo neste mundo, menos eu, entende?

Ela acena.

— Bom.

Porque se isso é tudo que teremos de novo, então vou fazer valer a pena.