Honkai Star Rail(OC) -Meu mehor amigo Dan Heng(CONCLUÍDO)

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Lira permaneceu confinada no quarto por dias, afastada do convívio com os outros e mergulhada em sua própria tristeza e arrependimento. O ambiente solitário refletia seu estado de espírito abatido, enquanto ela se afundava cada vez mais nos pensamentos sobre suas ações e planos.

A cada momento que passava, o peso do arrependimento se tornava mais intenso. Lira revivia em sua mente os momentos em que agiu com intenções obscuras. Ela se culpava por  ter traído a confiança daqueles que acreditavam nela.

A solidão do quarto amplificava seus pensamentos sombrios, e Lira se encontrava imersa em um mar de autodesprezo. Ela questionava suas motivações e lamentava profundamente o dano que causou às pessoas ao seu redor.

A cada lembrança dos momentos em que Dan Heng a olhava com desapontamento e tristeza, Lira experimenta uma mistura de culpa e angústia. Ela deseja poder voltar no tempo e tomar decisões diferentes, evitar as escolhas que a levaram a machucar a pessoa que amava.

A dor de ter decepcionado Dan Heng é uma ferida profunda em seu coração. Ela se sente como se tivesse traído não apenas a confiança dele, mas também o amor e a dedicação que ele lhe ofereceu.

Enquanto Lira permanecia encolhida, escorada na porta e sentada no chão, imersa em seu estado de tristeza e arrependimento, um holograma estranhamente familiar começou a se formar diante dela. Inicialmente, era apenas uma figura translúcida e distorcida, mas gradualmente ganhou forma e clareza.

A imagem projetada no holograma era de uma pessoa que Lira reconheceu imediatamente: aquele homem horrendo que perturbava sua sanidade estava ali projetado em holograma

Ao vê-lo projetado em holograma à sua frente, Lira sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Seu coração acelerou e a sensação de medo invadiu cada fibra de seu ser. As lembranças dolorosas e angustiantes das experiências pelas quais ela havia sido submetida por causa dele voltaram com força total.

— Ethan Yang...

O holograma de Ethan Yang era uma lembrança viva de seu poder intimidador, sua capacidade de controlar e manipular Lira conforme sua vontade. O tom frio de sua voz e o olhar gélido em seus olhos eram o suficiente para fazer Lira tremer de medo, como se estivesse revivendo cada momento de horror que havia passado sob seu jugo.

— Dei-lhe uma missão fácil, e ainda assim fracassou  — Diz Ethan com reprovação.

— Falhei na missão, fui pega e a verdade foi revelada, perdi a confiança da pessoa que amo e o decepcionei.

Ethan ao ouvir isso gargalha.

— Além disso perdeu sua chance de conseguir sua liberdade, lamentável...

Lira sentia a raiva queimando em seu peito, alimentada por anos de manipulação e opressão nas mãos de Ethan Yang. Ela estava cansada de ser um joguete em seus planos maquiavélicos, cansada de ser forçada a agir contra sua vontade.

— Você é sujo! sempre com intenções ruins e me usa como rato de laboratório nos seus planos, eu cansei de você não irei mais servi-lo.

— Sua vida pertence a mim Lira.

— Então mate-me — diz com convicção.

— Seria fácil de mais para você — ao dizer isto o holograma de Ethan Yang some.

Enquanto Lira se levantava com determinação, a lembrança dos experimentos dolorosos pelos quais ela havia passado invadiu sua mente. As imagens dos laboratórios sombrios e impessoais, as agulhas penetrando em sua pele e os dispositivos desconhecidos sendo conectados ao seu corpo retornaram com intensidade.

Ela olhou para as marcas em seu corpo, lembrando-se das inúmeras vezes em que foi utilizada como um mero objeto de experimentação, como um rato de laboratório. Os pontos marcados em sua pele eram testemunhas silenciosas dos procedimentos invasivos pelos quais ela havia sido submetida.

O sequestro perpetrado por Ethan Yang quando ela era jovem ecoava em sua mente. Ela se recordava vividamente da sensação de ser arrancada de sua vida e levada para um lugar desconhecido, onde a crueldade e a curiosidade mórbida de Ethan eram a única lei.

A lembrança do implante do chip que a mantinha sob o controle implacável de Ethan Yang também voltou à tona. Era como se uma máquina estivesse ligada diretamente à sua mente, forçando-a a seguir suas ordens, privando-a de qualquer autonomia ou liberdade. A indignação e a sensação de injustiça que Lira experimentava diariamente a deixavam cada vez mais irritada e determinada a se libertar desse jugo opressivo.

Com a mente tomada por um misto de fúria e determinação, Lira jurou que não descansaria até que Ethan Yang pagasse por seus atos cruéis. Cada lembrança dolorosa, cada marca em seu corpo e cada sussurro do passado sombrio alimentavam sua sede de vingança.

Em um acesso de fúria e desespero, Lira soltou um grito primal, liberando toda a sua angústia acumulada. Seu grito ecoou pelas paredes do quarto, misturando-se aos sons dos objetos sendo violentamente arremessados e se espatifando no chão. O ruído ensurdecedor invadiu o espaço, preenchendo o ambiente com uma aura de destruição e desespero.

Lágrimas escorriam pelo rosto de Lira enquanto ela se entregava à sua explosão emocional. Cada objeto lançado ao chão representava uma parcela da sua raiva e dor, cada estilhaço voando pelo ar era um fragmento do seu passado quebrado e dilacerado. Era como se ela estivesse se libertando da opressão que a sufocava há tanto tempo.

A cada impacto, a cada som de vidro se despedaçando, Lira sentia um misto de alívio e dor. Cada objeto quebrado era um ato de rebeldia contra o controle implacável de Ethan Yang sobre sua vida. Era uma manifestação física de sua revolta, uma tentativa de romper com as correntes invisíveis que a aprisionavam.

Enquanto a destruição continuava, Lira sentia seu corpo tremendo de exaustão e emoção. Cada soco desferido, cada objeto atirado com força, liberava uma parcela da tensão que a consumia. Seu choro se misturava aos sons da destruição, enchendo o ar com sua tristeza e desespero. Após minutos de desabafo, Lira finalmente se viu rodeada por um cenário caótico. O quarto estava em ruínas, os cacos de vidro e os destroços dos objetos espalhados pelo chão testemunhavam a intensidade de sua explosão emocional. Lira permaneceu ali, ofegante e exausta, com o coração ainda palpitando de dor e raiva

Após a explosão de fúria e a destruição ao seu redor, Lira sentiu suas forças se esvaziarem. Seus joelhos cederam e ela caiu de forma desamparada no chão, ajoelhada em meio aos destroços. Em silêncio, ela apoiou suas mãos no rosto, tentando conter o pranto que a consumia.

As lágrimas escorriam livremente, molhando suas bochechas e misturando-se ao rastro salgado deixado pelas emoções desencadeadas. Cada soluço era um reflexo da dor intensa que Lira carregava consigo, uma dor que parecia impossível de ser expressa em palavras.

A sensação de estar aprisionada, tanto fisicamente quanto mentalmente, pesava sobre ela como uma corrente de chumbo. Era como se Ethan Yang tivesse plantado um espinho venenoso em seu coração, uma dor incessante que a acompanhava a cada respiração. O peso da opressão e da manipulação estava enraizado em sua essência, corroendo sua alma e minando sua esperança.

Enquanto o tempo passava, Lira permanecia naquele estado de vulnerabilidade e desolação. O chão frio sob seus joelhos parecia simbolizar a solidão e o vazio que ela sentia em seu interior. O peso do passado e a incerteza do futuro pareciam esmagá-la, fazendo-a sentir-se pequena e impotente diante das circunstâncias que a envolviam.