Sinto muito, Magia...

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Jeongin sabia que tinha algo errado, quando acordou e se viu naquele cômodo completamente branco, viu Minho sentado ao seu lado apreensivo e a enfermeira de roupas engraçadas o encarando, percebeu que definitivamente, algo não estava certo.

Seus olhos passavam de um a outro rapidamente, tentando e esperando, um deles deveria falar.
Foi quando sentiu uma martelada em seu cérebro, seu corpo tremeu, soltando um grito doloroso, aquilo havia doído, doeu muito.
Seu pulmão pareceu se expremer, tentando puxar o ar que a segundos existia em abundância.

– Ele está tendo outra crise! Chame a médica novamente! – a enfermeira pediu a Minho, enquanto levava uma seringa curiosamente exagerada para o braço do rapaz, injetando sobre a veia mais aparente possível, não poderia ser dar o luxo de perder a veia ou estoura-la.

Lentamente, os olhos do Yang se fechavam, enquanto seu coração voltava a bombear sangue, seu pulmão lentamente voltava a se encher de ar, enquanto seu cérebro voltava a funcionar sem aquela dor insuportável o atacando.

Seus membros relaxavam, enquanto conseguia novamente dormir.

Jeongin não sabia o quanto dormiu, se foram minutos, horas ou dias, apenas acordou novamente com pontadas na cabeça e dores no peito e pulmão.
Cada vez que acordava, precisava ser dopado, isso se repetiu por quase onze vezes, quando acordou pela décima segunda vez e a dor não lhe atingiu, chegou a franzir as sobrancelhas, pois não sentiu aquela dor infernal de antes.

Olhando para o lado, notou que não havia nem Minho e nem Felix, mas sim o tão conhecido Yongbok, o encarando sério, frio e decidido.
Seu coração se apertou nesse momento e não foi devido a maldição, mas sim sabendo o que viria pela frente.

Afinal, Jeongin sabia o que tinha no momento que aprendeu sobre a maldição e juntou "a+b".

– Rapaz... Você sabia que estava amaldiçoado, não sabia? É impossível não saber os sintomas. – o bruxo disse seriamente, ele sequer piscava, estava convicto de sua teoria – Você colocou sua vida em risco...

– Eu só descobri na aula sobre a maldição e quando fui fazer o trabalho em dupla sobre a maldição, eu desmaiei... – Jeongin murmurou, abaixando a cabeça sobre a situação.

Sabia que estava errado em não contar isso, mas sequer deu tempo.

– Você desmaiou pois a maldição sabia que você a descobriu. Agora que você sabe o que possuí, ela vai ser mais rígida com você e vai atacar mais forte... Você desmaiou pois ela corrompeu completamente a sua alma e agora ela está destruindo a magia que você absorveu. – Yongbok respondeu, suspirando, aquilo seria cansativo, perigoso e triste de assistir, mas infelizmente, quando recebeu o comunicado sobre a situação, precisou estar ciente que ele faria o favor de dar a notícia ao Yang – Jeongin, você não pode usar magia nunca mais, pois pode acabar piorando sua situação e a maldição vai atacar mais forte a cada vez que usar ela.

O Yang engoliu suas lágrimas, sabia que chegaria a isso, mas por qual razão doía tanto?
Se sabia o que aconteceria, por que isso doía tanto?
Era irritante... Seu peito doía e não era pela maldição, era pela sua realidade.

Chegou tão longe, para no final, retroceder a estaca a baixo de zero.
Ele não poderia mais voar como havia aprendido, não poderia fazer porções como havia visto, não poderia usar seu livro mágico, nunca mais iria ser a mesma coisa. Isso doía.

– Mas... Podemos tentar quebrar a maldição. – o homem disse como quem não queria nada, observando as próprias unhas antes de sorrir largo ao rapaz que já não segurava mais as próprias lágrimas – Você quer tentar?

Doce Magia ( Lee Felix Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora