Capítulo 43

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"Aniversário de 21 anos de Anahí Portilla terminou com um morto"

"CEO bilionária sofre críticas pesadas por imprudências do passado"

"Esse é o fim da IPO e da CEO da Perfectie?"

ALFONSO

— Estamos sob ataque — Rebeka anuncia, os lábios presos em torno do palito de um pirulito que ela havia mastigado em pedacinhos já fazia uma hora. — As manchetes estão por toda parte.

— Mas que merda, eu quero falar com o seu editor agora ! — explodo ao celular com o antipático atendente do serviço ao cliente. Luto para afrouxar minha gravata. — Então, diga a ele que se trata de um processo de difamação pendente. — Uma música de espera insuportável não faz nada para apaziguar meu mau humor.

Pego o telefone fixo e disco o número de Anahí novamente.

Sem resposta.

As histórias estão por toda parte. Alguém havia orquestrado uma blitz de mídia, distribuindo fotos antigas da faculdade e acusações novas mais rápido do que eu poderia ameaçar com processos.

Anahí estava sendo atacada por todas as frentes e eu não tinha poder para impedir isso.

— Porra. — Desligo os dois telefones e aperto a ponta do nariz. — Ok, turma. O que vai acontecer é o seguinte. Rebeka, você vai ligar para Júlia Langosta da equipe jurídica da Perfectie. Traga a mulher aqui. Não me importa o que precise fazer.

— Pode deixar — ela acata, colocando um novo pirulito na boca. — Eu sempre quis raptar alguém.

— Ancarla! — grito.

Ela gira para fora de sua estação de trabalho.

— Sim?

— Pesquise as fontes da faculdade desses malditos artigos e me passe tudo sobre elas. Depois, coloque Nina Nowak no telefone.

— Tá.— ela assente.

— John? — chamo na direção do telefone. — Onde ela está?

A voz de John enche a sala de conferências, vinda do alto-falante.

Em movimento. Acabou de sair. — Um sorriso grande de gato com a boca cheia de penas de canário no rosto, ecoa antes dele continuar. — Estou seguindo.

— Fique com ela. — Direciono-o. Chamo o número de Anahí novamente. Vai direto para o correio de voz. Desligo e mando uma mensagem.

Eu: confie em mim. Por favor.

Não há resposta.

Isso me mata. Anahí precisava de mim agora mais do que nunca, mas ela não me deixava chegar perto. E eu não podia culpá-la. Eu a decepcionei. Falhei com ela. De uma maneira espetacular.

— A filha da puta dessa Jenny — Ancarla reclama, acertando a rediscagem com uma violência contida. — Ela armou tudo isso só para derrubar a melhor amiga. Quem faz isso?

A filha da puta dessa Jenny.

Chamo o número daquela pilantra.

Ora, ora, ora — Jenny ronrona do outro lado da linha. — Como vai consertar essa, Sr. conserta tudo?

— Vou dizer ao mundo que você está por trás disso. Vou deixar que te rasguem em pedaços publicamente como você quer que façam com a Anahí.

Ah, que pena. Eu esperava algo um pouco mais criativo de você. Além disso, já disse a Anahí que isso é tudo culpa sua. Você me procurou. Eu resisti bravamente. Porque eu sou a amiga leal. Você roubou a fórmula do laboratório. Você tem uma destreza para isso, não é? Uma vez ladrão, sempre ladrão. E Anahí e eu temos história. Estamos juntas desde o início.

Miss Independent - Adapt AyA [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora