Capítulo 29:

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Megan Bennet:

Luke! Luke! Luke!

Meu estômago se contorcia, enquanto esse nome ecoava pela minha cabeça. Foi ele, claro.... Eu não consigo acreditar.

- Megan? Você está bem? - a voz da Nali saiu com uma certa preocupação, me tirando dos meus pensamentos. Soltei à respiração, que eu nem fazia ideia de que estava segurando.

- Eu... Meu Deus! - as palavras fogem da minha mente e eu não sei o que dizer... Estou tão perturbada. Como ele pode fazer isso com a própria namorada? Dizer que me ama? Ele... Meu deus! Ele era um dissimulado.

- Megan, por favor, ligue para o Thomas agora e diz que foi ele. - diz Nali desesperada. - Ele vai machucar o Thomas, ele disse que iria machucar ele, por roubar o que pertence à ele.

- Calma... Você não pode ficar nervosa. - digo tentando conter a tremedeira que eu estou sentindo. Machucar o Thomas? Não ele não conseguiria.

- Liga logo. - diz agitada.

- Espera... E se acalma, ok? - pergunto. cautelosa.

- Ok. - diz e tenta se manter quieta. Caminho até minha bolsa, tirando meu celular que estava ali. Disco o numero do Thomas e na quarta chamada ele atende prontamente.

- Oi. - sua voz saiu um pouco rude.

- Foi o Luke, Thomas. - digo rapidamente, sentindo meu estômago se contorcer.

- O que tem o Luke? - pergunta levemente confuso.

- Ele que foi o agressor da Natalie. - digo rapidamente.

- Puta que pariu! - diz revoltado e ouço algo se quebrando. - Meg se acalma, eu e o Detetive estamos à caminho. - diz apressado.

- E a academia? - pergunto preocupada.

- Vou colocar o Brandy para tomar conta, não se preocupe. - diz rapidamente.

- Estou esperando. - digo e Desligo rapidamente. Volto minha atenção para Nali. Pronto. - digo.

- Eu estou com medo, Meg. - diz e lagrimas começam rolar pelo seu rosto. E eu sinto meu coração apertar. - Ele disse que estava disposto a tudo para te ter... Eu estou com tanto medo, dele me machucar de novo, medo dele tentar algo com você... Eu.... - as palavras parecia que fazia falta a minha amiga, pois ela parou de falar e praticamente se derramou em lágrimas.

Ele tinha que pagar, por ter deixado Nali tão vulnerável, por ter feito ela ficar desta maneira... Eu o odiava com todas as minhas forças, por ter machucado uma das pessoas mais importantes para mim.

Envolvi Natalie em meus braços, a abraçando. Enquanto a mesma chorava copiosamente. Eu odiava o vê-la assim, estava me matando por dentro.

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- Como será que está as coisas lá dentro? - pergunto ao Thomas, devido o Detetive Brandon estar à cerca de 30 minutos recolhendo o depoimento da Natalie.

- Não sei... Pergunte ao Detetive Brandon. - diz apontando para sua frente e eu giro meus calcanhares fitando o homem alto se aproximando.

- As investigações iram começar. Não podemos prendê-lo agora, pois nos falta provas concretas e se foi mesmo esse cretino, ele fez um trabalho bem feito, pois não deixou rastros. - diz irritado, pairando à nossa frente.

- Filho da puta! - pragueja Thomas ao meu lado.

- Eu tenho que ir agora. Tenho um caso à resolver. Qualquer informação, me liguem. - diz sério.

- Ok detetive. - diz Thomas sério.

- Até logo. - murmura e se retira calmamente. Solto minha respiração.

- Eu vou procurar o infeliz do Luke, Meg. - diz Thomas decidido e uma onda de medo percorre meu corpo.

- Não... Você não pode fazer isso, se encontrar com esse dissimulado sozinho é perigoso, Thomas. - digo sentindo meu coração apertar.

- Nali aqui estão a cópia chaves do meu apartamento e do meu carro. Vai para casa com ele, Ok? Eu tenho que pegar a minha moto no concerto e de lá já vou para o restaurante dos pais desse cretino. - diz irritado e me entregando as chaves em seguida.

- Ok. - digo sabendo que não irei conseguir fazer com que ele mude de ideia. Solto um suspiro profundo e olho nos seus olhos fixamente. - Eu te amo, Thomas. - digo e o abraço.

- Eu também te amo, Megan... Você é meu tudo. - diz e eu sinto meu coração apertar mais ainda. - Eu voltarei linda... - murmura deixando um beijo em meus cabelos e logo se desfazendo de meu abraço.

- Eu te espero... - murmuro fitando suas costas sumirem do meu campo de visão.

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- Como minha filha está? - pergunta a senhora Evans, mãe da Natalie, adentrando o quarto. - Eu só recebi a ligação hoje pela manhã, seu pai me ligou e eu vim o mais rápido possível... Tony fez o possível para vim também, mas ele tinha uma reunião, não era possível remarcar. - diz rapidamente e se aproxima da cama da Nali. - Minha filha... O que fizeram com você? - pergunta apertando a mão da Nali e seus olhos começam a marejar.

- Ela está sedada... Os pesadelos à atacam, devido ao trauma recente e ela fica se debatendo... - digo com a voz baixa, querendo a encher de liberdade por nunca estar em casa.

- Eu sinto tanto... Eu e Tony deveríamos ter ficado em casa, cuidando da nossa filha... Ela pode ser uma adulta, mas sempre ira ser nossa pequena. - diz com os olhos marejados e eu percebo a dor que ela está sentindo.

- Ela vai ficar bem. - digo e a abraço, enquanto ela chora.

- Quem foi o maldito agressor? - pergunta com uma certa raiva em sua voz.

- Tudo indica que o ex namorado dela, Luke. Não se preocupe com isso agora, as investigações começaram e ela precisa da gente. - digo trêmula.

- Sim ela precisa. - diz voltando a chorar. - Vai para casa meu anjo... Eu não vou sair de perto dela e você precisa descansa. - diz soltando um suspiro.

- Tudo bem... Amanhã eu volto. - digo e caminho até a cama onde Nali dorme profundamente. Deposito um beijo demorado em sua testa e murmuro um : Eu te amo.

- Tchau. - murmuro saindo atordoada daquele quarto. - E tia? - a chamo com a mão na maçaneta, a fazendo voltar sua atenção para mim. - Natalie te ama. - murmuro abrindo a porta e saindo rapidamente.

Caminho pelos corredores lotados e logo já me encontro na garagem. Logo consigo avistar o carro do Thomas e me direciono até o mesmo. Destravando a porta, adentro e sinto seu cheiro adentrar minhas narinas. Me sinto tão próxima dele.

Dou a partida e logo me encontro nas ruas movimentadas de Manhattan. O sinal fica vermelho, me fazendo pisar no freio, em uma  tentativa falha de parar o carro, mas nada acontece. O pânico grita dentro de mim, e as lágrimas começam a escorrer pelas minhas bochechas. Meus olhos começaram a arder e eu piscava desenfreadamente na tentativa de conter o ardor. O veículo bateu contra algo e eu só senti meu corpo chacoalhar e aos poucos eu fui perdendo o sentindo.

Eu não queria apagar, eu queria focar atenta ao que aconteceu. Barulhos de sirene invadiram meus ouvidos e meu único pensamento foi me perguntar se eu havia sido uma sobrevivente.

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Lolly sumida? Ontem eu fiz maratona de Vendida e não posso fazer maratona de O Boxeador, pois à estória se encontra na reta final.

À noite voltarei com um capítulo.

Bjs da Lolly *-*

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