Capítulo 28:

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Megan Bennet :

Os pequenos raios invadiram o quarto. Abri os meus olhos e pisquei algumas vezes, no intuito de me acostumar com a claridade, em que o ambiente se encontrava. Tentei me locomover, em uma tentativa falha, pois, o braço musculoso de Thomas, segurava minha cintura de uma maneira possessiva.

Após uma pequena batalha, finalmente consegui me livrar do homem que eu tanto amava. Caminhei cautelosamente em direção ao banheiro. Meu corpo se arrepiou quando entrei no ambiente gélido. Os azulejos eram azuis em um tom celestial, a pia tinha produtos, tanto masculino, quanto feminino. Thomas comprou para quando eu viesse dormir aqui.

Fitei meu reflexo e estremeci quando vi o meu estado. Em volta dos meus olhos azuis, as olheiras se faziam presente. Minha pele estava um pouco pálida e os meus cabelos desgrenhados.

Me despi copiosamente e entrei no box, ligando à transmissão em seguida. A água fria percorreu meu corpo. Me fazendo estremecer e segurar a parede. As lágrimas desciam desenfreadamente. Me recostei contra a parede, deixando meu corpo escorregar até senti minha bunda contra o chão. Abracei meus joelhos e chorei, enquanto à água deslizava sobre mim.

Perdida. Essa palavra é a única definição para mim neste exato momento. As cartas, os bilhetes, tudo me alertavam, me diziam para ficar longe do Thomas ou haveria consequências. Tocaram em algo que é precioso para mim, minha conselheira, melhor amiga, irmã de alma... Minha Natalie. O estado em que eu à encontrei no chão do seu apartamento. Seu rosto totalmente deformado... A cena me fez estremecer.

Quem teria coragem para fazer tal ato? Um absurdo desses? Ainda mais com uma pessoa que nunca fez mal à alguem e nem faria.

- Megan? - a voz do Thomas invadiu meus ouvidos. - Meu Deus! - levantei meu olhar e fitei Thomas entrar no box só com sua calça de moletom cinza. A água pariu de deslizar sobre mim e afirmei mentalmente que ele havia desligado o chuveiro. Seu corpo me envolveu e meus olhos se encontraram com os deles. - Você está bem? - pergunta fixamente. Eu tento falar, mas minha língua parece que se encontra presa. ele. to um soluço alto. - Megan fala comigo? - seu tom foi desesperado e as lágrimas já escorriam de modo que eu não conseguia controlar. Respirei profundamente.

- Não. - minha voz saiu elevada. - Eu não estou bem, Thomas. Minha melhor amiga, se encontra praticamente em coma no hospital... Por minha culpa. - disse trêmula. Eu estava me sentindo culpada pelo que houve pela Natalie e se ela não melhorasse... Eu acho que eu morreria.

- Não é sua culpa, Megan. - diz me abraçando com mais intensidade. - Vamos descobrir quem fez isso com ele, Ok? Eu te prometo. - diz e noto que ele parecia estar em uma guerra interna, mas prefiro não dizer nada.

- Ok. - murmuro trêmula.

Agora vem que eu vou te dar banho e a gente vai para o hospital. - diz me levantando.

Nenhuma palavra foi dita desde então, Thomas me banhou sem maldade, cuidou de mim e eu não me arrependia em nenhum momentos em ter deixado me envolver com ele .

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Adentramos o hospital rapidamente, pairando na recepção. Lana e meu pai se encontrava sentados no pequeno sofá bege que havia ali.

- Pai, como ela está? - pergunto preocupada.

- É melhor perguntar ao Doutor? - diz acenando emQo Doutor Vince.

- Bom dia doutor. Como ela está? - pergunto concentrando minha atenção nele.

- Bom Dia, Megan. Ela se encontra bem no momento. Mas terá que ficar hospitalizada por no mínimo duas semanas. Sua situação está bem como eu disse, mas ainda inspira certos cuidados. - diz formalmente.

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