Eu tenho que ser cautelosa com você mais do que com os outros?
Seu coração me quer, mas você não me diz coisas
Você não me diz coisas
Dê-me tempo, eu vou consertar
Juntos, é melhor, você e eu,
é fogo, mas seguir você, é perigosoNEJ' - Paro
APÓS MEIA HORA, Artemis e Theodorus montaram nos cavalos, saíram das cavalariças e foram ao campo de olivais, sob o sol escaldante que ainda brilhava. Artemis cavalgou na frente e Theodorus a seguiu, enquanto ela sentia ainda que ele a fitava intensamente pelas costas. Aquele homem a desejava, pois ela sentia nos olhares e quando estavam próximos. A julgar pelas sensações que tinha pela primeira vez, Artemis também reconhecia a si mesma, mesmo que a contragosto, que queria a mesma coisa.
À medida que seguia até o final da fila de olivais, ela foi reduzindo a velocidade que o animal galopava, até parar completamente. Em seguida, Theodorus fez a mesma coisa e eles pararam sob a refrescante sombra de uma grande árvore. Ele desceu do cavalo e amarrou o cabresto em um galho baixo, enquanto ela fazia o mesmo. Após deixar e prender o cavalo, Artemis pegou uma garrafa de água que havia trazido e bebeu com muita sede.
- Parece que tudo está como planejado com os olivais. Não é? - Theodorus perguntou a ela enquanto acariciava o focinho do cavalo.
- Sim, Theodorus. A colheita segue. - Ele bebeu mais um pouco de água. - No entanto, não deve parar. Nos próximos dois meses, devemos manter a produção ou teremos um grande prejuízo.
- Sim. Pelo ritmo que a propriedade segue, vamos conseguir atingir as metas. Ainda tenho que revisar a projeção da colheita para o mês de janeiro
Novamente, ele a fitava intensamente para Artemis, que desviou o olhar para o mar que se via nas distâncias longínquas. Jà ele se aproximou dela, muito perigosamente.
- Precisa de ajuda em algo? - Ela sentiu o corpo se esquentar como labaredas de fogo se espalhando para todos os lados.
Artemis recuou de encontro à árvore, enquanto ele a encurralava.
- Acredito que consigo fazer isso sozinha. - Artemis desconversou.
- Podemos discutir isso hoje à noite, em uma taverna, enquanto jantamos. O que acha? - Theodorus deu um sorriso indolente.
- Acho que não é uma boa ideia. - Artemis rebateu, levantando o queixo.
- Prometo que será breve. Eu juro. - Theodorus fez um sinal de promessa com as mãos.
Ele era insistente e persistente, Artemis reconheceu. Um jantar não seria mal, afinal, discutiriam sobre os negócios. Ou não? Uma voz interior a avisava para não aceitar aquele convite, mas, talvez, realmente ele pudesse ajudá-la. Afinal, ele vinha fazendo um ótimo trabalho na propriedade em Meganisi, e por que não poderia ajudar ainda mais em Manesi?
- Vamos, senhorita Kouris. Eu prometo que será breve e você estará segura comigo. - Aquele sorriso lindo fez com que ela começasse a perder o equilíbrio dos joelhos, que ficaram bambos. - O jantar é por minha conta.
Hesitante, ela demorou mais alguns segundos para responder a ele.
- Tudo bem. - Artemis aceitou. - ir a que horas?
- Às 19h está bom para você? - Ele a questionou.
- Sim, pode ser. - Artemis sorriu de forma tímida.
- Te vejo mais tarde então. - Theodorus piscou para ela, se despediu e se foi a cavalo, deixando-a perdida em pensamentos.Artemis ficou nervosa com aquele convite, afinal, por falta de tempo em razão de ter cuidado da tia e das propriedades no lugar dela e, por muita timidez, ela nunca havia ido a um encontro com um homem. Theodorus era muito charmoso e ela tinha certeza que nenhuma mulher recusaria a nenhum de seus convites. Contudo, Artemis era sua chefe e aquilo deveria ser errado. Mas, então, por que ela sentia que era certo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Alcançado pelo Destino - Série Fascínio Grego - Livro I (COMPLETO)
RomansaManos Karagiannis, um poderoso empresário grego na indústria alimentícia, esconde um segredo que pode levá-lo à prisão. Artemis Kouris, uma mãe solo que lutou para criar seus filhos após perder sua família, foi enganada e abandonada grávida. Quando...