Capítulo 2:

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Capítulo 2:

Megan Bennet:

Manhattan se torna uma bagunça, devido as ruas movimentadas. Pego o metro e como de costume fico exprimida. Após meia hora finalmente solto na estação e caminho em passos firmes em direção ao prédio vermelho e preto, com uma placa com letras em negritos, que dizia: "Bennet's Academy."

Sério isso? Quanta criatividade. - digo mentalmente, com um sorriso debochado surgindo em meus lábios.

Olho para meu relógio prateado no meu pulso direito. Eram exatamente 08:45.

- Segura essa Philips, sou pontual. - murmuro mentalmente sorrindo. Acelerando meus passos, atravessando à rua rapidamente e logo me encontro parada em frente à academia.

- Seja o que Deus quiser. - murmuro, soltando um suspiro profundo. Adentro o local, em passos cautelosos.

Meus olhos observam cada canto do local, não tem muitos alunos ainda o que está perceptível. Alguns carinhas que já estavam fazendo flexões, acenou para mim com a cabeça, não com malícia claro, mas sim como um simples cumprimento. Acho que eles prezam o brinquedo que possui entre as pernas. Aceno de volta e dou um sorriso simples. Apressando meus passos vou diretamente para o escritório do meu pai.

A porta se encontrava entreaberta, então adentro sem bater. E lá estava ele, seus olhos fitavam fixamente um papel que penso ser um relatório. Fechando a porta, caminho até uma poltrona marrom, me jogando nela em seguida, totalmente despojada.

- Bom dia. - murmuro com uma voz de tédio, não que eu estivesse entediada, mas eu tinha que mostrar para meu pai, o que ele estava fazendo comigo, ao me obrigar à trabalhar na academia.

- Bom Dia. - diz levantando seu olhar para mim. - Chegou cedo. Isso tudo é saudade do seu paizão aqui? - pegunta e noto una pitada de ironia em sua voz.

- Você não imagina o quanto. - digo sarcástica.

- Megan, apenas ouça. - diz sério e eu fiquei esperando ele continuar. - Você já é uma adulta. Como eu disse ontem, você fará vinte e um anos brevemente, não acha que está na hora de começar sua própria vida? - pergunta sério.

- Acho não, tenho certeza. É por isso que estou no curso de administração. Assim que eu concluir, começo um estágio e com o dinheiro posso tentar uma bolsa integral em uma faculdade. - digo séria.

- Eu sinto orgulho de você, Megan. Mas você tem que ter seu próprio cantinho, deixa de ser a babá da sua mãe. Eu me preocupo com você e só quero seu bem... - o interrompo friamente.

- Se você quisesse o meu bem, jamais teria nos abandonado. - digo me revirando à mim e mamãe.

- Você não pode julgar nada, até porque você acha que sabe das coisas, mas não faz a menor ideia do que realmente ocorreu. - diz amargurado.

- E nem quero ouvir, falso testemunhos. - digo fria.

- Chega. - diz firme. - Preciso que você vá para o vestiário e o limpe, arrume as luvas e se for necessário, lave os banheiros. - diz tentando conter à irritação em sua voz.

- Mas minha função é na administração. - digo irritada.

- Na verdade é, mas mudei de planos, preciso de você em todas as áreas. - diz calmo, enquanto minha vontade é de esfolar o rosto dele. - E vê se dá próxima vez, coloca à farda.

- Mas aquilo ali, é praticamente uma burca. - murmuro indignada.

- Leve para reformar. Nada muito justo, Ok? Agora, levante esse traseiro desta poltrona. Temos muito o que fazer aqui ainda. - diz com um sorriso de canto. Babaca!

Me levantei com as mãos fechadas em punhos, lutando pelo autocontrole.

- Me ajuda Jesus. - murmuro mentalmente.

Saio do escritório e caminho rapidamente para o vestiário.

- Vocês poderiam me dar licença? - peço à dois adolescentes, acho que na faixa etária dos quinze ou dezesseis anos.

- Claro que sim, princesa. - diz um moreno, com corte de militar.

- Podemos sim, Megan, certo? - pergunta o Branquinho com cabelos loiros em um topete. Que fofinho!

- Sim, sou Megan. - digo com um sorriso.

- Meu nome é Tobby. - diz o Branquinho. - E esse é Drew. - diz apontando para o moreno.

- Prazer em conhecer vocês. - digo simples.

- O prazer é todo meu. - diz Drew, me fazendo reprimir um riso. Safadinho ele, hein?

- Deixa à Megan, Drew. Quer perder as bolas? - pergunta e Drew faz uma careta de dor.

- Vocês não são muito novos para estarem aqui não? - pergunto curiosa.

- Eu e Drew temos dezesseis anos. Aqui é um das melhores academias de Boxer de Manhattan. Meu pai e o do desse ser aqui, sabia de nossa admiração pelo esporte, então infernizamos a voda deles, para eles investirem mais no mestre Phillips... Não que ele precisasse, mas era para aceitar adolescentes, entre outros... Sabe né? - diz cautelosamente e eu sinto orgulho do meu pai. A academia estava crescendo e isso era muito bom para ele.

- Entendo perfeitamente. Tenham um bom treino meninos. - digo sorrindo.

- Tchau Meg. - dizem em uníssono e logo eu me encontro sozinha no vestiário.

Pegando meu celular, coloquei músicas para tocar em modo aleatório, fazendo com que, BO$$ da Fifth Harmony ecoasse pelo vestiário. Comecei a organizar as luvas espalhadas, enquanto me balançava ao som da música agitada. Logo após organizar as luvas, fui em busca de uma vassoura, quando à encontrei, tratei de começar à varrer no intuito de acabar o quanto antes. Comecei a brincar com a vassoura. Descia até o chão rebolando de modo descontraído. Sempre tive uma pequena paixão pela dança, apesar dos meus três anos, fazendo aulas, considerava só um hobby.

Subi lentamente com os olhos fechados, enquanto ondulava meu corpo para um lado só. Me virei abrindo os olhos e pulei de susto, ao me deparar com o Thomas recostado na entrada do vestiário, com um sorriso malicioso em seus lábios.

- Não precisa parar, só porque eu cheguei. E só para avisar, isso já me diz que eu terei um ótimo dia. - disse enquanto mordia os lábios de maneira sexy. Sexy? Oh Deus! Me protege.

- É... Eu vou sair, para você trocar a roupa. - digo trêmula.

- Calma! Pra quê tanta pressa? Eu não mordo Megan, só se você pedir é claro. - diz se aproximando. Isso não é bom! - Gosto de saber que de alguma maneira eu te afeto, Megan. - sua voz sai mais rouca e sensual. Morta? Magina!

Suas mãos pairam sobre minhas cintura e antes que ele possa me beijar, dou uma joelhada em suas partes.

- Desgraçada! - rosna de dor, caindo de joelhos à minha frente
- Nunca mais ouse se aproximar de mim, Thomas. - minha voz sai movida à irritação e olho para o ser ajoelhado à minha frente xingando todos os palavrões existentes. Pegando meu celular sobre a pequena prateleira, sai do vestiário como se nada tivesse acontecido, e com um sorriso diabólico nos lábios.

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A academia já se encontrava cheia, as alas estavam separadas. Meus olhos varreram o local em busca do Thomas, que desde o ocorrido eu ainda não o localizei. Após um momento, o encontrei. Thomas estava concentrado, socando um saco de areia. Meio distante dos outros, e imediatamente corri para o vestiário, para terminar o que eu havia começado.

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O resto do dia transcorreu bem. Além de evitar o Thomas ao máximo possível, que foi uma tarefa concluída com sucesso, não briguei, muito menos discuti com meu pai. O que foi uma evolução, já que não conseguimos ficar cinco minutos sem não nós alfinetarmos. Assim que o Senhor Phillips me liberou, o que eu já esperava ansiosamente. Peguei meus pertences e praticamente sai correndo da academia.

- Ao menos eu não morri. - murmuro mentalmente.

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