Prólogo

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Em Beacon Hills seguia todo no seu fluxo normal: frio, nublado e bem pacato.
Até então seria um caminho comum para a escola, se não estivesse chovendo, se a minha cabeça estivesse encostada no vidro da janela do carro e se eu não tivesse voltado a minha atenção para um ponto de ônibus enquanto o sinal estava fechado.

Ele estava usando um casaco preto e calças jeans, seus tênis eram de uma cor qualquer, mas tenho certeza que seus olhos eram claros.

Podem pensar que sou doido: como que em um minuto parado no sinal, eu poderia ver seus olhos?

Como sei disso? Bem, eu não o vi com os olhos e sim com o coração. Contudo, quem era ele? Por que senti um arrepio ao ver uma pessoa qualquer na rua?

Eu não sabia de onde ele vinha, para onde ia, ou, se ao menos, ia para algum lugar. Não sabia seu nome, nem quem ele era, mas de algo eu tive certeza no instante em que vi aquele garoto naquela manhã cinzenta, embaixo de uma arvore, se esquivando dos pingos de chuva, eu senti que ele era especial.


Aquele Garoto (REVISÃO 08/17)Onde histórias criam vida. Descubra agora