A vidente Scarlat

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Já estava anoitecendo quando entrei em casa. Meu sorriso ia de orelha-a orelha. Minha família sempre teve o habito de jantar cedo, por isso, quando entrei, meus pais já estavam na mesa do jantar.

- Estava aonde menino? Já ia perguntar a sua mãe aonde estava você metido - Disse meu pai, com aquele tom de autoridade que odeio.

- Estava no estágio pai, se o senhor ainda não prestou atenção, eu passei na prova e comecei hoje foi meu primeiro dia lá na editora. - falei me sentando a mesa.

- E como foi meu o seu primeiro dia meu filho? - Perguntou a minha mãe parecendo tão empolgada quanto eu.

- Foi incrível. O Lugar é muito bonito e grande. Somos 3 novos estagiários e ficaremos divididos para fazer atividades durante esse tempo, como se fosse uma experiência. Meu chefe, bem ele é, digamos que é... diferente - Lembrei dele me falando sobre sua filosofia do prazer das pequenas coisas. - Ele é novo, mas já tem um cargo de responsabilidade.

- Essa é boa, você estar feliz de seu ser chefe ser um garoto novo? Ele não deve saber de nada, não deve ter sequer experiência profissional para fazer algo sozinho.

- Ai que você se engana pai, ele é um dos acionistas da editora, tem um currículo grandioso, e entrou ali muito cedo por ser muito bom na área.

Bem, eu confesso, pesquisei sobre ele desde que tivemos o nosso primeiro encontro, mas isso não é relevante. Só sabia que o meu pai nesse humor terrivelmente normal dele não estragaria o meu dia perfeito.

Quando se estar feliz por algum motivo, tendemos a transpirar felicidade, a ver tudo diferente e esquecer os problemas. Assim, apôs o jantar subi para o meu quarto, nessa noite consegui dormi e ela foi uma das noites mais tranquilas que eu tevi, por não pensar nas armações do Anthony, nem no mau "caratismo" de Derek.

É fascinante como algumas horas bem aproveitas podem anular o horror de dias ruins.

No dia seguinte eu acordei bem disposto, como a alguns dias não acordava e não precisei aturar os diálogos automáticos do meu pai, fui mais esperto, coloquei uma música no último volume no caminho para escola.

Nesse dia eu não vi o Derek no ponto, pensei que ele estivesse doente ou algo assim, mas logo o vi sair do carro de Anthony, juntamente com as duas marionetes de músculos e a Ana (Só para deixar claro, ainda acho ela uma vaca de salto).

Passei a percebi como Anthony estava dando atenção ao Derek, e isso ainda me assuntava, pois o Sr. Monstro não é uma pessoa confiável e pode levar qualquer um que se iluda com ele para um mal caminho.

O dia foi corriqueiro, fiz algumas atividades da escola e depois fui direto para editora, não peguei o ônibus por que ainda tento evitar o Derek sempre que posso. Olhar ele estar ficando mais fácil, mas ainda me dar agonia e dor.

Na quarta-Feira tive a minha paz arranca, por uma tarefa. Quando entrei na sala de reuniões, a mesma em que tivemos a primeira conversa, os três monitores estavam lá em pé, em frente a uma lousa, que até então eu não havia reparo. Em cima da mesa havia três livros e três pastas pretas com os nomes de cada um de nó, os estagiários.

Me sentei e eles fizeram sinal de comum acordo e começaram a falar. O primeiro foi o chefe do Alan, um homem de aparentemente 30 anos, com um terno preto e com cara de poucos amigos.

- Acabou a moleza. Os primeiros dias foram fáceis, mas agora iremos que testar vocês!

- Isso mesmo. Hoje, vocês terão que levar para casa esses livros e nós trazer na sexta feira uma nova sinopse. - Desse um homem de cabeça raspada, aparentemente o mais velho de todos.

Aquele Garoto (REVISÃO 08/17)Onde histórias criam vida. Descubra agora