Capítulo 12

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ALFONSO

Eu dei a Anahí uma hora para brincar de se atualizar no trabalho e entreguei a carteira de seu pai para Valerie, a atenciosa e ambiciosa assistente.

Eu me sentei em sua mesa, ativando o meu charme, e questionei-a sobre os hábitos diários da senhorita Portilla. Consegui tirar muito pouco da mulher e nada além de olhares presunçosos de Eric, o outro assistente.

Aprovei ambos. Eles eram do tipo de pessoa de quem alguém como Anahí precisava ter ao redor. Leal, perspicaz, imune aos encantos sorrateiros de um estranho bonito.

Cath volta depois de aterrorizar a equipe de segurança de Arena y Sol Village e, juntos, requisitamos uma pequena sala de conferências para debater – argumentar em voz alta – a nova programação de Anahí, já que tomei a liberdade de adicionar algumas aparições e atividades necessárias à agenda da chefe.

— Estou lhe dizendo, Chá e Bolinhos — Cath diz, recostando-se na cadeira da cabeceira da mesa. — Ela não vai aceitar isso. Quer que ela faça uma aparição na quarta à noite em algum show. Isso não vai rolar. E que CEO bilionário tem tempo para participar de um almoço de arrecadação de fundos para... — Ela passa o dedo pelo telefone. — Ah, espere, STEM Girls? Ela bem que pode ir mesmo. A chefe adora esse negócio.

— Tenha um pouco de fé em mim, Cath — insisto, tamborilando meus dedos no tampo da mesa de madeira brilhante. — E quem não gostaria de ver Beyoncé ao vivo?

Ela bufa.

— Não é a parte da Beyoncé. É a quarta-feira. Ela nunca tem planos para as noites de quarta-feira.

— Por quê?

Cath encolhe os ombros.

— Pergunte a ela você mesmo.

Catherine era fechada, grosseira e não pedia desculpas. Eu gostava imensamente dela.

Além disso, o fato de ela não me contar nada dizia muitas outras coisas. Ela era outra seguidora leal de Anahí, o que significava que havia uma mulher interessante que conquistara a lealdade de sua equipe debaixo daquela brilhante camada de refinamento.

A porta se abre e a sala se enche com a adorável brisa fresca que era a senhorita Anahí Portilla.

— Alfonso — ela diz, lançando a Cath um olhar que dizia: "é bom que não esteja revelando meus segredos". — Jenny tem tempo para nos encontrar se formos agora.

— Formos? — pergunto, percebendo o brilho de aborrecimento nos olhos de Cath.

— Sim. Para o escritório dela — Anahí explica como se eu fosse uma criança irritante de cinco anos.

Me agradava que pudesse irritá-la tão facilmente.

Eu me levanto e abotoou meu paletó.

— Cath, acredito que você tenha o suficiente para começar a trabalhar o transporte e a segurança.

— Sim, sim. Um tchauzinho britânico — Cath grita atrás de mim.

— Eu gosto da sua Cath — digo a Anahí enquanto ela seguia o caminho de volta à recepção na minha frente.

Ela me lança um olhar cauteloso por cima do ombro.

— O que foi? — pressiono.

— Não sei o que você quer dizer com isso.

Eu sorrio.

— Exatamente o que eu disse. Eu gosto dela.

— Hum.

Miss Independent - Adapt AyA [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora