estou tão feliz que você arranjou tempo para me ver

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oi, tudo bem?

não sei o que pensar direito sobre esse capítulo - estou na crise do "gostei e não gostei" de sempre -. de qualquer forma, trago ele aqui para vocês de coração aberto, e espero que entendam as minúcias do que quis passar com suas palavras.

antes de tudo, vou explicar algumas coisas que preciso que vocês saibam para entenderem o rumo que a história está tomando: encerramos a parte introdutória, aquela que fala da chuva da meia-noite que assolou o relacionamento do stenio e da helô, e adentramos na parte do iniciozinho do conserto das falhas desse relacionamento, só que com uma outra música da taylor swift para acompanhar. não sei se vocês já pegaram a referência, mas iniciamos agora "back to december", usando a mesma dinâmica dos versos para introduzir os capítulos.

esse em especial quero dedicar à carol, que em breve vai saber se o neném dela vai ser um menino ou uma menina e está deixando todas nós muito ansiosas no grupo das the onezetes, hahaha. desejo que você e o seu bebê sejam muito felizes, amiga, e te agradeço demais pelo carinho que você tem com essa história.

além disso, dedico também às the onezetes, à lou (a quem eu não tive tempo de mandar esse capítulo antes de ficar pronto por pura procrastinação, mas que eu amo muito mesmo assim), e a todas as outras meninas que estão sempre lendo e comentando coisas boas sobre essa história. já disse e repito, eu não seria nada sem vocês para acompanharem minhas viagens!

por fim, como sempre, às minhas queridas do coração: jessica, sarah, manuela e rafinha (sem dúvidas a fã número um de illicit affairs). amo muito vocês!

espero que esteja do agrado de todos. agora sim, boa leitura!

***

Naquele dia, Stenio enrolou para adormecer por pelo menos cinco horas. Era até engraçada a forma como o homem não se dava conta do tamanho da influência que Heloísa ainda possuía em todos os aspectos de sua vida.

Depois de colocar os gêmeos para dormir, por volta das oito, o advogado decidiu recolher-se à própria exaustão e tentar descansar mais cedo, indo sozinho ao próprio quarto.

Antes de acabar no cômodo, no entanto, dirigiu-se ao banheiro do corredor – por acidente, ou porque o seu subconsciente o havia guiado até lá –, onde Helô tinha estado e auxiliado Eva mais cedo, na hora de tomar o banho gelado na tentativa de sanar a febre.

Sua mente demorou para processar, de início, o que estava fazendo. Chegou sorrateiro, sem fazer barulho, e ficou encarando as paredes e os azulejos por um período considerável, repassando os acontecimentos e as palavras que proferira mais cedo. Sem dúvidas tinha sido duro, mas não estava cem por cento irritado com este fato – talvez um pouco, visto que, bem dentro de seu íntimo, Alencar sabia que Heloísa não era a culpada de tudo o que acabou assolando os dois.

Foi só quando Stenio bateu os olhos nas roupas dela, que ele se deu conta do que havia feito.

Não tinha parado para analisar as duas peças – ainda levemente úmidas –, que estavam muito bem dispostas sob o balcão da pia, ao lado do vaso sanitário. Na verdade, ainda não tinha sequer passado pela cabeça do rapaz o fato de que Helô tinha saído do casarão usando apenas a sua camisa social.

Ele hesitou, encarando a porta do quarto dos filhos. Estava muito bem fechada, então não haveria perigo de ser flagrado ali, analisando o pouco que restava da delegada dentro de sua casa. Com o arrependimento crescendo levemente em seu peito, Stenio passou a ponta dos dedos no tecido fino da blusa dela, tão semelhante às que costumava usar quando saía para a delegacia, no tempo em que eles eram casados.

Naquilo, pelo menos, ela não mudara. Continuava usando as mesmas peças características, que faziam tão parte da sua personalidade quanto ele era capaz de se lembrar. As estampas se pareciam com a maneira dela ver o mundo antes de tudo desmoronar – de uma forma divertida, viva.

chuva da meia noite (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora