há tantas linhas que eu ultrapassei imperdoavelmente

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oi, tudo bem?

vocês já estão acostumadas com a minha insegurança relacionada aos capítulos, então queria só pedir paciência para entenderem os desenrolares desse aqui. espero que captem as reações de todos os personagens e que o motivo para cada uma das interações tenha ficado claro.

aos leitores de innerbloom, eu e a vitta – dona da fic com a sacada mais revolucionária que eu já vi, e a minha opinião importa porque eu me tornei a maior fã incurável de zerrare – preparamos uma surpresa de "cross-over" pra vocês. espero que curtam.

outra coisa, sei que prometi uma era "i wish you would", mas achei que "daylight" se adequaria mais à fase que estamos adentrando no plot, então, é de meu desejo que vocês gostem da mudança.

como sempre, gostaria de agradecer à todas que vêm me encorajando a continuar essa história com palavras tão lindas que eu provavelmente não mereço. agradeço à jessica, por ser sempre uma grande constante em minha vida, à lou, leh, manu, ju, gabi, mih e gio pelas risadas de toda semana, manu talks que fez aniversário e com quem eu falhei miseravelmente não postando esse capítulo em seu dia, e isinhas, por ser quem ela é. além disso, a todas vocês que estão sempre lendo; tenho certeza de que quem eu falo sabe da importância que tem para o processo de desenvolvimento dessa história aqui. obrigada à todas, do fundo do meu coração, por terem se tornado tão cruciais em minha vida. nunca vou achar palavras suficientes.

espero que esteja do agrado da maioria. uma boa leitura!

***

para sarah,
entre email-s que eu não posso enviar, espero que essas palavras dedicadas te façam entender que é uma grande sorte ter conseguido chegar a essa vida com a sua amizade como presente.

— Eu não consigo fazer isso. – Heloísa choramingou, seus dois olhos fixos na amiga à sua frente.

Lumiar parecia prestes a fuzilá-la. Parada com os dois braços ao lado do corpo, fitando a mulher vestida de branco e tendo uma leve crise existencial a poucos metros dela, a advogada respirou fundo e perguntou, com toda a delicadeza que lhe cabia no papel de madrinha:

— Não consegue o quê, exatamente?

Uma das duas suspirou. Nem Lumiar, nem Heloísa, saberiam dizer qual em específico, já que agora ambas pareciam prestes a desabar em um colapso nervoso por motivos diferentes.

Não era com a união estável que Helô estava preocupada. Stenio era a maior – e provavelmente a única – certeza de sua vida. O problema era o evento que vinha junto com a oficialização, a celebração religiosa e a recepção com um milhão de pessoas.

Ela nunca teria concordado com aquilo se não soubesse que era uma coisa da qual o futuro marido adoraria fazer parte. Uma festa grandiosa com itens luxuosos não fazia parte do orçamento deles, mas diante da proposta da família do noivo em arcar com uma celebração relativamente significativa, apenas para não passar "em branco" aquele grande marco da vida dos dois, a garota não teve como dizer não.

Só que agora a história era outra. Estava parada no "camarim da noiva" – uma espécie de salinha claustrofóbica nos fundos da Igreja onde o casamento aconteceria – sem qualquer membro de sua família para lhe apoiar e perdendo todo o resto da esperança de que eles iriam aparecer que ainda possuía dentro de si.

É claro que avisou aos pais sobre o noivado. Ligou para a mãe para contar do pedido feito por Stenio no dia em que eles estavam se formando – quando nem a senhora, nem o senhor Sampaio, não compareceram à comemoração pelo fim do curso dos dois –, e ligou novamente para informar sobre a festa, o dia e o horário em que ela aconteceria.

chuva da meia noite (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora