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"O presente perfeito"

Mattheo

Eu tinha conseguido. Ela finalmente se rendeu e permitiu que eu a tomasse. Depois de meses, fingindo não se importar e me tratando com indiferença sempre que dávamos um passo para mais perto, Arya se deixou levar pelo desejo e se entregou aos meus braços.

A observei dormir no sofá, os cabelos espalhados sobre o estofado marrom com alguns fios caindo sobre o seu rosto, mas ainda conseguia ver os traços perfeitos. A boca rosada e as maçãs do rosto saltadas, o nariz arrebitado, os cílios longos e escuros. Ela era perfeita.

A noite passada foi longa. Quando começamos, foi difícil parar e Arya só dormiu quando o Sol já brilhava do lado de fora, quando seu corpo implorava por um descanso. Deixei que ela descansasse em meu peito e aproveitei o cheiro de chocolate que sempre me fazia perder a cabeça. E depois, me levantei, sem deixar que a exaustão me atingisse. Não podia correr o risco de alguém descer e ver nós dois juntos. Prometemos que seria um segredo.

E agora, estava aqui, vários minutos se passaram e não consegui parar de observá-la, pensando na maldita merda que tinha feito. Minha obsessão me levou a isso, o desejo de tê-la só para saciar minha vontade e provar a mim mesmo que conseguiria a garota. E consegui. Agora não sei mais o que fazer.

Normalmente, eu fugiria e procuraria a próxima vítima, mas estamos falando da Arya Rosier. Essa filha da puta me enlouquece e acho que nunca vou encontrar alguém que tenha uma boceta tão maravilhosa quanto a dela. Estava completamente fodido.

Me abaixando à sua frente, tirei um fio de cabelo que caia em um dos seus olhos e coloquei atrás da orelha. Meus lábios se curvaram em um sorriso que não consegui conter. Ela era a porra de anjo. Mas atrás dessa forma angelical, se escondia uma bruxinha linda e pervertida. Depositando um selinho rápido e calmo em seus lábios, eu me levantei novamente, a garota gemeu e se virou para o outro lado do sofá, empinando a bunda bem na minha direção. Puta merda.

Ela vestiu seu shorts do pijama e o moletom que já usava, mas o cetim era tão fino e curto que consegui ver perfeitamente as marcas que havia deixado nela ontem. Suas nádegas estavam vermelhas como sangue e a forma exata da minha mão a cobria por inteira. E não foi só isso, eu havia deixado mordidas e chupões em vários lugares de seu corpo e sabia que hoje ela me odiaria por essa merda. Mas estou pouco me fodendo.

Respirando profundamente, peguei minha camiseta que estava jogada no chão e a vesti, saindo da sala de estar e indo até a cozinha. Peguei meu maço de cigarro e o isqueiro que havia deixado ali ontem a noite e sai em direção aos fundos da casa.

Eu nem devia estar na Itália nesse momento. Disse para todos aqui que nunca tinha estado neste país antes, mas é mentira. Dristan já morou aqui e sempre dei um jeito de fugir do meu pai para visitá-lo. Enquanto ele viajava, conhecia todo tipo de cultura e se divertia mudando de identidade a cada semana, eu estava preso em Little Hangleton. Meu inferno particular. Sendo obrigado a aprender coisas que não queria e me tornando alguém que não queria.

Uma dor familiar no peito me fez perder o ar e levei a mão até o local, me sentando em uma das cadeiras próximo a pilha de madeiras. Porra, essa merda ainda vai me matar. Com as mãos trêmulas, peguei um cigarro do maço e o coloquei na boca, tentando acender o isqueiro, mas a maldita tremedeira dificultava as coisas.

-Caralho. - Grunhi baixinho, forçando minhas mãos a funcionarem e finalmente o acendi.

A nicotina imediatamente fazendo a dor diminuir e o ar começou a circular por meus pulmões de forma mais leve. Fechei os olhos, relaxando o corpo na cadeira e deixando que a fumaça deslizasse lentamente. Essa merda voltou a acontecer depois que fui para casa no início das férias. Por mais patético que seja, as coisas estavam bem em Hogwarts, mas ter voltado para a realidade da minha vida, ativou os gatilhos do passado novamente. A única coisa boa foi ter visto meu irmão de novo, mesmo depois de quase um ano sem vê-lo, aquele otário continua o mesmo filho da puta de sempre.

𝙏𝙝𝙚 𝘿𝙚𝙫𝙞𝙡'𝙨 𝙀𝙮𝙚𝙨 - ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴏ ʀɪᴅᴅʟᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora