Capítulo 39

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Eu estarei lá por você

Estas cinco palavras eu juro para você

Quando você respira, eu quero ser o ar para você

Eu viveria e morreria por você

Roubaria o sol do céu para você

Palavras não podem dizer o que o amor pode fazer

Bon Jovi - I'll Be There For You


COM O CORAÇÃO disparado, Manos alcançou a universidade esperando encontrar Artemis, mas ela não estava lá. Desesperado, ele procurou informações com a guarita e seu orientador, perguntando se alguém a havia visto. Todos confirmaram que ela havia saído e estava indo embora para casa a pé. Sem perder tempo, Manos saiu correndo pelas ruas, percorrendo duas quadras em busca de qualquer sinal de Artemis. Seus olhos varreram freneticamente a multidão, sua mente cheia de preocupações e medo. Enquanto corria, o telefone de Manos começou a tocar. Ele parou por um instante, olhou para a tela e viu um número desconhecido. Com o coração na garganta, ele atendeu aquela ligação e imediatamente reconheceu a voz de Basil, o homem que o havia ameaçado anteriormente.

- Theodorus, adivinha quem está comigo? Sua amada Artemis! E tenho más notícias para você, meu amigo! Se você não fizer exatamente o que eu disser, vou matá-la!

As palavras de Basil ecoaram pelos ouvidos de Manos, gelando sua espinha. Ele tentou manter a calma e controlar a angústia que o consumia por completo.

- O que você quer, Basil? Por que está fazendo isso? Solte Artemis agora mesmo!

Basil riu de maneira ameaçadora do outro lado da linha.

- Ah, Theodorus, você realmente acha que vou revelar meus planos tão facilmente? Eu quero uma grande quantia de dinheiro e algumas garantias para minha fuga. Se não fizer o que eu pedir, Artemis pagará o preço.

Manos sentia uma mistura avassaladora de raiva e medo. Ele sabia que precisa agir com cuidado, mas também estava disposto a fazer qualquer coisa para salvar a mulher que amava.

- Escute bem, Basil! Se você encostar um dedo sequer em Artemis, eu juro que irei atrás de você e eu mesmo irei matá-lo! Mas, se quer negociar, então vamos fazer isso direito. Diga-me exatamente o que você quer!

A voz de Manos transmitia determinação e um aviso claro de que ele não estava disposto a ceder facilmente às ameaças de Basil. Ele estava disposto a enfrentar qualquer desafio para resgatar Artemis e proteger sua família e ouvia as exigências de Basil com uma angústia crescente. Ele tinha apenas duas horas para reunir 500 mil euros em espécie e entregá-los a Basil, caso contrário, Artemis sofreria as consequências. Determinado a protegê-la, Manos avisou a Basil que iria matá-lo antes que algo aconteça com sua amada.

No entanto, Basil o advertiu com uma voz ameaçadora, deixando claro que qualquer tentativa de envolver a polícia resultaria na morte de Artemis e no desaparecimento de seu corpo. Basil informou a Manos o local onde ele deveria deixar o dinheiro e desligou o telefone, deixando Manos em um estado de nervosismo e suando frio. Agindo rapidamente, ele ligou para Nikolaus e confirmou sobre o sequestro de Artemis. Já o irmão o tranquilizou Manos, dizendo que tinha o dinheiro em espécie necessário na empresa e em sua casa, uma vez que Manos tinha apenas a quantia no banco.

Nikolaus assegurou que Apollo estaria esperando por Manos e que a polícia já havia sido acionada. No entanto, Manos pediu cautela ao irmão, enfatizando que estava disposto a dar sua vida pela mulher que amava. A determinação em seus olhos mostrava que ele faria tudo o que fosse necessário para salvar Artemis, mesmo que isso significasse enfrentar perigos iminentes e assumir grandes riscos. Então, Nikolaus desligou o telefone, confiando plenamente que Manos pudesse resgatar Artemis. Após pegar o dinheiro com Apollo e colocá-lo em uma mala de couro preta, Manos saiu da Petrakis-Gianopoulos Holdings com auxílio de seus irmãos. Já Apollo, preocupado com a situação, pediu que o irmão tivesse cuidado, enquanto Xander se uniu ao grupo, também ressaltando a importância da cautela.

Com seu Maserati, Manos dirigiu para fora da cidade, sendo seguido discretamente pela polícia e Apollo, garantindo que Basil não percebesse que estavam no encalço dele. A estrada se estendia à sua frente enquanto ele se aproximava do local indicado por Basil: um galpão abandonado próximo a uma linha férrea era o destino final. Ao chegar, Manos encontrou Basil do outro lado, próximo a um muro, enquanto um homem armado descia de um carro e apontava a arma em sua direção, sinalizando para que ele entrasse no galpão. Manos deixou o carro com as mãos para cima e o homem armado pegou a mala contendo o dinheiro. Com ele como escolta, Manos adentrou o galpão.

No interior, ele se deparou com uma cena angustiante. Artemis estava amarrada em uma cadeira, desmaiada, com Basil apontando uma arma para sua cabeça. Manos gritou o nome dela, mas não houve resposta. Ela permaneceu inerte e inconsciente e a preocupação tomou conta de seu coração. Posteriormente, Manos anunciou que havia trazido o dinheiro exigido e exigiu que Basil libertasse Artemis. Em resposta, Basil o insultou, chamando-o de imbecil por não ter permanecido ao seu lado durante a perseguição no Porto de Piraeus, quando se separaram. Já Manos rebateu, afirmando que seu único desejo era ter a mulher que amava viva e a salvo.

Manos sentiu uma mistura de raiva e desespero ao ver Artemis em perigo diante dos olhos frios e cruéis de Basil. Seu coração acelerou enquanto ele tentava encontrar uma solução para aquela situação desesperadora. Ele sabia que cada segundo era crucial e que precisa agir com extrema cautela para garantir a segurança dela. Enquanto a polícia anunciava sua presença do lado de fora do galpão abandonado, Manos tentava manter a calma e a concentração. Seus olhos encontraram os de Artemis, que acordava do desmaio e olhava para ele com uma mistura de medo e esperança. Já a voz de Basil ecoava em seus ouvidos, cheia de ameaças e desprezo.

Manos respirava fundo, tentando manter a compostura, mas a angústia em seu peito era quase insuportável. Ele sabia que não poderia falhar naquele momento. Manos se lembrou de todas as vezes que Artemis esteve ao seu lado, apoiando-o e dos momentos doces que viveram há oito anos. Ele estava determinado a retribuir aquele amor e protegê-la de qualquer perigo. Com um movimento rápido e calculado, Manos olhou ao redor do galpão, procurando uma oportunidade, sabendo que não poderia deixar que Basil tomasse conta da situação. Ele precisava agir, mesmo que isso significasse arriscar sua própria vida. Enquanto a tensão se intensificava, ele decidiu que não podia esperar mais. Ele deu um passo à frente, encarando Basil com firmeza nos olhos, se aproximando lentamente, mantendo sua voz firme e determinada.

- Você não vai sair impune dessa, Basil! Eu vou proteger Artemis custe o que custar! Seu tempo acabou!!

Manos sentiu o peso da responsabilidade em suas palavras, mas estava ciente de que aquela era a única maneira de enfrentar Basil. Já o sequestrador, percebendo a determinação em sua voz, vacilou por um momento. Ele percebeu que Manos não estava disposto a ceder e que a situação poderia sair de seu controle. Por um breve instante, o medo brilhou em seus olhos e aquilo não passou despercebido por Manos. Mas antes que qualquer ação pudesse ser tomada, os sons de sirenes policiais ecoaram no ar. A presença da polícia se tornava cada vez mais iminente e Basil percebeu que seu tempo estava se esgotando.

Com um olhar de ódio e frustração, Basil se afastou de Artemis e apontou a arma diretamente para Manos. Seus dedos pressionaram o gatilho e dois tiros foram disparados, rasgando o ar com violência. Então, Manos sentiu a dor aguda se espalhando por seu corpo e a visão começou a se desvanecer. Ele caiu de joelhos, lutando contra a escuridão que o envolvia. Seu último pensamento foi Artemis, esperando que ela ficasse segura e encontrasse a felicidade que merecia. Enquanto a vida de Manos escorria entre seus dedos, Artemis gritou de angústia e horror e ele viu tudo ficar escuro.

Alcançado pelo Destino - Série Fascínio Grego - Livro I (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora