10

5.1K 320 201
                                    

"A sala precisa"

Mattheo

Talvez eu estivesse sendo um idiota. Mas ainda não ia dormir sem antes resolver uma coisa. Meus passeios noturnos eram constantes, então não foi difícil chegar até a enfermaria sem ser pego.

O corredor estava completamente escuro, exceto pela luz amarelada que vinha da enfermaria. Me certifiquei de que Madame Pomfrey não estava aqui e entrei, vendo uma única cama ser ocupada. Adrian Pucey. Caminhei em direção ao garoto, fazendo o mínimo de barulho possível.

Peguei uma cadeira que estava ali perto e a levei até o lado da cama. Pucey estava de olhos fechados e o direito estava inchado, o lábio partido e um hematoma roxo em sua bochecha. Precisei fazer um grande esforço para não sorrir. Ele estava acabado.

- Adrian! - Cantarolei, forçando uma voz fina. - Hora do remedinho! - O imbecil nem se mexeu. Revirei os olhos e me inclinei, dando tapinhas em seu rosto. - Acorda porra!

Ele estalou os olhos e se virou com dificuldade para me olhar, eu sorri, erguendo a mão e balançando os dedos em aceno. Seus olhos se voltaram para a entrada da enfermaria e sua boca se abriu, mas a tapei no mesmo segundo.

- Se gritar, término de quebrar os últimos ossos que sobraram. - Sussurrei de uma forma ameaçadora, o garoto assentiu freneticamente e devagar, tirei a mão de sua boca.

- O que está fazendo aqui ? - Sua voz saiu trêmula e quase inaudível.

- Só vim bater um papinho com você. Relaxa. - Me recostei na cadeira, erguendo as pernas por cima da cama e cruzando os tornozelos. - Quero que me faça um favor.

- Não está com direito de pedir um favor depois de ter me batido.

- Sei que não. Mas também sei que você não vai negar meu pedido. - Por um segundo, seu olhar se desviou para a entrada novamente e cruzei os braços, percebendo o medo que ele estava sentindo.

- O que quer ?

- Quero que peça desculpas para a Arya. Mas, não uma simples desculpa. Vai fazer isso amanhã, durante o café. Na frente de todos. - O garoto tossiu e se virou um pouco mais na minha direção.

- Madame Pomfrey não vai me liberar amanhã. - Tirei os pés de cima da cama e me levantei, alisando o cobertor que o cobria.

- Sei que vai dar um jeito pra isso funcionar, Pucey. - Me inclinei para perto do seu rosto e agarrei seu cabelo, fazendo o garoto grunhir. - Se não aparecer, pode ter certeza que dá próxima não vou te deixar vivo para contar a história. Melhoras pra você, lindão. - Abri um sorriso largo e dei mais um tapinha em seu rosto antes de me afastar.

O desgraçado estava avisado e é bom fazer o que eu mandei. Uma das merdas que aprendi com meu pai, é não ser misericordioso com filhos da puta. Principalmente quando esses, prejudicam alguém de grande importância para nós.

Voltei para o meu dormitório, já tirando o cigarro e esqueiro do bolso e caminhei até o banheiro. Depois de ter saído da sala do barbudo que chamam de diretor, fui direto para o quarto da Arya para vê-la e nem consegui tomar um banho. Ela ainda fez a gentileza de limpar o sangue que ainda estava no meu rosto, do único arranhão que recebi na briga.

Porra, estava cada vez mais difícil. Minha obsessão por ela aumenta todos os dias e depois daquele beijo, não consigo pensar em mais nada. Minha imaginação está sendo meu próprio inferno. Tenho pensado em todas as maneiras de foder com aquela garota e fazer dela minha prioridade por completo. Arya é a parte de mim que venho procurando por anos e é uma necessidade da minha alma estar perto dela.

𝙏𝙝𝙚 𝘿𝙚𝙫𝙞𝙡'𝙨 𝙀𝙮𝙚𝙨 - ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴏ ʀɪᴅᴅʟᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora