Capítulo 32:

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Thomas Cooper:

Eu sou um filho da puta de um fodido! Completamente fodido.

Eu tinha acabado de deixá-la...

Deixar a mulher que eu amo, com um filho meu em seu ventre... Eu sou uma merda, um completo covarde fodido.

Eu juro que nunca quis ter feito aquilo. Eu realmente amo a Megan com minha própria vida, mas aquilo foi preciso. Eu precisava terminar com ela ou Luke nunca nos deixaria em paz. Ele é um filho da puta que iria fazer de tudo para nos separar. Ele estava colocando pessoas em risco para que isso acontecesse e eu tinha que pensar em Nali... No treinador... E em meu filho. Eu estava à deixando... Ele havia me avisado que machucaria ela. E se alguma coisa acontecesse com ela ou meu filho, eu nunca me perdoaria... Eu tinha que fazê-la me odiar, eu tinha que mantê-la afastada... Por mais que eu estivesse perdendo metade de mim. Não poderia nunca colocar a vida deles em risco por eu não ter obedecido aquelas merdas de bilhetes. Eu deveria ter obedecido! A culpa disso tudo é minha. Eu não deveria ter levado isso adiante. Mas já era tarde demais. Tarde para tentar ter uma vida com ela, mas não tarde para concertar as coisas.

Parando em frente ao prédio do Luke, subo disparado para seu apartamento sem nem me preocupar com o porteiro. Sigo pelos corredores, parando em frente a porta do apartamento do mesmo, começando esmurrar a mesma. Ele abre me fitando de cima a baixo com desdém.

- Querido, Thomas! Que honra tê-lo em minha casa... De novo... - Ele diz e é perceptível o deboche em sua voz. - Veio me bater novamente? Agora bata mais forte, para deixar alguma sequela. Vai dar um ótimo processo. - diz rindo sem humor. Doente!

- Guarde suas malditas palavras para você, Luke! E vá para o inferno. - digo completamente irritado. Minha vontade é de avançar em seu pescoço e bater em sua cara até o deixar irreconhecível. - Você ganhou, filho da puta. - digo a contragosto, fazendo com que o bastardo abrisse um sorriso satisfatório em seus lábios.

- O que eu ganhei exatamente? - Pergunta se fazendo de idiota.

- Não estou mais com Megan. - ordeno apontando um dedo em sua cara - Escute aqui seu idiota. Não ouse se aproximar da Megan ou eu vou matar você. Escutou bem? Eu vou matar você. - ameaço entre dentes.

- Se acalme meu caro, Thomas. - diz cruzando os braços. - Eu vou tomá-la... Apenas se ela quiser. - diz com um sorriso sacana aparecendo em seus lábios.

- Eu vou matar você! - Cuspo as palavras carregadas de ódio

- Tente e o maldito do seu filho sofrerá as consequências. - diz com um sorriso triunfante.

Ele havia vencido!

~ Duas semanas depois ~

Sentado na minha sala de estar, com meu rosto afundado em minhas mãos, à espera da Natalie entrar e acabar comigo, eu estava disposto a pedir sua ajuda, mas antes eu ouviria muito... Mas eu merecia, isso e muito mais.

- Que diabos você fez, Thomas? - grita Natalie entrando e batendo a porta com força. Levantei minha cabeça para encará-la e seu olhar mortal me fez estremecer.

Eu nunca tive medo de nada, mas eu realmente estava com um medo absurdo do que a Natalie é capaz de fazer quando está com raiva. Ela estava bem melhor, os hematomas já estavam desaparecendo e mesmo com uma perna enfaixada, ela não perdia a pose de "Mulher Durona."

- Responde caralho. - grita impaciente, caminhando em minha direção.

- Desculpa, Thomas. Ela está descontrolada, eu tinha que à trazer. - diz Vince surgindo atrás dela.

- Tudo bem. - murmuro. - Eu preciso de sua ajuda, Nali. - digo rapidamente.

- Não me chame de Nali seu filho da puta. Como você ousou fazer aquilo com minha amiga? - perguntou exasperada. - Eu confiei ela à você. E você fez isso? Como você pode? Ela está um caco, por sua culpa, bastardo infeliz! - diz se aproximando de mim, e eu me levantei trêmulo.

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