Estão prontos para os recadinhos? Vamo lá!
→ Este livro é uma ficção sobre favela/comunidade/morro.
→ Terá palavras de baixo calão (palavrões).
→ Cenas de sexo explícito e implícito.
→ Terá cenas de pessoas (fictícias) usando substâncias perigosas p...
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Já estamos no final de Outubro, e ainda não demos um jeito no Terror.
Eu estava cansada de ficar empatando a vida do Trovão, então pedi para o Caveira me trazer para o Morro dele. A entrada do Terror está restrita aqui, é impossível ele invadir.
Agora eu estou preparando o almoço. Caveira disse que eu não preciso fazer nada, mas eu gosto de fazer. Gosto de ter uma rotina. Me acostumei.
Mais cedo ele me enviou uma mensagem dizendo que ia chegar um pouco depois do meio-dia, com uma surpresa para mim. Então, já que ele vai me fazer uma surpresa, vou preparar a comida favorita dele.
Macarrão com galinha, feijão feito na hora e salada de batata. Também preparei um suco natural de abacaxi com menta.
Faltam 5 dias para 2 de Novembro, dia dos finados. Estou pensando seriamente em ir ao cemitério levar algumas flores para a minha mãe.
Coloquei os pratos, talheres e copos em cima da bancada. Depois peguei o suco na geladeira e depositei a jarra de vidro em cima da bancada também. Peguei os protetores para mesa, arrumando em cima da bancada perfeitamente, e descansei as panelas quentes em cima dos mesmos, para não queimar a madeira da bancada bonita.
Resolvi pegar algumas flores no quintal para decorar a bancada na hora do almoço. Peguei a tesoura de jardinagem na área de limpeza e caminhei calmamente até o quintal para recolher as flores. Depois, peguei um vaso de flores que achei e coloquei as flores dentro do mesmo, com água fresca.
Caveira chegou quando eu estava terminando de lavar os utensílios que sujei para preparar o almoço.
Caveira - E aí, Bia. - Beijou minha testa.
Ainda não estou acostumada com o carinho e atenção, mas sei que consigo me acostumar rápido.
Beatriz - Oi. Como foi o seu dia hoje? - Sequei as mãos e coloquei o pano de prato apoiado na porta do forno do fogão.
Caveira - Agitado. E o seu? - Sentou em uma das cadeiras vagas.
Beatriz - Meu dia foi calmo, normal. - Dei de ombros. - Tá com fome? Preparei tua comida favorita.
Ele sorriu e abriu a panela para cheirar o alimento.
Caveira - Desse jeito eu vou engordar, pô. - Colocou a tampa da panela no lugar. - Antes do almoço, vou buscar a tua surpresa. - Se levantou e saiu rápido da cozinha.
Fiquei ansiosa na mesma hora.
O que deve ser? Algo bom, com certeza.
Quando ouvi seus passos, ele pediu para eu fechar meus olhos, e eu atendi seu pedido imediatamente. Quando ele avisou que podia abrir, fiz isso e fiquei em choque.
Alice - Oi, piranha! - Sorriu largamente.
É tão maravilhoso ver minha melhor amiga bem na minha frente. Tão bom saber que o Terror não machucou ela por minha causa.
Fui rápido na sua direção e abracei minha melhor amiga com força, desejando que isso não seja apenas um sonho muito bom.
Quando nos afastamos, nós duas já estávamos chorando. Emocionadas.
Beatriz - Oi. - Sorri. - É tão bom te ver, Alice. - Segurei suas mãos. - Que bom que o Terror não te machucou quando eu fui embora.
Alice - Tenho certeza que ele estaria morto se tocasse um dedo em mim, amiga. - Pois é, esqueci que ela está de rolo sério com o Midas, sub dono daqui. - Eu fiquei tão feliz quando o Midas me contou que o Caveira te ajudou, amiga. - Me abraçou novamente, enquanto o Caveira ficou parado olhando a gente. - Como cê tá?
Beatriz - Eu estou mais do que bem, Lice. - Nos separamos novamente. - Vamos almoçar? Precisamos colocar o papo em dia.
Ela aceitou e os dois sentaram, um de frente para o outro. Servi os dois e depois me servi, sentando com os dois. Conversamos o almoço inteiro, sobre a época da escola e sobre algumas coisas engraçadas que fizemos depois da escola. Eu não fiz nada engraçado, estava "casada" com o Terror, não tinha nada de engraçado nisso.
Depois de comer, Caveira avisou que ia voltar para a boca, e eu acompanhei o mesmo até a garagem, enquanto a teimosa da Alice ficou lavando a louça.
Caveira - Mais tarde eu tô de volta, Bia. - Beijou minha testa e tentou se afastar, mas eu segurei seu braço, fazendo ele me olhar.
Beatriz - Obrigada pela surpresa, Erick. Eu amei demais ver ela. - Ele sorriu e segurou minha mão com carinho.
Sabe aquele frio na barriga que as garotas e garotos apaixonados sentem? Eu acabei de sentir isso. Sempre sinto isso quando o Erick me toca.
Caveira - Não precisa agradecer, linda. - Senti minhas bochechas quentes. - Nos vemos mais tarde? - Aceitei com a cabeça.
Ele beijou minha bochecha e subiu na moto para ir trabalhar.
[...]
Já é noite. Alice passou o dia aqui comigo e foi embora alguns minutos antes das 21 horas. Agora eu e o Caveira estamos jantando, assistindo filme na sala.
Caveira - Eu dei passe livre pra Alice vir aí sempre que ela quiser. - Olhei para ele com admiração.
Beatriz - Valeu. - Sorri.
Caveira - Eu só não deixo vocês saírem porque é perigoso.
Beatriz - Eu sei. - Limpei a boca com o papel toalha. - Acho que já vou dormir. - Olhei para o meu prato vazio. - Tem torta de limão na geladeira. - Me ergui do sofá e fui até a cozinha para lavar o meu prato.
Quando terminei de lavar, Caveira colocou o prato dele dentro da pia e eu lavei também, secando a pia em seguida. Depois passei um pano úmido no fogão e sequei as mãos.
Beatriz - Boa noite, Caveira. - Desejei, olhando ele comer a torta que eu e a Alice fizemos mais cedo.
Caveira - Boa noite, Bia.
Fui para o quarto que estou dormindo, escovei os dentes no banheiro que tem dentro dele e dormi rápido.
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O que estão achando do Caveira e da Beatriz, pessoal? Espero que estejam gostando.
