72 - Festa

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- A gente brigou de novo. - disse á Gabi.

- De novo? - Ela perguntou e tomou mais um gole da sua bebida.

- Sim.

- Por que, Bela? Já não bastava ontem?

- Ele achou que eu traí ele. - sorri da minha própria desgraça.

Peguei a bebida da Gabi e levei até a boca.

- Nossa... - ela tirou seus olhos de mim.

Gabi olhou para frente e sorriu. Ela acenou para dois homens que estavam vindo na direção da nossa mesa.

- São os amigos que eu te falei. - ela disse.

- Amigos? Você não falou não!

- Ah, não? Devo ter me esquecido então.  - Gabi disse e logo depois os homens sentaram conosco.

Um cara loiro metido e outro moreno muito mais legal que o loiro.

- Mas, vocês acreditam que o ex dela acreditou que ela tinha traído ele? Mas acreditou sem nem ter provas de nada! - Gabi apontou sua garrafa para mim.

Eu peguei a garrafa de suas mãos.

- Gabriela!

- Nossa... que babaca! - o cara moreno disse.

- Vocês vão ficar dividindo a mesma bebida? Não quer que eu te pague uma, bebê? - o loiro olhou para mim.

"Bebê" Oh nojeira.

- Não, obrigada. E eu tenho nome. - disse indiferente.

- Tudo bem, Bela. Desculpe.

- Isabella, pra você. - sorri tentando não parecer tão grossa.

Acho que estou bêbada a este ponto. Acho que estou bêbada porque só eu estando bêbada para não ter saído deste lugar ainda.

O moreno aproximou sua cadeira da minha.

- Você deve ter ficado muito mal por conta daquele idiota, não deve?

Assenti sem olhar para o homem.

Ele se aproximou mais de mim então olhei para ele.

- Você não merece isso.

Virei o rosto para frente.

- Ele deve ser muito otário. - o homem disse, completando.

- Talvez, mas... - baixei a cabeça.

- Você ainda sente algo por ele?

- Sim.

E odeio sentir.

- Você quer esquecer isso? - ele me questiona.

- Nossa, com certeza!

Ele se levantou e estendeu a mão pra mim num pequeno sorriso que dizia "então, vamos!"

- Ah, tudo bem. - ri fraco.

Quando ele me levou pro meio das pessoas, bem pertinho do palco onde o cantor estava, começou a cantar. Ele me olhou, e, eu amo essa música. Quando percebi, já estava pulando como todas as outras pessoas enquanto cantava - ele também.

Me assusto quando alguém me puxa pelo braço, me fazendo parar de cantar e pular. Ele faz eu me virar para trás, de frente para si.

- Ta vendo? Foi fácil.

Não foi. Mas eu estou me esforçando.

- Como você sabe? Você está me vendo apenas por fora, não por dentro.

- Se você deixar... - ele se aproximou. - eu posso te conhecer melhor. Assim eu vou te entender um pouco mais, não é?

- Vai ser difícil.

- Então só por essa noite, eu posso tentar pelo menos te fazer esquecer o idiota do seu ex? - Ele se aproximou mais.

- Isso ai vai ser mais dificil ainda.

Não deveria ter bebido tanto. Agora estou aqui, dividindo meus problemas com um estranho.

- Você ainda nem deixou eu tentar.

- Ok. Então o que você vai fazer desta vez?

Ele tirou seus olhos dos meus. Agora olha em outra região do meu rosto. Meu lábios. E dá um sorriso de canto.

Eu não deveria estar aqui, mas eu prefiro estar aqui do que em casa, me culpando por tudo.

Recomeçar - (T3ddy)Onde histórias criam vida. Descubra agora