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~ Autora ponto de vista ~

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~ Autora ponto de vista ~

O Cameron levou a sua garota até casa dele, ele sentia o sangue dele a ferver pelas veias, e ter a Olivia completamente bebada a frente dele não estava ajudar. Ela era uma garota provocativa de base, mas o álcool intensifica esse lado dela.

-"Vá lá Cameron, eu queria me divertir com o garoto" - Ela murmura quando o mesmo a coloca sentada na sanita da sua casa de banho.

-"Olivia, por favor, cala-te" -Ele murmura firme o que faz a garota esboçar um beicinho.  Ele coloca a água a correr para colocar a garota dentro da banheira. -"Tu vais tomar um banho, e depois vais deitar-te"

-"E tu nem vens comigo?" - Ela pergunta provocativa enquanto puxava o garoto pela sua camisa azul que se encontrava aberta visto que ele trazia uma t-shirt branca por baixo.

-"Se eu fizer isso, amanhã tu matas-me e dás-me de comer aos cães"

-"Mas morrias feliz porque me tocaste novamente" - Ela murmura enquanto se levantava com alguma dificuldade da sanita.

O Cameron percebeu o que tanto o atraia naquela garota, ela era igual a ele. Dois garotos malucos sem medos de nada. Mas ele conseguiu acalma-la, e deixou-a tomar banho descansada. Colocou uma roupa dele sobre a sanita para ela vestir.
Rapidamente ela já se encontrava na mesma divisão que ele, deitou-se ao lado dele com alguma dificuldade.

-"Sem brincadeiras, e provocações" -o Cameron avisa a garota enquanto olhava-a atentamente. Ela assente com o seu pequeno sorriso provocador e aconchega-se na almofada.

Um silêncio profundo se instala naquela divisão. Silêncio esse que fazia o Cameron pensar que a garota já estava a dormir. Mas a voz dela mais calma acaba por se fazer ouvir.

-"Tu já imaginaste se eu não tivesse perdido o bebé? Amanhã ele faria um ano" - Pequenas lágrimas caíram no rosto da morena.

Lágrimas que deviam ser contagiosas pois os olhos do Cameron encheram-se igualmente. Ele olhou a garota que já se encontrava a dormir.
Ele depositou um pequeno beijo na sua testa e aconchegou-a nos lençóis.

(...)
~ Rafe Cameron ponto de vista ~

No dia seguinte acordei bastante cedo, não vou negar que não tinha dormido nada de jeito. O que dormi sonhei que o meu filho estava vivo e eu e a Olívia estávamos a criar uma família. A realidade doía, e era completamente o contrário. A Olívia ainda dormia pacificamente, não quis acorda-la, então levantei-me dirigindo me a cozinha, preparei um café como ela gosta, e uns comprimidos para ela tomar. Subi até ao quarto colocando o tabuleiro em cima da mesinha de cabeceira.

Fui tomar um banho rápido, vestindo apenas uns calções e quando volto para o quarto vejo Olívia sentada na cama, com as mãos no rosto, provavelmente para evitar a claridade do quarto.

-"Bom dia" - Murmurei calmamente mantendo-me encostado a porta. Ela nem sequer olhou para mim simplesmente murmurou algo que eu nem conseguia decifrar. Cruzei os braços no meu peito enquanto a olhava com bastante atenção.

-"Dói me imenso a cabeça"

-"Talvez tenhas bebido demais ontem , não?"

Ela revirou os olhos, e pela primeira vez o seu olhar encontra o meu, os seus olhos estavam vermelhos, um pouco inchados, o seu rosto pálido e o seu corpo estava mole.

-"Obrigada pelo café, percebi que te lembraste que eu gosto do café com 2 açúcares"

-"Não me podia esquecer"

Um silêncio novamente instala-se mas eu queria fazer a pergunta, queria saber mais.

