oi, tudo bem?
coloquei um empenho especial nesse capítulo, mas agora que revisei, não sei se ele ficou tão bom quanto eu esperava. para ser bem sincera, precisei de um gancho interessante para detalhar todos os acontecimentos que virão daqui para frente, e acho que esse foi um capítulo bem importante para esclarecer os sentimentos de alguns personagens.
não vou me prolongar muito porque estou atrasada. em minha defesa, fui ler the one -- prioridades, e como dizemos por aqui, sou filha de Deus! --.
também não vou citar nomes nessa dedicatória porque tenho medo de acabar esquecendo amigas importantes. sendo assim, vamos fazer o seguinte: dedico a todas as pessoas incríveis que me mandaram mensagens cheias de um carinho que eu nem sei se mereço! à todo mundo que me ajudou a não desistir dessa história e seguir adiante com ela.
amo todas vocês. como sempre, espero que esteja do agrado de quem lê!
***
Quinta-feira
Stenio dirigia o carro cansado. Aquela manhã estava sendo especialmente difícil para ele, já que mal havia pregado os olhos na noite anterior.
Helô lhe consumira a madrugada toda. Era até meio irônico expressar daquela maneira, devido ao histórico que os dois possuíam com as meia-noites, mas era a verdade. O advogado sequer sentiu sono depois que colocou seus dois filhos na cama, e continuou processando a discussão que tinha tido com a esposa até o amanhecer.
Levantou, literalmente, às seis da manhã, sem nem mesmo ter adormecido por um mísero minuto que fosse.
Stenio preferiu fazer a própria higiene pessoal – e um café forte, diga-se de passagem – antes de acordar as crianças, como de costume. Tomou um banho gelado para despertar, escolheu uma bela camisa social com calça de alfaiataria e separou um blazer do mesmo modelo, com o objetivo de combinar a roupa do trabalho. Assim que se viu mais ou menos pronto, chamou os gêmeos e os ajudou a se arrumarem.
Tudo estava mais ou menos nos conformes – Eva parecia ainda mais animada do que o de costume ao tagarelar sobre como seria o seu dia na escola. Já Téo, estranhamente, soava menos entusiasmado, só que Stenio concluiu que isso provavelmente tinha a ver com a diferença de personalidade dos dois.
A hora do café da manhã foi a que começou a deixar o advogado levemente impaciente.
— O que tem plo café? – A menininha perguntou, se sentando à mesa com os pés balançando na cadeira, graças à sua altura.
— Pão com geleia – Alencar disse, empurrando um pratinho com pães torrados melados de geleia de morango. — E cereal, se você quiser.
— Eu quelo panqueca. – Eva murmurou, dançando no próprio lugar.
— No final de semana, amor. Tudo bem? Hoje o papai não vai ter tempo de fazer panquecas pra vocês.
— Aposto que a Lolô sabe fazer panqueca! – A pequena fez a colocação como se fosse a criança mais inocente do mundo, e logo em seguida mordeu a comida à sua frente com um sorriso. Stenio deu um suspiro, buscando ficar calmo.
— Quem?
— A Lolô. A moça da deglelacia.
— É de-le-ga-cia, Eva. – Téo, que estava calado até aquele ponto, corrigiu a irmã, parecendo um tantinho incomodado. — Você é muito bebê.
— E você é muito feio! – A garota estirou a língua como resposta, cruzando os braços.
— Chega, os dois! – Stenio repreendeu, logo em seguida esfregando o rosto com as mãos, se sentindo cansado. Concluiu, então, que o fantasma da partida de Helô não tinha se ocupado somente em assombrar ele próprio naquela noite. Aparentemente, todos os três moradores da casa estavam afetados com o encontro do dia anterior, cada um da sua maneira. Ele ficou com um pouco mais de raiva dela ao se dar conta disso. — Olha só, o papai dormiu bem mal nessa noite. Será que vocês podem me ajudar e se comportarem só um pouquinho? Que tal?
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chuva da meia noite (steloisa)
Fanfictionquando heloísa dá a luz a gêmeos, tudo que deveria ser consertado dentro de si, desmorona. ela não sabe o que está acontecendo com seu corpo, que não responde mais aos mínimos sinais de alegria, mesmo ao lado do marido - seu maior porto seguro -. in...