oi, tudo bem?
noite de dobradinha com uma pessoa muito especial! estou muito feliz com todas as coisas boas que vocês estão falando sobre a eva, a helô, o stenio e o téo. eles são parte do meu coração e sinto que cada uma de vocês contribui para a formação deles. obrigada por sempre.
dedico esse capítulo às minhas amigas do terapia coletiva (jess, sarah e sabrina, as melhores meia-noites são quando estamos juntas), à lou, minha parceira (na voz da giovanna antonelli) e manu, por sempre ser uma constante quando se trata de ajudar nas minhas fics. amo todas e mais algumas.
senti esse capítulo meio morno, com menos suspense do que o outro, mas é o natural do curso da história (acho). esse tem muitos sentimentos e pensamentos, em compensação.
espero que gostem. boa leitura!
***
As meia-noites funcionavam quase como tardes para Heloísa e Stenio. Quando namoravam, os dois costumavam passar, frequentemente, aquele horário juntos – indo a festas informais da faculdade, estudando para provas finais ou transando após dias longos de aula, estágio e trabalho.
Stenio era apaixonado por todas as versões de Heloísa, mas a da meia-noite era a sua preferida. A moça ficava mais leve conforme o sol desaparecia, parecendo esquecer das coisas que lhe assombravam durante a luz do dia. Quando Helô foi embora, aquela foi a primeira vez em que o advogado se deu conta de que ele nunca a havia visto em meio a uma meia-noite angustiante, com as lágrimas em seu rosto se misturando às gotas da chuva que caíam do céu.
Aquela não era ela, ele se deu conta, anos depois.
Nem mesmo quando as coisas saíram do controle num primeiro momento, quando o casal tinha sequer terminado a faculdade, Heloísa havia parecido tão distante. Na ocasião tudo acontecera muito rápido, e no final das contas, Stenio conseguiu sanar quaisquer que fossem as suas dores quando a envolveu em seus braços, protegendo-a do frio e lhe prometendo que nada mais a magoaria a ponto de deixá-la sem rumo ou desamparada como naquela noite.
Stenio não pretendia ter quebrado a promessa, e só percebeu que assim fez quando reviveu a mesma cena, vários anos depois, no mesmo lugar, assistindo a esposa sumir madrugada adentro, e apagando toda e qualquer boa memória que eles haviam construído para a história dos dois à meia noite.
Da segunda vez, Stênio não conseguiu salvá-la. E Heloísa partiu para nunca mais voltar.
☾☾☾
Heloísa Sampaio era uma filha modelo. Sempre havia vivido dentro dos limites que os pais estipulavam ao longo dos anos para a sua existência. Nunca passava do horário de voltar para casa, não se embebedava nas baladas universitárias e nem gostava de consumir as drogas pelas quais a maioria de seus colegas era fissurada. Ela tirava notas boas desde que se entendia por gente e aguentava as exigências absurdas do senhor Sampaio quanto às suas vidas acadêmica e pessoal numa calma que causaria inveja até a um monge budista.
Conheceu Stenio Alencar por acaso, seguindo esse seu ritmo monótono de vida. Eles nem eram amigos, nem faziam parte do mesmo ciclo da classe da turma de Direito, já que o garoto estava quase constantemente envolvido com a "galera do fundão", fazendo gracinhas em aulas que Heloísa considerava importantes. Os dois eram literalmente opostos e se suportavam tanto quanto se é possível suportar alguém completamente diferente de você: ou seja, armando brigas e discussões sempre que aparecia uma oportunidade.
As implicâncias perduraram até mais ou menos o sexto semestre, quando a disciplina de Direito Penal entrou na vida de ambos. Por mais incrível que parecesse, Stenio conseguiu tirar de letra, e logo foi capaz de obter notas boas o suficiente para ser promovido a monitor da matéria. Helô, por outro lado, não entendia absolutamente nada do que era passado em sala pelos seus professores, e encontrou tanta dificuldade que precisou ser encaminhada para receber auxílio da monitoria.
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chuva da meia noite (steloisa)
Fanfictionquando heloísa dá a luz a gêmeos, tudo que deveria ser consertado dentro de si, desmorona. ela não sabe o que está acontecendo com seu corpo, que não responde mais aos mínimos sinais de alegria, mesmo ao lado do marido - seu maior porto seguro -. in...