oi, tudo bem?
sem enrolação: vou dedicar o capítulo de hoje a uma pessoa bem inusitada e que provavelmente nunca vai ler essa história aqui, mas sinto como se eu tivesse uma dívida pessoal com ela por tudo que ela já fez por mim - para minha psicóloga, suélen, de quem estou sentindo uma falta absurda e que não vejo a hora de reencontrar. não tenho costume de dizer que amo alguém que só vejo uma vez por semana, mas eu te amo. quem sabe um dia você leia! kkkkk.
tentei abordar a reunião com a doutora laura da maneira mais leve possível, porque é um assunto delicado e sobre o qual não possuo conhecimentos profundos. espero que tenha ficado bom.
além disso, para sarinha, e aproveitando o ensejo do início de agosto: eu cancelaria todos os meus planos só pro caso de você me ligar, meu amor! te amo muito e queria que você se visse com os meus olhos.
uma menção especial à antonella, que emocionou todas as titias the onezetes nessa semana e à lou, que, como sempre, foi uma luz para esse capítulo.
espero que esteja do agrado de todos! eu amo vocês, obrigada por tudo (e me desculpem o atraso). uma boa leitura!
***
Stenio estava com uma pulga atrás da orelha.
Uma, não. Várias.
Enquanto dirigia para a escola dos filhos, uma atípica manhã cinzenta no Rio de Janeiro lhe dando boas vindas, ele ficava repassando todos os pingos nos i's que havia destrinchado com a esposa na noite em que esteve no apartamento dela.
O fato de que Helô tinha se oferecido para participar da vida das crianças da maneira como se ofereceu, implorando por uma chance para se mostrar presente de volta, significava muito para o advogado. No entanto, mesmo com todo o amor que ele ainda sentia por ela, aquelas palavras e a disposição da delegada não eram suficientes.
E havia tido o quase beijo. Ah, sim. Isso era o pior e o melhor de tudo.
Depois daquele contato dos corpos dos dois, todos os sentimentos em confusão que cresciam na cabeça de Stenio se tornaram ainda mais efervescentes. Quando seus olhos encontraram os lábios de Heloísa Sampaio e ele sentiu a sua mão subir na pele dela... Quando Alencar se deu conta de que se não fosse por um milésimo de segundo, um ponteirinho de relógio, uma meia-noite de interrupção, ele não teria recuado... Isso foi o fim dele.
Era estranho. Durante os cinco anos que passou separado de Helô, o advogado criminalista ficou tentando se convencer – talvez porque estivesse tentando convencer os filhos – de que ela não era importante. Ele sabia perfeitamente que conseguiria viver sem a presença da mulher em seu coração, se assim desejasse.
No entanto, era aí que estava o problema: Stenio não queria. Ele queria Helô e todas as coisas que imaginava que vinham com ela: as danças à meia-noite, as risadas por razão nenhuma, os passeios noturnos que lhe faziam se dar conta do quanto a amava. Mesmo que ela tivesse jogado tudo ao vento no dia em que decidiu partir, ele seria capaz de perdoá-la apenas para conseguir estes momentos de volta. E por mais que essa constatação lhe deixasse horrorizado, ela lhe confortava na mesma proporção: porque nada havia mudado. Ainda que de maneira inconsciente, ainda que repetisse que "não", ele continuava sendo dela.
Obviamente, graças ao terreno em que se encontrava agora, com dois filhos à tiracolo que também dependeriam emocionalmente de Heloísa caso ela voltasse, a situação era muito mais complicada. Ele não podia pensar apenas nas próprias vontades e era isso que o preocupava.
— Você tá bem, papai? – Alencar piscou os olhos, ouvindo a voz infantil de uma de suas crianças lhe interromper ao longe, e então encarou o retrovisor para perceber que havia se distraído. Téo apontava para a frente com urgência. — O sinal abriu!
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chuva da meia noite (steloisa)
Fanfictionquando heloísa dá a luz a gêmeos, tudo que deveria ser consertado dentro de si, desmorona. ela não sabe o que está acontecendo com seu corpo, que não responde mais aos mínimos sinais de alegria, mesmo ao lado do marido - seu maior porto seguro -. in...