Meu Imortal - Desfeitos

Entre O Bem E O Mal

Deixei a música tocada no capítulo acima:

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Salvar o Alaric de você mesma, certo? As palavras de Luís ainda torturavam a cabeça dela como se houvesse sido presa por algemas próxima as chamas.  Não era um milagre Bella retornar dos mortos, porque em sua primeira ressurreição ela estava no processo da involução. Ela não presenciou nenhuma dádiva e culpava-se constantemente pela morte de sua mãe e pelo perigo que fez Alaric passar.

Bella aprendeu que vida começa de forma lenta e todos querem elogiar ou ser elogiados pelo seu próprio valor. Mas ela ainda flagrava a si mesma tropeçando nas lacunas das memórias que esqueceu ao longo destas últimas três vidas que viveu.

- Para onde sua alma viajou desta vez? - questionou Franklin diminuindo o ar-condicionado do carro.

Bella virou-se para olhá-lo e lembrou das ondas se quebrando. Era a visão mais solitária e serena que ela carregava em sua mente daquele submundo que Bem havera lhe mostrado antes de trazê-la para terra.

Franklin conduzia o veículo logo atrás do carro de Luís onde Chad estava no banco do passageiro. Os quatro estavam a caminho do necrotério para que Bella pudesse olhar os registros dos casos dos degenerados e reconhecer algum rosto. Mas ela recordava apenas de Oliver de quando esteve em Tártaro e possuía a esperança do rosto dele estar entres aquelas pessoas.

Foram quase duas horas de relógio até chegaram no necrotério já que ficaram presos em um congestionamento. Quando estacionaram o carro  em frente ao edifício, os quatros desceram dos veículos e adentram nele.

Luís os conduziu em direção ao elevador e apertou no boatos e número nove. Enquanto subiam o andar que ele havera selecionado, Bella lembrou que aquele algarismo ficava próximo do número da perfeição.

Fique longe dos números ímpares. Bella escutou uma voz masculina sussurrando em sua cabeça. Ela reconheceu aquele timbre, era Ben tentando alerta-la para não ir até o nono andar.

Ao saírem do elevador e adentrar na sala de Luís, Bella assistiu ele puxando uma cadeira para sentar-se e Franklin acomodando-se no assento vazio ao lado dele. Ela pergunta a si mesma como ambos se conheciam e quando se tornaram tão próximos.

- Esses são os arquivos. - disse Luís.

- São todas mulheres? - perguntou Chad ao olhar somente nomes femininos.

- Também achei estranho. - comentou Franklin.

- Se for comparar as idades a Bella é a mais nova. - disse Luís. - Olha o rosto de Olesya Barker. - acrescentou.

Quando ele clicou no arquivo da jovem, Bella percebeu que era uma moça morena de vinte e cinco anos. Ela não recordava daquele rosto, e ao notar que a nacionalidade de Olesya era russa, perguntou:

- Ela é russa?

- Esse caso era do meu irmão. - respondeu Luís. - O corpo veio para cá a pedido da família. - acrescentou.

- Não a conheço. - disse Bella.

O próximo arquivo era de Rosita Mansi que tinha um filho, mas após o falecimento fora morar com os parentes maternos. Bella também não a reconheceu, e maneou a cabeça para Luís clicar no próximo documento. Ela olhou o rosto de Alessa De Angelis e não a reconheceu.