Busca pela cura

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Talvez fosse ingênuo, mas queria acreditar que havia uma forma de quebrar a maldição. Não era o fim do mundo, era apenas algo comum, ele não faria diferença ao universo, mas queria acreditar que sim.
Porém quando ouviu que teria formas de voltar a usar magia, não qualquer magia, mas sim a sua, apenas sua, feita de seus próprios esforços, um sorriso genuíno se formou em seus lábios, mostrando um pingo de esperança após tanto acreditar que não tinha formas de se salvar.

Pelas horas de trabalho em dupla, horas de aulas, pesquisas, não sabia que tinha cura, não havia nem escutado a aula até o final, provavelmente o professor havia contado e ele não conseguiu se dar o trabalho de prestar a devida atenção, agora pagava o preço de ser desatento as aulas.

– Como podemos fazer? – o homem mais alto se perguntava, caminhando de um lado para o outro, parecia martelar na própria cabeça as possibilidades, seus riscos e benefícios, Yongbok era muito esperto, mas deveria pensar nisso antes de oferecer uma cura, estava deixando o humano mais apreensivo do que confiante.

Jeongin suspirou, olhando para a parede do próprio quarto que dividia com Christopher, este que no momento não se encontrava presente, provavelmente estava tendo aulas e fazendo o que Jeongin antes não fez, prestando atenção na aula.

Sim, ele estava realmente arrependido de não prestar atenção.

– Bom... Temos três formas de te curar, rapaz. Eram quatro, mas ela seria basicamente você não usar magia por uns anos para ver se talvez... Apenas talvez... A maldição desista de você e desapareça. – Yongbok explicou com um sorriso, tentando passar confiança... E falhando miseravelmente. – A primeira que cogito seria fazer magia inversa no seu corpo, bastava encontrar um bruxo de magia negra e pedir para remover toda a sua magia, assim você teria que despertar sua magia sozinho, sem ser instigado por outro bruxo.

Jeongin franziu as sobrancelhas, pelo pouco que ouviu, quando tiravam sua magia, a dor era quase próxima a morte.

– Temos a segunda opção, que é buscar o livro de cura, protegido pelos Pegasus no reino de Phyusus, a cima dos céus de Meridian... Perigoso, mas sensato. – o bruxo de vestes lilás comentou com o sorriso mais fraco, o Yang apenas franziu mais as sobrancelhas, pois seria impossível voar sem usar magia, não queria fazer ninguém o carregar na vassoura para gastar mais magia, era bem perigoso.

– Qual a terceira opção? – o Yang questionou, vendo o bruxo tensionar por alguns segundos antes de suspirar.

Talvez realmente ele não queria dar essa opção, então tinha motivo, se tem motivo, tem história.

– Então... A última opção era encontrar o bruxo que lhe instigou a magia e o matar... – explicou, suspirando novamente, se sentia cansado – "Um gafanhoto fora da floresta jamais irá cantar longe de seus companheiros, assim como um pirilampo não brilhará se não há mais vagalumes para lhe fazer companhia".

– Entendi bulhunfas. – sussurrou o Yang, nunca entendia essas "pérolas" soltas pelo Lee mais velho, que apenas sorriu largo.

– Sim! Isso! Vamos atrás dele! – o homem rapidamente mostrou sua carinha surgindo da palma de sua mão, sua vassoura surgiu na bunda do Yang, o levantando consigo e o obrigando a se segurar ou seria no mínimo empalado pela vassoura mágica – Se segure, rapaz! Vamos a Meridian!

– Ver os Pegasus? Eu prefiro o primeiro, não é melhor? Achar um bruxo de magia negra num colégio cheio de bruxos não é simples? – Jeongin questionou, mas Yongbok apenas gargalhou.

– Caro humano desprovido de inteligência, quando um pequeno cordeiro se separa do rebanho, ele é um alvo mais difícil do que um cordeiro entre zebras. – explicou, vendo a cara mais confusa ainda de Jeongin.

Talvez o Yang fosse bem lezado, mas talvez fosse Yongbok que era filosófico demais.

Doce Magia ( Lee Felix Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora