2x25

195 22 106
                                    

VISENYA TARGARYEN


— O que é? — Visenya resmungou, quando Jaehaerys a sacudiu gentilmente pelo ombro. A noite estava escura lá fora. Algo está errado, ela soube imediatamente. — É Daeron? Ou Rhaenyra e Baelon? O que aconteceu? — Ela se sentou e olhou em volta. Os bebês estavam no berço e Daeron estava na porta do quarto sussurrando com alguém.

— Não, meu amor. Não é nada com eles.  — Jaehaerys suspirou pesadamente. — É o Verme Cinzento e os homens carecas. Pode recebê-los agora?

— Sim. Ajude-me a me vestir. Também quero uma taça de vinho. Para clarear a mente. — Visenya saltou para fora da cama e ouviu um suave som de soluços. — Quem está chorando?

— Missandei. — Disse Jaehaerys, a ajudando a vestir uma túnica que cobrisse sua camisola. Visenya sentiu os seios pesados novamente, deveria amamentar os bebês em breve.

— Por que Missandei chora?

— Você já vai saber. — Jaehaerys murmurou.



Quando Skahaz, Reznak e Verme Cinzento foram levados à presença dela. Visenya percebeu que as notícias eram ruins antes que qualquer palavra fosse dita. Uma olhada na cara feia do Cabeça-Raspada foi suficiente para lhe dizer isso.



— Os Filhos da Harpia? — Ela indagou.


Skahaz assentiu. Sua boca estava sinistra.


— Quantos mortos? — Perguntou Jaehaerys.


Reznak torceu as mãos.



— N-nove, Vossa Graça. Trabalho sujo é o que foi, e perverso. Uma noite terrível, terrível.



Nove. A palavra era uma adaga no coração de Visenya. A cada noite a guerra sombria era travada novamente sob as pirâmides de Meereen. A cada manhã, o sol se levantava sobre cadáveres frescos, com harpias desenhadas em sangue nos ladrilhos ao lado deles. Qualquer homem liberto que se tornasse muito próspero ou muito franco era marcado para morrer. Mas nove em uma noite… aquilo a assustava.



— Conte-me.



Verme Cinzento respondeu:



— Seus servos foram atacados quando faziam a ronda pelas ruas de Meereen, para manter a paz de Vossa Graça. Todos estavam bem armados, com lanças, escudos e espadas curtas. Dois em dois eles andavam, e dois em dois morreram. Seus servos Punho Negro e Cetherys foram assassinados com dardos de besta no Labirinto de Mazdhan. Seus servos Mossador e Duran foram esmagados por pedras que caíram da muralha do rio. Seus servos Eladon Cabelo-Dourado e Lança Leal foram envenenados na taverna em que estavam acostumados a parar a cada noite durante suas rondas.

— Mossador. — Visenya apertou o punho. Missandei e seus irmãos foram tirados de casa, em Naath, por corsários das Ilhas Basilisco, e vendidos como escravos em Astapor. Jovem como era, Missandei havia mostrado tamanho dom para línguas que os Bons Mestres a fizeram uma escriba. Mossador e Marselen não tiveram tanta sorte. Foram castrados e feitos Imaculados.

— Algum dos assassinos foi capturado? — Jaehaerys perguntou.

— Seus servos prenderam o dono da taverna e suas filhas. Eles alegam inocência e imploram por misericórdia.

— O que faremos? — Visenya olhou para Jaehaerys. — Devemos consultar Daeron primeiro ou..

— Deixe-os com Cabeça-Raspada. — Ordenou Jaehaerys. Não havia tempo para uma reunião, não havia tempo para consultar Daeron, que ficara nos aposentos de olho nos bebês, a decisão precisava ser tomada, uma resposta tinha de ser enviada o mais rápido possível. — Skahaz, mantenha-os separados e interrogue-os.

𝑹𝑰𝑺𝑬 𝑶𝑭 𝑫𝑹𝑨𝑮𝑶𝑵𝑺 • 𝒈𝒐𝒕 𝒇𝒂𝒏𝒇𝒊𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora