Capítulo 28

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ANAHÍ

Ele tem gosto de pecado.

Exatamente como eu previ e de alguma forma ainda melhor. Tudo era melhor.

Ele não me devolve o beijo como um cavalheiro. Não, Alfonso Herrera bate minhas costas na porta da frente. Uma fera sem coleira.

Eu poderia impedi-lo. Sabia que sim. Uma palavrinha e ele iria embora. Ele esperaria por mim até que eu estivesse pronta. Até que minhas exigências fossem atendidas. Até que eu acabasse com toda a paixão que poderíamos viver com essas mesmas exigências.

— Se vai me mandar para casa, tem que ser agora — ele rosna contra minha boca enquanto a devastava. — Vamos, Anahí. Me mande embora.

Eu balanço a cabeça, deslizando as mãos sob seu terno e cravando as unhas em suas costas.

— Não vá. Termine o que começou no carro, Alfonso. Me faça gozar.

A fera ruge. Ou talvez fosse apenas o sangue na minha cabeça. Alfonso cansou de ser comedido. Ele enfia uma mão na parte de cima do meu vestido, e mergulha a outra na fenda da minha saia. Encontrando meu seio e minhas dobras lisas e molhadas ao mesmo tempo.

Eu solto um suspiro feminino, um ruído que tinha certeza de nunca ter emitido antes quando sua língua entra na minha boca ao mesmo tempo que seu dedo grosso desliza para dentro de mim. Ele separa minhas pernas com o joelho me fazendo ficar montada em sua coxa.

— Porra — ele arfa. — Porra.

— Exatamente — concordo, voltando a sugar sua língua enquanto ele me invade em todos os lugares. Dedos quentes se fecham em volta do meu mamilo e os puxam. Com força.

Por falar nisso, a ereção enraizando-se contra meu abdômen era um milagre da natureza. Eu vinha acompanhando o pau de Alfonso de perto a noite toda. E pelos meus cálculos, o homem estava duro há quase duas horas.

A cientista em mim mal podia esperar para estudar o exemplar de perto. E a mulher fogosa em mim estava desesperada pelo prazer que sabia que ele proporcionaria.

— Anahí, se não abrir essa porta agora, eu vou te foder contra ela, mas preciso declarar que tenho uma fantasia com você espalhada naqueles seus magníficos lençóis. — Ele murmura e acrescenta um segundo dedo em mim, me fazendo ansiar por mais.

— Porta. Entendi — eu repito e, cegamente digito o código de segurança com uma mão enquanto acaricio seu membro espetacular com a outra. — A propósito, eu possuo um implante anticoncepcional*, e meus exames estão em dia também. — concluo ofegante.

Posso sentir a pulsação em sua ereção.

Ah meu Deus — Ele investe mais avidamente contra minha mão. — Estou limpo. Posso provar. Baixei os resultados dos exames. Te encaminho por mensagem.

— Confio em você. — solto subitamente e me pergunto se ele entendia o que eu estava lhe dizendo, o tipo de permissão que estava lhe dando. Mas então a porta na qual eu ainda estava imprensada se abre,me libertando de tais pensamentos e nós dois tropeçamos para dentro de casa.

Ele a fecha com um chute estrondoso.

— Graças a Deus — ele ofega, ainda me fodendo com os dedos.

Havia uma finesse bruta na maneira como ele os dobrava e enfiava dentro de mim, ritmicamente. Podia sentir que ele ainda estava se controlando, embora por pouco.

Procuro seu cinto e zíper e, ao fazer isso, meu vestido desiste de lutar, escorregando logo abaixo dos meus mamilos.

O ruído que sai da garganta do homem à minha frente é primitivo.

Miss Independent - Adapt AyA [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora