20 - Prelúdio de uma Tragédia

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Nur der Tod währt alle Zeit
Er flüstert unterm Tannenzweig
Muss alles in sein Dunkel ziehen
Sogar die Sonne wird verglühen

Apenas a morte dura eternamente
Ela sussurra sob os galhos do pinheiro
Ela precisa arrastar tudo para sua escuridão
Até mesmo o Sol irá queimar

Rammstein - Adieu


Betina olhava desconfiada para Taiga. Uma resistência inteira se curvando a ela a deixava sem entender absolutamente nada. A líder ajoelhada diante dela e de cabeça baixa disse:

-Betina, peço mil desculpas pela falta de modos. Creio que queira tomar um banho e descansar.

-Não tenho tempo para descansar. Quero saber onde eles estão.

-Betina, nós te levaremos até eles, imediatamente, mas, antes quero que saiba o porquê servimos e serviremos a você até o último dia de nossas vidas.

-Não estou com tempo para historinhas! - Betina se enfureceu, os olhos de Dragão brilharam mais uma vez e sua expressão era de raiva.

-Betina... se acalme.... - Manta começou a dizer. - Estão seguros em um esconderijo nosso. Está a mais de um ano presa. E enfrentou junto com estes dois quase 100 soldados. Ainda é cedo. Eles saíram daqui agora mesmo. Tome um banho, coma e descanse um pouco. Saímos daqui amanhã a noite.

-... - Betina estava mesmo desconfiada. Qua do se enfrenta tantos inimigos é difícil confiar nas pessoas.

-Fraca como está não pode proteger seus amigos.

Betina acabou cedendo, Manta estava certa. Ela se alimentava mal, dormia mal, estava cansada.

Manta a levou para um quarto no andar de cima. A banheira preparada com esmero estava pronta com sais de banho aromáticos. Em cima da cama roupas limpas e botas. Betina entrou meio desconfiada e correu os olhos pelo local e depois fechou a porta atrás de si. Ela tirou as roupas velhas. Os hematomas da última batalha ainda estavam em seu corpo, a regeneração e cicatrização estava mais lenta devido às péssimas condições que ficou no último ano. O corpo doía por toda a parte e o frio só dificultava as coisas, mesmo com sua grande resistência à altas e baixas temperaturas. A marca de nascença ia se esparramando por seu corpo como uma tatuagem indo em direção às costas. Betina lembrava vagamente da velha Babayaga mencionar algo a respeito, mas ela nunca soube ao certo. Entrou na banheira quente, automaticamente em sua memória lembrou-se de Levi. As lágrimas rolaram involuntariamente o aperto em seu coração era grande. Estava desesperada, precisava vê-lo, ele e todos os seus amigos de Paradis. Não aguentava mais a ansiedade, porém se não se recuperasse não conseguiria enfrentar Heide e seu exército.

Sangue de DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora