Você me entorpeceu
E desapareceu
Vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
Meu sol escureceu
Vou ficando sem ar
Esperando você voltar
LS Jack - Sem Radar
A LUZ SOLAR entremeava entre as cortinas de voil, clareando o quarto e acordando Artemis, que despertou e esticou os braços. Ainda muito sonolenta, ela esticou o braço para tocar Theodorus, mas teve uma surpresa, em seguida. Abriu mais os olhos e notou que ele não estava lá. Talvez ele estivesse no banheiro ou fazendo café da manhã, pensou ela. Artemis se levantou da cama, pegou a camisola e o roupão que estavam pendurados no mancebo e enlaçou o cinto do roupa na cintura, buscando também pelo seu celular. Logo o encontrou sobre a penteadeira do quarto, contudo, ainda não havia nenhum sinal de Theodorus pelo cômodo.
O banheiro estava vazio e parecia que havia sido usado há poucas horas. A pia estava um pouco bagunçada, diferente de como ela costumava deixar. Ela amarrou o cabelo em um coque baixo, lavou o rosto e escovou os dentes, esperando encontrar seu namorado no primeiro andar da villa. Ela deixou o banheiro, o quarto e desceu as escadas de granito, percebendo que a casa estava em silêncio e que não havia nenhum empregado, tampouco um sinal de Theodorus. A cozinha estava intacta e estava vazia, a sala de também, além do escritório onde ela trabalhava. Vasculhou a casa, o pátio e sequer encontrou a motocicleta dele, nem na garagem. Aquilo era muito estranho, ela desconfiou. Theodorus não viajaria ou deixaria a casa sem avisá-la. Pelo menos, não era de seu costume fazer isso.
Não entendendo o que estava acontecendo, Artemis rondou a casa e não havia ninguém. Os empregados não estavam por lá, sequer o pessoal da produção de olivicultura parecia estar trabalhando. O que havia de errado? Ela retornou à cozinha e fez uma xícara de café, o tomava pensando no que estaria ocorrendo. Enquanto estava perdida em seus pensamentos, com apetite apenas para aquele café e começando a sentir dores no estômago, Artemis voltou à realidade ao ouvir a campainha na porta principal da grande casa. Ela demorou a ir atender e novamente chamaram, mas desta vez com uma batida. Artemis apressou os passos e foi em direção à entrada, espiando pelo olho mágico quem poderia ser tão cedo naquela manhã. Artemis foi surpreendida por um grupo de cinco homens que vestiam macacões amarelos de obra, e aguardavam para que ela atendesse à porta.
Rapidamente, ela voltou ao quarto e se vestiu com uma roupa mais adequada, já que estava trajando um roupão. Enquanto isso, as batidas na porta continuavam e ela se apressou em vestir uma camiseta qualquer, um jeans e um calçado. Artemis desceu as escadas novamente e abriu a porta, não entendendo o que aqueles homens queriam ali, afinal, ela nunca os havia visto. Ela deu de cara com os cinco, que pareciam trabalhar com construção civil.
- Kalimera. A senhorita deve ser Artemis Kouris. - Um homem alto e moreno falou, parecendo ser o líder do grupo.
Artemis ficou na defensiva. O que queriam ali, na villa da família dela?
- Bom dia. Sim, sou eu. - Ela os encarava. - No que posso ajudar?
- Viemos para iniciar as obras de reforma da villa. - Respondeu ele.
- Reformas? Eu não solicitei nenhuma reforma. - Artemis falou, confusa.
- Como sabe, essa casa não pertence mais à senhorita e, sim, a um grupo alemão de investidores no ramo imobiliário.
- Deve haver algum engano. Tem certeza que foi esse imóvel a ser vendido
Aquilo estava muito estranho e ela sentia que algo estava muito errado. Algo não se encaixava naquele quebra-cabeça.
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Alcançado pelo Destino - Série Fascínio Grego - Livro I (COMPLETO)
RomanceManos Karagiannis, um poderoso empresário grego na indústria alimentícia, esconde um segredo que pode levá-lo à prisão. Artemis Kouris, uma mãe solo que lutou para criar seus filhos após perder sua família, foi enganada e abandonada grávida. Quando...