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"Liberdade e Adrenalina"

Arya

Ele é a porra de um babaca. E eu me odeio por gostar disso. Por ter gostado da nossa noite juntos e querer que ela se repita novamente.

Nós fomos muito além. Porra, eu fui muito além. Se eu não tivesse aceitado, não teria acontecido. Mas, provavelmente estaria me remoendo agora pelo arrependimento. Inferno, nunca senti isso antes. Nem mesmo Theodore me fazia sentir isso. Apenas um olhar daquele infeliz, já é um convite para a loucura e eu simplesmente não consigo recusar.

Na manhã seguinte, acordei sozinha naquele sofá. Cada maldito músculo do meu corpo dolorido e inteiramente marcado. Marcado por ele. Graças a Merlin, com um feitiço que fui forçada a aprender, consegui fazer com que essas marcas sumissem. Apenas as que poderiam ficar aparentes. O resto ainda está aqui, me lembrando constantemente do que aconteceu.

Ao mesmo tempo que não estava pronta para vê-lo, no fundo esperava que ele viesse falar comigo. Que dissesse que a partir daquele momento, eu pertencia a ele e não teria mais escolha a não ser aceitar. E caralho, eu aceitaria.

Mas não foi isso o que aconteceu. Só depois de horas que Riddle decidiu falar comigo e foi um idiota, como sempre. Não posso negar que gostei de provar mais uma vez o quanto uma única aproximação minha, já mexe com ele. E principalmente o amigão lá de baixo.

Mas mesmo assim, me sinto uma idiota por ter me incomodado com isso, por ter esperado uma atitude dele e ter recebido outra coisa. Isso só prova que não posso baixar minha guarda. O orgulho está me rasgando por dentro e não tenho outra escolha a não ser deixá-lo tomar conta.

Depois que voltamos da cidade, o dia já tinha virado noite. Todos carregavam milhares de sacolas e embalagens de presentes e uma animação conhecida tomou conta do meu peito. Acho que a melhor parte do Natal são os presentes e eu amo isso. Pensei muito sobre o que dar para os meus amigos esse ano e confesso que foi um pouco difícil. Eles já tem literalmente tudo. Mas acho que minhas escolhas foram perfeitas e estou ansiosa para entregá-los.

No dia vinte e três, Pansy começou a animar todo mundo para sair. E ela não parou até que todos nós aceitássemos. Dessa vez, não íamos apenas para um restaurante, mas sim para uma festa. Óbvio que todos aceitaram e entraram na onda de animação da garota.

Ayden começou a se arrumar com antecedência e quando decidi finalmente subir para também começar, Pansy me chamou para o seu quarto, pedindo para que eu me arrumasse com ela. Não vi problema em aceitar, então peguei tudo o que precisava e corri até lá. Bea também se juntou a nós, e o motivo disso foi porque Pansy queria nos contar sobre ela e Zabini. Os dois bonitinhos ficaram.

Parkinson jurou que só foi algo para fortalecer a amizade dos dois e isso me deu um leve déjà vu. Disse a mesma coisa quando eu e Theo ficamos a primeira vez. Só espero que o fim da nossa história não se repita com eles.

Enquanto nos arrumamos, Bea aproveitou o momento para falar sobre meu irmão e o que tinha rolado entre eles. Por um segundo, tinha me esquecido disso. Mattheo tem sido a única coisa a perturbar minha mente nesses dias. Beatrice também me prometeu não ter sido nada de mais e que foi algo que os dois apenas deixaram acontecer, mas que não significou nada.

Sinceramente, não me gerou nenhum incômodo isso. Bea foi sincera em conversar comigo sobre e acho que era isso o que importava.

A essa altura, o frio já estava bem mais intenso em comparação ao dia que chegamos aqui, então foi uma grande indecisão escolher uma roupa. Pansy me ajudou com a maquiagem e depois de tudo, prendi meu cabelo em um coque, deixando todos os fios perfeitamente alinhados com um pouco de gel. Por cima de um suéter branco de manga longa, vesti uma jaqueta de couro que peguei emprestada de Ayden. E por baixo, uma mini saia preta junto de uma meia calça também preta.

𝙏𝙝𝙚 𝘿𝙚𝙫𝙞𝙡'𝙨 𝙀𝙮𝙚𝙨 - ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴏ ʀɪᴅᴅʟᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora