A respiração de Dan Heng estava acelerada e irregular, e seu coração martelava dentro do peito como um tambor ensurdecedor. O suor escorria por sua testa, evidenciando o quão intenso e perturbador fora seu pesadelo. Sua expressão angustiada denunciava o tormento que vivenciara em seu sono agitado.

Ao acordar abruptamente, seus olhos se abriram de forma assustada, procurando desesperadamente por qualquer sinal de Lira ao seu redor. Mas tudo o que encontrou foi a escuridão reconfortante de seu quarto, com os objetos familiares que lhe eram caros.

— Lira! — murmurou com voz rouca e fraca, quase em súplica, como se sua mera palavra pudesse trazer de volta a mulher que ele tanto amava. No entanto, a realidade o atingiu cruelmente, e ele se deu conta de que estava sozinho.

Enquanto sua mente desperta compreendia que Lira não estava presente, seu corpo ainda estava sob o domínio dos efeitos da droga que ela usara para adormecê-lo e fugir. Ele se esforçou para se levantar, mas seu corpo parecia pesado e fraco, como se tivesse sido submetido a um desgaste extremo.

Sua cabeça latejava, e ele apertou os olhos para tentar afastar as lembranças dolorosas e os efeitos da droga que teimavam em perturbá-lo. As imagens de Lira dançavam diante de seus olhos, cada detalhe de seus encontros vívido e intenso. Ele se lembrava do calor de seus corpos unidos, das palavras sussurradas ao ouvido um do outro, dos toques suaves e apaixonados que trocaram.


A dor da perda consumia Dan Heng por inteiro, como um fogo ardente que devorava sua alma. Seus olhos expressavam uma profunda agonia, como se a própria vida tivesse sido arrancada de seu peito. Cada batida de seu coração ecoava o vazio deixado por Lira, e ele se sentia incapaz de encontrar alívio para essa dor dilacerante.

Sua mente era um turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes. Ele se culpava por não ter sido forte o suficiente para impedi-la de partir, por não ter sido capaz de segurá-la em seus braços e impedir que ela enfrentasse seus demônios sozinha. Ele se lamentava internamente por não ter percebido o quão vulnerável ela estava, por não ter entendido o quanto ela precisava de ajuda.

O corredor do expresso parecia interminável, seus passos ecoando no silêncio opressor do ambiente. A cada passo, a angústia em seu peito se intensificava, e ele se sentia como se estivesse sendo esmagado por um peso insuportável.

O vento uivava lá fora, ecoando sua própria dor interna. As lágrimas ameaçavam escapar de seus olhos, mas ele lutava para mantê-las contidas. Ele precisava ser forte, precisava se manter firme, mesmo que sentisse que estava desmoronando por dentro.

A lembrança do rosto de Lira, com seus olhos azuis brilhantes e sorriso encantador, se projetava em sua mente. Ele a via, como se ela estivesse bem ali ao seu lado, mas era apenas uma ilusão cruel. A realidade era que ela havia partido, e ele não sabia quando ou se a veria novamente.

Dan Heng lutava para se pôr de pé, cada passo sendo uma batalha contra a fraqueza que o dominava. Ele caminhava com determinação, mas suas pernas ainda tremiam e sua mente estava tomada pelas lembranças da nevasca que o consumiam. A imagem de Lira se afastando continuava a atormentá-lo, mas ele sabia que não podia agir impulsivamente.

Enquanto caminhava, uma figura surgiu de longe. Era 7 de Março, correndo em sua direção. Antes que pudesse reagir, ela o abraçou por trás, fazendo força para impedi-lo de continuar.

— Dan Heng! Onde pensa que vai? — disse ela, com a voz carregada de preocupação.

— Lira precisa de mim — respondeu ele, lutando contra a força de Março.

— Não seja burro! Estamos tentando ajudá-la.

— Não tenho tempo para esperar.

Março estava determinada a fazer Dan Heng entender a gravidade da situação. Ela sabia que ele estava sofrendo, mas não podia permitir que ele agisse precipitadamente. Ela o amava como um amigo e não queria vê-lo se colocando em perigo.

— Dan Heng, por favor, nos escute! Nós a encontramos — disse Março, esperançosa de que isso o faria reconsiderar.

Ao ouvir as palavras de Março, os olhos de Dan Heng se encheram de espanto. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. Saber que eles tinham encontrado Lira era como um raio de luz em meio à escuridão.

— Sabemos onde ela está, por favor, não aja sem pensar. Sei que está sofrendo, mas por favor, nos ouça — insistiu Março, com a voz suave e compreensiva.

Dan Heng manteve o silêncio por um momento, sua mente turbilhonando de emoções conflitantes. Ele queria correr em busca de Lira, queria tê-la de volta em seus braços. Mas ele também sabia que precisava ser racional, precisava ouvir seus amigos.

Respirando fundo, ele finalmente cedeu à razão. Ele não era assim, não deixava que suas emoções o dominassem. Ele era forte e corajoso, e precisava agir com sabedoria.

— Tudo bem, Março. Eu ouço você. Me leve até eles — disse Dan Heng, com a voz firme.

Honkai Star Rail(OC) -Meu mehor amigo Dan Heng(CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora