... então, se a sua porta estiver trancada, eu vou entender

3.3K 207 727
                                    

oi, tudo bem?

estamos no capítulo 13 e a nossa musa taylor swift diz que é o fim de uma era! esse é o último da fase de "back to december", e adentramos oficialmente na nossa fase de celebração pelo 1989 taylor's version com a interpretação de chuvinha para "i wish you would". uma de vocês mencionou isso no twitter e eu achei simplesmente genial - infelizmente não consegui encontrar o post com a ideia, mas quero dizer pra quem foi que eu te venero! rs.

não vou ter tempo de fazer minhas dedicatórias convencionais mas gostaria de agradecer a jess e a sarah por tudo, por serem meus alicerces em meio ao caos. eu amo vocês incondicionalmente.

também gostaria de agradecer a lou por ser sempre uma constante na minha vida e às the onezetes por todo o apoio exercido nessas palavras. eu amo todas vocês, também!

e pra gigi e juca, pelos comentários de apoio de sempre! vocês são muito especiais.

me aventurei um pouco por esse capítulo e espero que tenha ficado razoável. que esteja do agrado de todos (ou da maioria, rs). obrigada, boa leitura!

***

Heloísa não era do tipo de pessoa que acreditava em destino.  Na verdade, ela se achava mais fã da teoria do "efeito borboleta".

Uma simples e aparentemente insignificante mudança que ocorria e era capaz de causar, no futuro, uma cadeia de eventos maiores. Basicamente, como um passarinho batendo suas asas na Ásia e provocando um loop de acontecimentos do outro lado do mundo. Um furacão originado de uma pequena onda.

Algo que não passava de um curto período de tempo se transformando em uma coisa maior que todo o céu.

Ela não sabia qual havia sido a sua onda capaz de causar o furacão que alastrou a sua vida. Com certeza não se tratava da partida de casa – aquele era um evento grande demais para ser considerado insignificante –, mas, fosse qual fosse, Helô tinha consciência de que todas as suas escolhas mais simples a tinham encaminhado até ali, naquele momento.

O momento em que dirigia desesperada e angustiada até o escritório de Stenio, procurando urgentemente por respostas. Agindo em sua versão mais inconsequente, e, em miúdos, a que mais detestava, por apenas querer que ele cedesse ao único desejo que ela vinha plantando desde que sentira o abraço da filha de forma consciente pela primeira vez: ter os dois – seus gêmeos, seus meninos, seus bichinhos, como diria Creusa, – de volta.

Enquanto escutava uma música avulsa em uma estação de rádio qualquer, a delegada pisava no acelerador do próprio carro como se não houvesse amanhã.

Talvez, para ela, não houvesse. Não enquanto não ouvisse do marido que aquelas mensagens que ele enviara mais cedo não passavam de um grande e doloroso mal entendido. Não enquanto não tivesse a certeza de que, muito em breve, estaria com seus dois filhos nos braços.

Seus dois filhos. Quantas vezes a mulher de cabelos acobreados não repetira aquele trio simplório de palavras para si mesma, implorando à própria cabeça que tornasse a informação processada uma verdade absoluta? Agora, ironicamente, se encontrava na pesarosa situação contrária, precisando provar de todas as maneiras a sua competência – coisa que nunca fizera – e implorar que terceiros tornassem a informação processada uma verdade absoluta.

O trânsito das quatro horas da tarde no Rio de Janeiro – porque, afinal, sempre existia um fluxo impossível de carros naquela cidade, não importava o horário – enchia seus ouvidos e olhos, ao mesmo tempo que ela se esforçava para se manter tranquila, sem estresses maiores. Por um momento, tentou ficar em paz, se acalmar da adrenalina que foi estabelecida em suas veias no momento em que ela recebeu aquelas mensagens do pai de Eva e Téo, mas não precisou de muito tempo para se dar conta de que aquela era uma tarefa impossível.

chuva da meia noite (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora