mas se nos amássemos de novo, juro que te amaria direito

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oi, tudo bem?

tenho uma gama de gente pra dedicar esse capítulo, mas primeiro, queria dedicar para a minha de sempre - para jess, minha melhor amiga, que começou a escutar coisas sobre esse plot muito antes dele ser um plot, e que me ensinou tudo o que sei sobre o amor nas pequenas coisas do dia a dia! obrigada por ser minha irmã de alma, te amo muito mesmo, e nunca duvide disso.

para outras pessoas especiais que reclamam que não são citadas, mas sempre tão nos meus pensamentos quando escrevo essa história: drê e isinhas, amo vcs! se manquem!

para pessoas que se tornaram muito especiais em um curto período de tempo: à louise (quem eu admiro e amo plenamente, com todo o meu coração! vc é incrível) e ao grupo das the onezetes, em especial a cella, que plantou a sementinha para algumas cenas desse capítulo.

e por fim, a todo mundo que tá sempre me mandando mensagem e falando sobre essa história. sou muito grata pela existência de todas vocês! obrigada!

obs.: deixei uma pequena e singela homenagem a minha rainha do rock e eterna avó (rs), rita lee jones. eu a amo com todo o meu coração (tb) e sinto muito a falta dela. salve a rainha! espero que vocês encontrem a referência que fiz neste capítulo.

também espero que esteja do agrado de todos e me perdoem se passarem alguns errinhos. o de hoje veio BEM extenso.

é isso, boa leitura!

***

Stenio deu dois passos para a frente, incapaz de enxergar toda a cena que se formava diante de seus olhos. Culpava a chuva, as trovoadas, as gotas que caíam severas pelo asfalto e deixavam a sua visão turva. Mas também culpava o calor que subiu em seu peito e a confusão que se fez em sua mente quando ouviu a voz dela gritar pelo seu nome.

De início, pensou que estivesse alucinando, e ficou irritado. Por mais saudades que sentisse de Heloísa, por mais que seu corpo clamasse por ela sempre que uma memória invadia seus pensamentos, nunca havia chegado ao ponto de ter delírios com a presença da mulher. Aquele era o fim de uma linha muito tênue entre o controle que ele achava que possuía de toda a situação e a perda completa de seus sentidos. Não podia acreditar.

Mas, então, a ouviu de novo. Da segunda vez, a voz soou abafada, graças a um trovão que se deu ao mesmo tempo. O advogado levantou da própria cama, contemplando a solidão do Casarão silencioso enquanto os filhos dormiam, e caminhou até o corredor.

E veio uma terceira. E depois uma quarta vez.

Alencar franziu a testa, agora mais incrédulo do que antes. Não era possível que Heloísa estivesse ali. A Helô que ele conhecia, a mulher sóbria, incapaz de expressar seus sentimentos e que dificilmente colocava todas as emoções em palavras jamais se submeteria  a uma situação como aquela. A única vez em que ela havia feito da chuva o seu lar, foi quando decidiu deixar a casa da família para sempre.

Só que era possível. Ela estava lá. E foi só quando Stenio caminhou até o portão da entrada de onde morava que conseguiu assimilar a informação de fato.

— Que diabos você está fazendo aqui? – Perguntou, mais num grito do que numa frase de tom normal. Em sua defesa, as gotas que caíam violentas do céu e a água que escorria pelos pedregulhos do bairro deixavam a comunicação bem mais difícil entre os dois. O advogado encarou a figura da mulher com uma das mãos na testa, de maneira a conseguir vê-la por completo, e encontrou Heloísa completamente encharcada no meio da rua, as mãos paradas em sua cintura como se ela pudesse esperar a noite inteira por ele ali.

Stenio – A delegada berrou de volta, seus cabelos pingando e se misturando à imensidão da tempestade. Parecia cansada, mas algo no pouco que o marido conseguiu ler de sua expressão, ditava alívio. —, preciso ver as crianças.

chuva da meia noite (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora