Angra dos Reis, Setembro.
CAVEIRA
Hoje vamos voltar para o Morro, já que a poeira baixou. Eu não acho uma boa ideia voltar, mas o Morro precisa de mim e eu não vou deixar a Beatriz e os gêmeos aos cuidados de outra pessoa aqui em Angra.
Preciso deles perto de mim.
Beatriz - Será que tá frio pra deixar a Ayla apenas de vestido?
Caveira - Eu não sei, linda. - Respondi, enquanto arrumava as nossas roupas na mala, já que a Bia ficou com a função de arrumar os gêmeos. - Eu tô com bastante calor, mas a temperatura dos adultos é diferente.
Beatriz - Pois é. Acho que vou colocar uma calça fina, uma blusa de manga longa e meias finas também.
Olhei na sua direção, vendo ela sentada no chão, catando roupas para os dois na mala.
Caveira - Já terminei aqui. Quer que eu vista o Liam? - Ela me olhou e aceitou, apontando para a roupa do Liam em cima da cômoda.
Me abaixei para beijar sua têmpora, peguei a roupa do Liam e fui até o último quarto para vestir o bonito. Quando entrei, os dois ainda estavam dormindo. Peguei o menino com cuidado e deitei ele no tapete felpudo do chão, tirando seu pijama fofo e colocando as roupas que a Bia separou.
Caveira - Muito lindo esse meu filho, puxou o pai. - Peguei ele no colo e coloquei no berço novamente.
Quando virei em direção a porta, me assustei com a Beatriz parada ali, mas não demonstrei.
Beatriz - Sabe o que eu acho injusto e engraçado? - Cruzou os braços. - Carreguei por 9 meses e eles não são nada parecidos comigo.
Deixei um sorriso triste escapar. Sei que ela lembra do Terror sempre que olha para os gêmeos, às vezes eu lembro também. Mas procuro pensar que o Terror não tem laço algum com eles, eles são meus e da Bia.
Apenas nossos.
Me aproximei dela e puxei seu corpo para perto do meu, querendo sentir seu calor.
Bia tá linda com um vestido azul simples e uma sandália branca. O cabelo preso em uma trança de lado e pequenos brincos dourados nas orelhas.
Caveira - Não fica pensando nisso, amor. - Beijei a ponta do seu nariz, fazendo ela sorrir. - Eles são lindos igual você.
Beatriz não respondeu, apenas me beijou.
Depois que nos desgrudamos contra a nossa vontade, ela foi vestir a Ayla, enquanto eu fui guardar as malas no porta-malas do carro. Depois voltei para o interior da casa e peguei a Ayla, enquanto a minha morena pegou o Liam. Descemos as escadas e arrumamos os pequenos nas cadeirinhas de viagem.
Caveira - Pode ficar aqui, só vou trancar a casa. - Ela aceitou e sentou no banco do meio para conseguir cuidar dos dois corretamente.
Fechei a porta e fui trancar a casa. Depois voltei, coloquei o cinto de segurança e comecei a dirigir de volta para o Morro do Vidigal, o meu lar.
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Made In Vidigal | Finalizado
Teen FictionEstão prontos para os recadinhos? Vamo lá! → Este livro é uma ficção sobre favela/comunidade/morro. → Terá palavras de baixo calão (palavrões). → Cenas de sexo explícito e implícito. → Terá cenas de pessoas (fictícias) usando substâncias perigosas p...