Morro do Vidigal, Setembro.
BIA
Ontem o Caveira avisou que eu poderia acordar mais tarde hoje, então foi o que eu fiz. Acordei depois das 11h da manhã, tomei um banho demorado e coloquei uma roupa confortável. Arrumei todas as minhas coisas na mochila e desci para comer alguma coisa.
Colado na geladeira, tinha um bilhete deixado pelo Caveira:
Joguei o bilhete fora e aproveitei para juntar todos os lixos da casa e pedir para um dos garotos da segurança colocar na caçamba de lixo.
Depois entrei novamente e preparei um bolo de chocolate, quero deixar para ele comer. Quando o bolo ficou pronto, coloquei brigadeiro por cima e deixei no forno desligado. Preparei macarrão instantâneo de galinha caipira e comi enquanto assistia filme de comédia na sala.
[...]
Acordei assustada com alguém me balançando. Cocei os olhos e vi que é o Terror.
Terror - Pelo jeito cê tá bem confortável. - Falou, todo irônico.
Me levantei do sofá um pouco tonta e molhei os lábios secos.
Beatriz - Que horas são? - Olhei ao redor, notando que ainda está claro lá fora.
Terror - Não importa. - Segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. - Tá na hora de ir pra casa.
Beatriz - Preciso pegar minhas coisas no quarto. - Puxei minha mão da sua, ele me olhou torto.
Terror - Vai logo! Vou te esperar na garagem. - Concordei e caminhei com pressa em direção às escadas.
Peguei minha mochila em cima da cama e desci novamente, indo para a garagem. Encontrei Terror e Caveira conversando.
Terror - Partiu, linda? - Passou um dos braços por trás do meu pescoço e beijou minha bochecha.
Meu estômago embrulhou.
Apenas aceitei com a cabeça.
Caveira - Quando precisar de algo, só chamar, irmão. - Fez um toque com o Terror.
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Made In Vidigal | Finalizado
Roman pour AdolescentsEstão prontos para os recadinhos? Vamo lá! → Este livro é uma ficção sobre favela/comunidade/morro. → Terá palavras de baixo calão (palavrões). → Cenas de sexo explícito e implícito. → Terá cenas de pessoas (fictícias) usando substâncias perigosas p...