-"É verdade que hoje o nosso filho faria provavelmente um ano?" - Ela fica desconfortável assim que eu pergunto isso. - "Olívia por favor, eu tenho direito em saber"

Ela suspira tentando conter as lágrimas do seu rosto, para que não chorasse. Ajoelhei me a frente dela colocando as minhas mãos em cima das suas pernas enquanto acariciava as mesmas.

-"Sim, ele faria um ano" - Ela murmura.

-"Podes contar-me o que aconteceu por favor?" - Ela encosta-se mais para a cama fazendo me subir na mesma e a olhei atentamente.

-"Eu descobri que estava grávida um mês depois de ter sido levada, segundo a médica que o meu pai tinha contratado, eu estaria grávida de 3/4 meses. Eu continuava presa no andar de baixo, como um animal honestamente. O Luke levava-me comida sempre que podia, e tratava de me dar a minha medicação." -Ela respira fundo olhando para o lado contrário.-"No mês a seguir a médica informou-me que eu carregava um garoto, garoto esse que ficou decidido que iria ser chamado de Rafe Júnior" -Ela riu nervosa ao falar isso o que me fez sorrir.-"No entanto, no dia a seguir, o Noah não gostou da maneira que eu lhe falei e isso foi razão para ele me dar a maior tareia que eu podia ter levado. Não demorou para eu sentir dores e começar a sangrar" - Ela deixa cair várias lágrimas dos seus olhos sendo difícil para ela continuar, e eu só sentia a raiva aumentar em mim, eu iria ser pai de um garoto e um cobarde tirou-me isso. -"Fui operada de urgência, e acordei numa cama de hospital onde me informaram que eu perdi o meu filho e que teria dificuldades a engravidar uma próxima vez" 

O meu coração apertava, apertava porque tinha perdido o meu filho, a oportunidade de ser pai. Não sei se estava preparado para tal, mas saber que nem tive a possibilidade de ter essa escolha, e da maneira que foi estava a dar cabo de mim. Mas pior que isso, era ver Olivia naquele estado, não quero imaginar como é dizer a uma mulher que provavelmente ela não pode engravidar novamente, penso que deve doer mais do que dizerem a um homem que a sua mulher não pode engravidar. 

Olivia agarrava-se aos seus joelhos, a dor no olhar dela, eu não a devia ter obrigado a me contar o que tinha acontecido. Os meus braços rodam o seu corpo puxando-o para mim, fazendo pequenas caricias por os seus braços.

-"Nós vamos encontrar uma solução, tu ainda vais ver uma mini tu a correr por esta casa" - Murmurei junto ao seu ouvido fazendo o seu corpo arrepiar-se.

-"Mas tu não vais ser o pai" - Ela mostra-me a sua lingua recompondo-se.

-"Olivia Carrera, quando é que tu vais entender que se não fores minha não es de ninguém" - Ela revira os seus olhos.

-"Tenho muitos pretendentes Rafe Cameron" 

Mesmo sabendo que ela estava a dizer aquelas palavras para me provocar, eu não gostei da ideia. Peguei no seu corpo colocando-a entre as minhas pernas e eu em cima dela, prendi-lhe os braços a cima da sua cabeça, depositando pequenos beijos pelo seu pescoço.

-"Ninguém te vai ter, nunca, sem ser eu" - Depositava pequenos beijos húmidos, e quentes no seu pescoço. - "Porque ninguém te vai sentir bem como eu te faço" 

Ela solta pequenos suspiros de prazer que me faziam sorrir vitorioso, parando rapidamente de depositar os beijos no seu pescoço. Ela resmunga e eu sai de cima dela e como resposta ela atirou-me com a almofada o que me fez rir.

-"Promete-me que não te vais vingar" - Olivia murmura olhando os meus olhos, ela conhecia-me demasiado bem, na minha mente eu já tinha criado vários planos para dar cabo de Noah e Ward. 

-"Não posso" 

-"Cameron, eu amo-te com todas as minhas forças, eu perdi o nosso filho, não faças nada que me faça te perder também"

Wrong Daughter - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora