oi, tudo bem?
esse capítulo me gerou um misto de emoções - primeiro fiquei completamente apaixonada por toda a construção dele; depois, ao revisar pela primeira vez, acabei ficando frustrada porque não achei que passava todas as emoções que eu queria e; no final de tudo, me dividi com relação à opinião do conjunto da obra. acho que vai caber a vocês (como sempre!) avaliar o "geralzão".
acredito que no próximo já vou tornar vocês pessoas mais felizes, embora eu deva dizer que nesse estamos bem meio a meio. tem cenas muito bonitas e que são muito importantes para o desenvolvimento de alguns personagens, mas, como chuvinha não é chuvinha sem lágrimas, tem uns momentos "lencinho coded", também. espero que esteja do agrado de todos.
quero fazer algumas menções nesse capítulo, já que tenho tempo: pra raquel e sua amiga tamires, que estão sempre (e quando eu digo sempre, é sempre, mesmo) me mandando mensagens e recados lindos sobre essa história; para as meninas do grupo das the onezetes, que se tornaram constantes em minha vida; para a lou, minha parceira de histórias; e para a sarah, que acho que não sabe, mas que eu amo muito mesmo.
por fim, mas não menos importante, para minha futura aniversariante da semana, minha irmã, minha melhor amiga e minha alma gêmea, a única pessoa que me escuta da hora em que eu me levanto até a hora em que vou dormir, jessica. parafraseando a taylor swift em"superman" - "vá salvar o mundo, eu vou estar bem aqui no chão para quando você voltar". tenho muito orgulho de você.
perdão pela introdução longa, mas acho que podemos, finalmente, começar. uma boa leitura!
***
Heloísa enfrentava o maior dilema de sua vida naquela manhã. Enquanto descia do próprio carro, estacionado na frente do casarão de Stenio, a delegada decidia se deveria caminhar o mais rápido que suas pernas lhe permitiam ou o mais devagar que fosse possível para não parecer que fazia tudo de propósito.
Queria chegar o quanto antes para ver Eva; segurar sua filha no colo e fazê-la melhorar de uma maneira que nunca havia se permitido. Mas também queria atrasar aquele encontro ao máximo.
Estar de volta ao casarão onde havia morado durante a sua gravidez e os primeiros meses de vida dos filhos significava trazer à tona tudo o que ela vinha tentando esquecer por todos aqueles anos. Não tinha muita certeza se estava pronta para a sequência de acontecimentos que teria a seguir – na verdade, se fosse apostar, provavelmente diria que não –.
Helô derrapava os pés no calçamento da rua da vizinhança, agora uma pequena via asfaltada com pedregulhos levemente quebrados, mas que no seu tempo consistia somente num caminho roçado em barro. Algumas casas à frente, exatamente como ela se lembrava, estava o casarão – que não era de fato um casarão, era só um sobrado com janelas coloniais e um grande portão de ferro –.
Ela sorriu sozinha quando enfrentou a grandiosidade da construção, cuja estrutura brilhava com o sol da manhã. Quando os dois eram estudantes, Stenio tinha apelidado a casa daquela forma porque dizia que era grande e intimidante, como os casarões dos filmes de terror. Helô lembrava de ter discordado – na época, os dois tinham acabado de se casar e ela não gostava da ideia de viver em um lugar potencialmente assombrado, ainda que fosse somente no imaginário brincalhão do marido –.
Anos depois, a mulher não podia deixar de ter pensamentos irônicos sobre o episódio – agora, ela imaginava que se havia algo assombrado naquele período, provavelmente eram apenas ela e sua mente falha.
Heloísa respirou fundo quando deu de cara com o portão de ferro da casa. O mesmo portão que ela lembrava de ter empurrado com força no dia de sua partida, e o qual, na ocasião, passou vários minutos encarando, como se estivesse decidindo se deveria de fato desistir da vida que estava construindo. Intercalando a mente entre passado e presente, Helô passou os dedos pela grade com cuidado, seus pensamentos embaralhados enquanto ela julgava se estava tomando a decisão correta.
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chuva da meia noite (steloisa)
Fiksi Penggemarquando heloísa dá a luz a gêmeos, tudo que deveria ser consertado dentro de si, desmorona. ela não sabe o que está acontecendo com seu corpo, que não responde mais aos mínimos sinais de alegria, mesmo ao lado do marido - seu maior porto seguro -. in...