Miss Independent - Adapt AyA [Finalizada]

Capítulo 30

ANAHÍ

Isso foi um erro, penso enquanto observo Tahani e Kris se afastarem no carrinho de golfe.

Mas, pelo menos, é um que eu estava cometendo intencionalmente. Esse não foi um passo em falso acidental. Esse foi um desastre proposital. E eu planejava aproveitar cada momento, decido, enquanto Alfonso entrelaça os dedos nos meus.

Estou dando um passeio matinal por Arena y Sol Village com o homem que me deu tantos orgasmos na noite passada que eu tinha perdido a conta em uma névoa de saciedade relaxada.

O conselho ficaria furioso. Minha mãe ficaria horrorizada. Minhas amigas exigiriam detalhes. E eu simplesmente não estava tão preocupada com tudo isso quanto deveria estar.

— Como se saiu a nossa pequena farsa de "fingir" na frente das câmeras? — pergunto a Alfonso.

Não estava muito interessada em me expor às garras afiadas dos trolls, ainda não tinha olhado meu telefone hoje. Também não queria lidar com o interrogatório da manhã seguinte da minha mãe. Se houver um deus, a mulher ainda estaria dormindo e acordaria com uma forte ressaca que a deixaria incapaz de me ligar.

Ele tira o próprio celular do bolso novamente e passa o polegar na tela enquanto andamos.

Eu gostava dele assim. Em roupas casuais de ginástica, com o cabelo bagunçado e uma barba por fazer irresistível. Sim, haveria um sexo no chuveiro no meu futuro bem próximo.

— Muito lisonjeiro — ele fala olhando para a tela, depois vira o telefone para mim.

"Anahí Portilla aparece com acompanhante babá"

"Alfonso Herrera, o babá da bilionária"

"Portilla e Herrera abalam baile de gala."

As fotos nos favoreciam. Meu cabelo e vestido formavam uma declaração e tanto. Eu parecia mesmo a dona da porra toda. E Alfonso em seu smoking e boa aparência reservada era o complemento perfeito.

— Parecemos um casal de propaganda de perfume. — sorrio

— Pintando uma imagem, querida. Agora, me diz, o que não foi mencionado em nenhuma dessas manchetes?

— Nenhuma menção rude sobre drogas, prisões ou desmaios — observo, impressionada. — Você não dormiu comigo só para acrescentar autenticidade aos seus boatos, não é?

Ele me dá um tapa na bunda.

— Muito engraçadinha.

— Meu cabelo — falo, ainda estudando as fotos. — Eu amei.

— Ficou muito bonito em você — ele diz, colocando o celular de volta no short e um braço em volta dos meus ombros.

Nesse momento, somos apenas duas pessoas normais desfrutando de uma preguiçosa manhã de sábado juntos.

— Não sei se o seu talento para cabelo se estende a cortes — penso alto, puxando a ponta do meu rabo de cavalo ainda úmido.

Ele me dá – ou, mais precisamente, dá ao meu cabelo – um olhar contemplativo.

— O que tem em mente?

— Algo um pouco mais curto e agressivo.

Ele me para no caminho e segura meu queixo, movendo minha cabeça para um lado e para o outro.

— Posso ter uma ideia — ele responde, com um sorriso lento e sexy.

Ele começa a andar novamente, me puxando atrás de si.