Estão prontos para os recadinhos? Vamo lá!
→ Este livro é uma ficção sobre favela/comunidade/morro.
→ Terá palavras de baixo calão (palavrões).
→ Cenas de sexo explícito e implícito.
→ Terá cenas de pessoas (fictícias) usando substâncias perigosas p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dia 24 finalmente chegou. Já é noite e estamos nos arrumando.
O pessoal vai chegar em menos de 1 hora.
Caveira - Vai ser o seu primeiro Natal fora do Morro da Esperança. Tá animada? - Perguntou, enquanto amarrava os cadarços do tênis.
Beatriz - Sim, muito animada. - Sentei ao lado dele na cama. - É uma pena a Alice e o Midas terem terminado, eles poderiam muito bem passar o Natal com nós.
Caveira - Bom, a Alice vai passar o Natal com a mãe dela. O Midas não tem ninguém, então vai passar com nós. Ele não ia vir, mas eu e o Trovão convencemos ele a não ficar sozinho.
Coitado do Midas. Tudo que ele queria era criar uma família com a mulher que ele ama, mas a Alice não quer o mesmo.
Suspirei e coloquei minha mão na coxa do Erick. O mesmo me olhou curioso.
Beatriz - Obrigada por tudo, Erick. De verdade. Contigo, com os gêmeos, a Bella, a Melanie e o Trovão, eu tenho uma família linda e completa. E acima de tudo, somos unidos e felizes. Isso é tudo que importa.
Ele sorriu e me beijou, fazendo carinho na minha bochecha.
Caveira - Eu também tenho que agradecer. Obrigado por confiar em mim, por se abrir e me deixar te tirar daquele pesadelo. Obrigado por me aceitar do jeito que eu sou.
Na minha visão, Erick não tem nenhum defeito. É um bom pai, um bom amigo, um bom namorado e um bom líder.
Nos beijamos mais uma vez e resolvemos terminar de nos vestir, enquanto os gêmeos brincavam entre si em cima da cama, rodeados de travesseiros.
Quando terminamos tudo, descemos até a sala e o Caveira ligou as luzes da árvore de Natal, que ficou muito linda.
Arrumei os gêmeos no carrinho e deixei eles perto do sofá onde vou sentar com o Caveira. Ao invés de fazer churrasco como todos os anos, Caveira achou melhor fazer lasanha, pastéis e enroladinhos de salsicha. De sobremesa, mousse de chocolate. Como se já não bastasse, Bella vai trazer sorvete, e o Midas vai trazer torta de bolacha.
Bella - Chegamos! - Entrou toda animada com a Melanie no colo.
Me ergui do sofá e peguei a Melanie no colo, abraçando a ruiva mãe em seguida.
Trovão - Morena, diz pra Bella que esse vestido ficou muito curto. - Apontou para a mulher dele e sussurrou "me ajuda" baixinho.
Ri quando a Bella olhou para ele com uma cara nada boa.
Beatriz - Em briga de marido e mulher, não se mete a colher. Né, Melanie? - Beijei sua bochecha gordinha.
Caveira - Finalmente chegaram. - Abraçou a Bella, beijou a bochecha da Melanie e fez um toque com o Trovão. - Nada do Midas? - Me olhou.
Trovão - Ele disse que ia passar na casa de um parceiro antes de vir pra cá.
Deixou a mochila da Melanie dentro do cercadinho que compramos para os gêmeos.
Todos nós sentamos e ficamos conversando e bebendo. Eu e Bella ficamos apenas no refrigerante, enquanto os meninos bebiam cerveja.
[...]
Midas - Aí eu cheguei e ela jogou um monte merengue na minha cara. - Todos nós rimos. - Aquela mina era doida.
Faz mais de 2 horas que todos chegaram. Colocamos uma música baixinha e ficamos conversando.
Bella - Vou subir e trocar a fralda dessa ruivinha manhosa. - Pegou a Melanie dos braços do Trovão.
Depois que a Bella voltou com a filha, fomos para a cozinha e colocamos os petiscos em cima da bancada.
Bella - Tô com pena do Midas. Ele tá tentando se manter animado, mas dá pra ver que ele tá triste.
Beatriz - Eu tô muito confusa com tudo isso que rolou entre eles, sabe? Eles eram tão lindos juntos, espero que resolvam as coisas logo.
Bella - Acho que não tem nada para se resolver entre eles, Biazinha. Ela deixou claro que não quer montar uma família, e o Midas deixou claro que não vai abrir mão de ser pai. Mesmo eles se amando, acho que não vai ter volta o romance deles.
Suspirei, concordando mentalmente com a ruiva.
Midas - Meninas, vou pegar mais cerveja. - Nós duas nos assustamos quando ele brotou do nada.
Ele pegou mais cerveja na geladeira e saiu da cozinha.
[...]
Midas - Cinco...
Bella - Quatro...
Trovão - Três...
Beatriz - Dois...
Caveira - UM! - Gritou, animado.
Todos - FELIZ NATAL! - Gritamos ao mesmo tempo.
Nos abraçamos e ficamos olhando os fogos na laje. Quando os fogos se acalmaram, entramos na casa novamente e resolvemos jantar logo, já que tá tarde.
Eu e Bella somos mãe, não temos mais a energia de antes.
Enquanto eu preparava o leite dos gêmeos nas mamadeiras, Caveira me abraçou por trás. Sorri.
Caveira - Eu te amo, morena. Amo vocês.
Beatriz - Nós também te amamos, Erick.
Bella - Finalmente vocês estão namorando, isso é ótimo! - Abraçou o Trovão.
Trovão - Já era hora. - Beijou a testa da ruiva. - Agora só falta mais bebês para concretizar.
Tranquei a respiração.
Caveira - Tudo no seu tempo, pessoal. Não vamos atropelar as coisas. - Acariciou minha cintura.
Midas - Acho que já tá na minha hora, pessoal. - Abraçou todo mundo. - Se cuidem.
E saiu. Foi embora.
Caveira - Ele tá bem deprê. - Saiu de trás de mim e se encostou na bancada, com os braços cruzados.
Trovão - Precisamos animar ele, irmão. E eu tenho uma ideia. - Lançou um sorriso malicioso para o Erick.
Caveira retribuiu o sorriso e o assunto se encerrou ali.
Depois de jantar e conversar mais um pouco, todos foram embora.
Eu e o Erick fizemos os gêmeos dormirem e fomos para o nosso quarto. Tomamos um banho juntos, colocamos apenas roupas íntimas e deitamos.
Caveira - O dia foi muito bom hoje. Concorda? - Me puxou para deitar no peito dele.
Beatriz - Demais. Adorei passar o Natal com vocês.
Ele beijou o todo da minha cabeça e desligou o abajur.
