eu não quero pensar em mais nada agora que pensei em você

3.5K 183 693
                                    

oi, tudo bem?

não vou me prolongar muito nos agradecimentos ou textos, mas gostaria de deixar uma menção à gi, que estava ansiando por esse capítulo tanto quanto eu. além disso, para todas vocês que estão comigo e que me acompanham nessa jornada que é escrever.

essa semana foi intensa, cheia de altos e baixos e de grandes desafios. nunca pensei que em meio à faculdade, provas e apresentações de trabalho, eu fosse capaz de escrever dois capítulos semanais, mas prometi e, como a ordem de vocês é um desejo (rs), fiz o que pude.

não sei se esse ficou bom, se repassei todos os sentimentos que eu queria, mas dei o meu melhor. espero que esteja do agrado de todos - ou da maioria -.

obrigada sempre, e uma boa leitura.

***
para sarah, por escrever as palavras dela e me inspirar a escrever as minhas. sou sua fã número 1.

A paz era definitivamente um dos maiores sentimentos que rondavam a alma de Heloísa agora. E, olhando para trás e para tudo o que ela havia passado durante aqueles cinco anos fora, às vezes, aquela sensação de que tudo estava se encaminhando para ficar bem não parecia real.

Em alguns momentos, como naquele em específico, ela se via presa em suas lembranças, revivendo cada toque do marido, cada palavra de carinho dos filhos, cada chance que tinha de os pôr no colo, de niná-los sozinha, de ir buscá-los na escola.

Uma semana havia se passado desde que ela e Téo se acertaram. E Helô teve a certeza de que aqueles últimos dias tinham sido os melhores de sua vida.

Se encontrava de corpo presente dentro do gabinete de doutor Antero, seu "supervisor" na Delegacia de Crimes Virtuais onde trabalhava. No entanto, a sua mente estava inteiramente transferida para o domingo anterior àquela quinta-feira, quando Stenio lhe ligou às quatro horas da tarde, perguntando quais eram os planos dela para o resto do fim de semana em andamento.

"Acho que nada." Lembrava de ter respondido, um sorrisinho curto surgindo em seus lábios enquanto descansava no sofá do próprio apartamento. Às vezes nem achava que chamar aquele lugar de "casa" parecia mais certo, mas o medo ainda invadia a sua mente de vez em quando para lhe permitir dar um passo a mais na relação que estabelecia gradualmente com a família. 

A delegada estava com o notebook no colo, porque tentava se ocupar com o processo em que vinha trabalhando. Era uma operação bem importante e ela tinha, finalmente, demonstrado um certo progresso nas investigações que iniciara.

Vem jantar com a gente, então. – A mulher de cabelos acobreados ouviu o marido dizer, imediatamente sentindo seu coração ser ainda mais preenchido pelo sentimento que estava se tornando rotineiro naqueles últimos dias. — As crianças querem macarrão com queijo. E querem você, também.

Helô testemunhou um frio surgir no fundo de sua barriga, as borboletas, agora tão frequentes, fazendo uma espécie de coreografia no estômago dela. Estaria mentindo se dissesse à Stenio que precisava pensar, e como os dois eram sempre tão transparentes um para o outro, ela respondeu quase de imediato a frase que o advogado estava ansiando para ouvir:

— Claro que eu vou. Estou louca para vê-los.

E como estava ficando muito boa naquele joguinho de sedução que pareciam travar, respondeu também, com um novo questionamento:

— E você? – Permitiu que a voz rouca soasse através da linha, num tom de sensualidade que o advogado decifraria mesmo se ela estivesse lhe ligando do Alasca. — Me quer também, ou só as crianças?

Sampaio soube que ele riu do outro lado. Ficou em silêncio por alguns segundos em específico, mas logo fez um som com o nariz que pareceu se tratar de um momento em que ele liberava o ar.

chuva da meia noite (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora