Capítulo 4 :

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Megan Bennet:

"Shoulders sideways, smack it, smack it in the air, legs movin' side to side, smack it in the air..."

A voz da minha diva Beyoncé adentra meus ouvidos, com a batida de 7/11. Levanto animada e logo já me encontro tomando meu banho. Quando saio do meu mantro de medicação, optando em usar um short cós alto preto, com uma blusa floral escrita: "Kiss Me... Baby."

Calçando minhas sapatilhas, faço uma maquiagem leve para esconder o quão ruim havia sido minha noite. Solto meus cabelos, que se encontravam presos em um coque frouxo e dou uma leve ajeitada com os dedos.

Pagando minha bolsa, coloco algumas planilhas que eu havia feito durante à madrugada, na bolsa. Hoje eu coloco esse academia em ordem! - penso.

Pego minha Ray-ban preta com detalhes dourado e coloco minha bolsa sobre os ombros.

- Bom Dia, filha. - diz mamãe sentada no sofá.

- Bom Dia. - murmuro.

- Não vai comer nada? - pergunta.

- Não se preocupe. Passarei em um Starbucks que tem pertinho da academia. - digo com um sorriso.

- Se cuida. - diz quando eu caminho em direção à porta.

- Não sei o horário que vou voltar, tenho que fazer umas planilhas e vários relatórios que pretendo analisá. Te amo, mãe. - murmuro e saindo em seguida.

No caminho passo no Starbucks, comprando um cappuccino para mim e uns Waffles de chocolate. Como calmante, sozinha. Após terminar, acabo pedindo uma vitamina de frutas para viagem. Era a preferida do meu pai ou é, tanto faz.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Adentro à academia que já se encontra um pouco cheia e dou um sorriso para meu pai.

- Bom Dia! - digo tentando me animar.

- Bom Dia! - diz surpreso.

- Trouxe para você, estava comendo e resolvi trazer. - digo meio encabulada. Já que eu teria que conviver com ele, não queria aquele clima chato pairando sobre nós.

- Obrigado filha. - diz com um sorriso, provando um pouco. - De frutas .. Meu preferido. - murmura sorridente.

- É... Pai, eu fiz uma planilha para começar à organizar as papelada da academia... Já que ontem eu não consegui finalizar, resolvi fazer umas partes em casa. - digo.

- Você pode ficar no escritório o dia todo? Hoje eu preciso treinar o Thomas para o campeonato estadual e não vou poder te ajudar com as planilhas e relatórios. - diz calmo e hesitante

- Não se preocupe, eu cuidarei de tudo. - digo dando de ombros.

- Obrigado filha. - diz animado e eu dou um sorriso.

Dando um meio sorriso, caminho até o escritório. Me sento na cadeira de frente para o notebook o ligando. Pego as planilhas na minha bolsa e após um centro tempo, consigo transformar em uma só. Onde vou acompanhar diariamente. Pego os relatórios financeiros anteriores e coloco a lista de todo o dinheiro que entrou e saiu anteriormente.

Criei um novo usuário no notebook, colocando senha, à qual depois eu passaria para meu pai. Criei pastas no computador, praticamente uma agenda. Tudo organizado ficaria melhor. Cada conta paga deveria ir para a pasta certa, assim eu teria registro de tudo que paguei e saberia bem o que estava por vir. De tempos em tempos eu avaliaria os gastos e os rendimentos

Suspirei profundamente quando acabei. Eram 15:50 e meus estômago já clamava por algo comestível.

A porta foi aberta e Thomas passou por ela, totalmente sexy. Seus cabelos molhados, estavam bagunçados de maneira sexy. Em suas mãos se encontrava uma embalagem do Starbucks e eu sorri.

- Seu pai mandou eu te trazer. - disse irritado. Acho que alguém ainda está irritado pelo golpe baixo.

- Valeu. - digo me levantando e caminhando até ele, no intuito de pegar o lanche. Só que ao invés de me entregar, Thomas fecha à porta e caminha colocando o lanche sobre a mesa. Antes que eu pudesse perguntar algo, meu corpo é prensado contra a parede gélida.

- Não ouse. - digo sentindo seu hálito quente contra minha bochecha.

Tarde de mais... Seus lábios tomou o meu de forma agressiva, um beijo carnal, cheio de promessas. Uma de suas mãos agarra meus cabelos me puxando para si, enquanto a outra a segura firmemente minha cintura, esfregando sua ereção em meu sexo. Exatamente como no meu sonho.

- Ele é Thomas Cooper. - gritou meu subconsciente e com todas as minhas forças o empurrei.

- Nunca mais ouse tocar em mim. - digo trêmula

- Você vai implorar por mim... Implorar para mim te dar prazer, Eu sei que vai. - E assim, me soltou, saindo em seguida, sem olhar para trás.

Eu me encontrava no banheiro do escritório do meu pai, sentada na privada, enquanto tentava conter minhas mãos que tremiam compulsivamente, e minhas pernas que estavam moles. Eu estava excitada, nervosa e frustada. Aquelas cenas passavam em minha mente, eu queria aquelas mãos em mim de novo, os lábios macios... Droga!

Eu tinha que me manter longe do Thomas, mas era quase impossível, e bom eu estava na minha e ele que veio me beijar, eu sei que correspondi imediatamente, mas ele era realmente bom no que faz e... Merda! Eu tenho que tirar o Thomas da minha cabeça ou eu vou acabar me fodendo. Levantei e fui até a pia, molhando meu rosto, eu me encontrava um pouco vermelha e meus olhos azuis estavam brilhando. Me recompôs e sai tentando voltar à focar somente no meu trabalho.

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Adentro em casa, em passos cautelosos. As luzes estavam todas apagadas e se encontrava em um silêncio absurdo. Me direcionando para o quarto da minha mãe, meu corpo paralisou quando ouvi pela porta entreaberta.

- Sério mesmo que aquele filho da puta, não mandou o dinheiro? - dizia uma voz masculina forte e arrogante.

- Sério mesmo John... E aquela garota, ainda está trabalhando lá, para é claro me trazer dinheiro. - dizia a voz da mulher que esse tempo todo, eu pensava que me amasse, sua voz é gélida e eu quase não reconheço.

- Ela é sua filha. E ao menos está te sustentando. - diz o tal homem rindo.

- Infelizmente é a minha filha e lógico eu sou a mamãe abandonada dela. - diz sarcástica.

- Credo Samantha! A coitada achando que o pai dela largou você por causa de outra, sendo que você traia ele diariamente. Você não presta, sabia? -

- Eu sei. Agora vem aqui, vem... Vou te mostrar para o que eu realmente presto. - Gemidos começaram a ecoar, me fazendo sentir repulsa, as lágrimas já desciam e eu tentava não tremer.

Caminhei cautelosamente para o meu quarto e joguei algumas malas sobre a cama. Peguei minha roupas e pertences, jogando tudo dentro das malas revoltada. Eu sentia nojo da Samantha... Meu Deus! Como eu fui burra em acreditar em cada palavra que ela dizia. Como eu fui burra por me sacrificar sempre para lhe proporcionar uma vida estável.

Meu coração se apertou quando meus pensamentos se voltaram para o meu pai... O modo que eu o tratava, sempre fria e egoísta.

Assim que terminei de guardar as coisas, liguei para um táxi e caminhei pelos corredores com um certo cuidado, para ela não tentar me impedir, eu não queria vê-la na minha frente, nunca mais. Após sai do apartamento, bati a porta com força, decidida à esquecer a mulher que me gerou para sempre. Adentrei o elevador trêmula e esperei ele descer.

- Boa noite, Megan. Está bem? - pergunta o Senhor Steven com uma certa preocupação em sua voz.

- Estou indo embora, pode me ajudar à levar minhas malas para o táxi? - pergunto hesitante.

- Claro que sim. - diz e prontamente pega as malas em minhas mãos, saindo do hall do prédio. O sigo e quando está na hora da minha partida, dou um abraço nele e murmuro. - Vou sentir sua falta e se a Samantha peguntar, diga que é para ela gerar outro neném para sustentá-la.

- Também vou sentir sua falta e se cuida. - diz se afastando e logo eu já me encontro dentro do táxi, com a cabeça contra a janela, enquanto as lágrimas escorriam.

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