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Por favor, não deixem de comentar, tô meio desanimada com a fanfic, acho que ela tá flopando, então por favor, nao deixem ela flopar 🥺 Temos ainda muito caminho pela frente e muitos mimos dos nossos Targaryen queridinhos 💕

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VISENYA TARGARYEN


O coração fumegava no ar frio da noite quando Khal Drogo o depositou à sua frente, cru e sangrento. Os braços dele estavam vermelhos até o cotovelo. Atrás, os companheiros de sangue ajoelhavam ao lado do cadáver do garanhão selvagem com facas de pedra nas mãos. O sangue do garanhão parecia negro sob o oscilante clarão laranja dos archotes que rodeavam as altas paredes de calcário do recinto.

Visenya tocou o suave inchaço da barriga. Tinha a pele coberta de gotículas de suor que lhe escorriam pela testa. Podia sentir as velhas observando-a, as antigas feiticeiras de Vaes Dothrak, com olhos que brilhavam nos rostos enrugados. Não poderia e vacilar nem parecer assustada. Sou do sangue do dragão, disse a si mesma quando tomou o coração do garanhão em ambas as mãos, o levou à boca e mergulhou os dentes na carne dura e fibrosa.

Sangue quente encheu-lhe a boca e escorreu-lhe pelo queixo. O sabor ameaçou nauseá-la, mas obrigou-se a mastigar e a engolir. O coração de um garanhão tornaria seu filho forte, ágil e destemido, ou pelo menos era isso que os dothraki pensavam, mas só se a mãe conseguisse comê-lo todo. Caso se engasgasse com o sangue ou vomitasse a carne, os presságios eram menos favoráveis; a criança podia nascer morta ou, se sobrevivesse, podia vir fraca, deformada ou mulher.

Suas aias tinham-na ajudado a se preparar para a cerimônia. Apesar do seu estômago fraco de mãe que a afligira ao longo das últimas duas luas, Visenya jantara tigelas de sangue meio coagulado para se habituar ao sabor, e Irri a fizera mastigar bocados de carne-seca de cavalo até deixá-la com os maxilares doloridos. Antes da cerimônia, jejuara durante um dia e uma noite, na esperança de que a fome a ajudasse a manter a carne crua no estômago.

O coração do garanhão selvagem era puro músculo, e Visenya tinha de dilacerá-lo com os dentes e mastigar cada bocado durante muito tempo. Nenhum aço era permitido dentro das sagradas fronteiras de Vaes Dothrak, sob a sombra da Mãe das Montanhas; então tinha de rasgar o coração com os dentes e as unhas. O estômago irritava-se e se nauseava, mas ela insistiu, com o rosto manchado de sangue, que por vezes parecia explodir contra os lábios.

Khal Drogo estava em pé ao seu lado enquanto ela comia, com o rosto duro como um escudo de bronze. A longa trança negra brilhava de óleo. Usava anéis de ouro no bigode, campainhas de ouro na trança e um pesado cinto de medalhões de puro ouro em torno da cintura, mas o tronco estava nu, sua ferida de batalha fedia e fazia com que Visenya sentisse ainda mais vontade de vomitar.

Visenya olhava para Daeron e Jaehaerys sempre que sentia que as forças lhe faltavam, olhava para eles, mastigava e engolia. Podia vislumbrar um orgulho feroz nos olhos de Jaehaerys, mas não tinha certeza quanto ao único olho de Daeron, ele parecia assistir a cena diante de si apático.

𝑹𝑰𝑺𝑬 𝑶𝑭 𝑫𝑹𝑨𝑮𝑶𝑵𝑺 • 𝒈𝒐𝒕 𝒇𝒂𝒏𝒇𝒊𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora