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"A sala precisa"

Mattheo

Talvez eu estivesse sendo um idiota. Mas ainda não ia dormir sem antes resolver uma coisa. Meus passeios noturnos eram constantes, então não foi difícil chegar até a enfermaria sem ser pego.

O corredor estava completamente escuro, exceto pela luz amarelada que vinha da enfermaria. Me certifiquei de que Madame Pomfrey não estava aqui e entrei, vendo uma única cama ser ocupada. Adrian Pucey. Caminhei em direção ao garoto, fazendo o mínimo de barulho possível.

Peguei uma cadeira que estava ali perto e a levei até o lado da cama. Pucey estava de olhos fechados e o direito estava inchado, o lábio partido e um hematoma roxo em sua bochecha. Precisei fazer um grande esforço para não sorrir. Ele estava acabado.

- Adrian! - Cantarolei, forçando uma voz fina. - Hora do remedinho! - O imbecil nem se mexeu. Revirei os olhos e me inclinei, dando tapinhas em seu rosto. - Acorda porra!

Ele estalou os olhos e se virou com dificuldade para me olhar, eu sorri, erguendo a mão e balançando os dedos em aceno. Seus olhos se voltaram para a entrada da enfermaria e sua boca se abriu, mas a tapei no mesmo segundo.

- Se gritar, término de quebrar os últimos ossos que sobraram. - Sussurrei de uma forma ameaçadora, o garoto assentiu freneticamente e devagar, tirei a mão de sua boca.

- O que está fazendo aqui ? - Sua voz saiu trêmula e quase inaudível.

- Só vim bater um papinho com você. Relaxa. - Me recostei na cadeira, erguendo as pernas por cima da cama e cruzando os tornozelos. - Quero que me faça um favor.

- Não está com direito de pedir um favor depois de ter me batido.

- Sei que não. Mas também sei que você não vai negar meu pedido. - Por um segundo, seu olhar se desviou para a entrada novamente e cruzei os braços, percebendo o medo que ele estava sentindo.

- O que quer ?

- Quero que peça desculpas para a Arya. Mas, não uma simples desculpa. Vai fazer isso amanhã, durante o café. Na frente de todos. - O garoto tossiu e se virou um pouco mais na minha direção.

- Madame Pomfrey não vai me liberar amanhã. - Tirei os pés de cima da cama e me levantei, alisando o cobertor que o cobria.

- Sei que vai dar um jeito pra isso funcionar, Pucey. - Me inclinei para perto do seu rosto e agarrei seu cabelo, fazendo o garoto grunhir. - Se não aparecer, pode ter certeza que dá próxima não vou te deixar vivo para contar a história. Melhoras pra você, lindão. - Abri um sorriso largo e dei mais um tapinha em seu rosto antes de me afastar.

O desgraçado estava avisado e é bom fazer o que eu mandei. Uma das merdas que aprendi com meu pai, é não ser misericordioso com filhos da puta. Principalmente quando esses, prejudicam alguém de grande importância para nós.

Voltei para o meu dormitório, já tirando o cigarro e esqueiro do bolso e caminhei até o banheiro. Depois de ter saído da sala do barbudo que chamam de diretor, fui direto para o quarto da Arya para vê-la e nem consegui tomar um banho. Ela ainda fez a gentileza de limpar o sangue que ainda estava no meu rosto, do único arranhão que recebi na briga.

Porra, estava cada vez mais difícil. Minha obsessão por ela aumenta todos os dias e depois daquele beijo, não consigo pensar em mais nada. Minha imaginação está sendo meu próprio inferno. Tenho pensado em todas as maneiras de foder com aquela garota e fazer dela minha prioridade por completo. Arya é a parte de mim que venho procurando por anos e é uma necessidade da minha alma estar perto dela.

𝙏𝙝𝙚 𝘿𝙚𝙫𝙞𝙡'𝙨 𝙀𝙮𝙚𝙨 - ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴏ ʀɪᴅᴅʟᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora