Há 3 anos.
Eu e meus amigos estavamos num bar, conversando e comendo. Tinha karaokê lá, e quem cantavam eram um grupo de amigos. Pareciam estar bêbados, o que nos fazia rir.
"Vem que eu te ensino como ser bem melhor..."
A moça loira que fazia parte daquele grupo de amigos cantou olhando para o Chris.
Eu e Mauro davamos risadas "sem som". Porque estavamos prendendo o riso.
- Vocês são tão moleques. - Chris disse sem achar graça.
O grupo desceu do palco, e logo uma moça de cabelo escuro e aos ombros subiu. Ela ajeitou o microfone para ficar a sua altura. A moça tinha olhos bonitos, era magra, rosto meio fino.
Ela começou a cantar.
A música se chamava "Barquinho de papel"
"Quando eu te deixar
Vou levar papel em branco
Espalhar por cada canto um barco de papel
Sei que o amor é facil de afogar
E se você tem um barco
Maior chance de se salvar
Mas hora
Você partiu antes de mim
Nem me deixou barco frágil
Pr'eu me salvar do naufrágio
Que foi te dar meu coração
Por isso canto todo poema em ode sua
E recorto em dobraduras
Mais um barco de papel para mim"
Ela cantava a maior parte da música de olhos fechados, mas com sinceridade.
Quando ela terminou de cantar, todos aplaudiram. Ela sorriu fraco e desceu do palco.
Meus olhos a acompanharam. Saiu da área que estavamos no bar.
Voltei minha atenção á mesa. Percebi que Mauro e Chris me encaravam.
Eles riram, e eu mostrei o dedo do meio para eles.
Autora:
Cantar Anavitória num bar é foda
