A luz do luar

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Ouvir essa voz, fez com que seus sentimentos estivessem vencido uma guerra interna, o medo e a razão. Sendo assim, logo se lembrou que ela não seria ela ou seria?

- Trocaria o mundo por mim?

Ao se virar, Enid sente uma explosão de sentimentos, algo que parecia estar acumulado a anos e olhar para aqueles olhos escuros mas logo percebeu algo que acabou com sua emoção.

- Eu ouvi o que você pensou, seria mais fácil ouvir da sua bela voz. - Um insistente sorriso em seu rosto, faz a menina a passos a que frente gelasse.

Sem responder, sem dizer nada Enid da pequenos passos para trás, ela sabia que continuar ali poderia ser ruim.

- Não fuja, pensei que ficaria feliz em me ver já que sou alguém importante pra você Enid Sinclair. - Sua voz, até seu jeito de falar seu nome era diferente.

Enid sentiu saudades do antigo jeito de ser chamada pela mesma, apenas seu primeiro nome ou apenas o sobrenome e de um jeito tão frio que poderia fazer sentir coisas além do possível.

- Cadê seu namorado? Eu lembro de vocês juntos naquele quartinho, será que aconteceu algo? - Seu sorriso parece ter aumentado a cada palavra, Sinclair se sentia com medo.

- Não sinta medo, apenas aceite.

- Nunca vou aceitar o que você fez com ela, e eu sei que ela ainda está aí. - Enid tenta convencer a si mesma ao dizer isso.

- Decidiu falar, isso é adorável.

Enid então venceu a si mesma, aquela não era ela não se deixe levar, ou ela vai levar você, seja forte, era isso que sua mente pensava a cada momento.

Seu instinto alertava a cada segundo, fugir para o cemitério? ou para as ruas? Sem rumo de onder ir e sem saída de onde chegar, como iria resolver isso tudo? sozinha..

- Não há como fugir do futuro, o futuro somos nós. Precisamos reinar sobre aqueles que reinaram sobre nós poder décadas.

- Você quer mais guerra, você fazendo isso só vai trazer mais ódio a todos.

- Ódio é o que todos sentimos, você sentiu, sua família sentiu por anos e eu senti mas resolvi fazer diferente, vou dar uma vingança digna a meus ancestrais.

- Acha que queriam vingança? acha que vingança vai resolver tudo? Vai piorar tanto quando o fez.

- Ela quer vingança, eu sinto isso. - Um olhar penetrante de um jeito que fazia Enid se encolher com ela mesma, e aquelas palavras fez repensar o como era a mente de Wednesday Addams.

- Ela quer isso tanto quanto eu! Eu estava dentro de seu pensamento, suas visões era eu quem ela via. - Sua voz estaria mais grave que o normal, mais agressiva.

- Ela nunca iria querer isso, nunca iria machucar quem ela amava! Sua família, ela nunca machucaria sua família. - Sem querer saiu como um grito de desabafo.

- Acha que eu machuquei minha família? Ela é minha família como eu sou a dela, e você? não é apenas uma colega de quarto irritante?

Suas palavras cortavam como suas próprias garras, ela era apenas isso? não, não ela não poderia acreditar nela, seja forte.

- Você não sabe de nada. - Enid então sentiu suas pequenas garras saírem e seu olhar era mortal.

- Acha que consegue mesmo? - Uma risada tão amedrontadora.

- Não preciso achar nada. - E em certo momento Enid sente sua pele ferver, que vai pra cima da garota mais baixa a sua frente e a cada passo, ela sente seu corpo modificar.

A luz do luar, faz com que sua raiva e o gesto de querer acabar com aquele sofrimento se transforme em longas orelhas, um corpo monstroso e um rugido tão aterrorizante quanto.

sua roupa se rasga por completa, seus dentes são postos para fora e suas garras duas quase o triplo de sua pequenas garras.

Seu primeiro ataque é dirigido até o rosto da garota baixa, que nem sequer se defende, ela olha então para a criatura e apenas segura sua pata, ela começa a olhar diretamente nos olhos vendo a menina dentro daquilo, suas mãos começam a girar a pata do lobo, pequenos ruivos são soltos por conta da dor.

- Você nunca vai conseguir, é inútil quanto ela.

Em um rápido gesto, um estalo é ouvido e um rugido de dor ecoa por toda praça, o lobo agora no chão se levanta com dificuldade e novamente vai em sua direção, mas agora com mais fúria e também uma pata mole.

O animal envolve o pescoço da garota um a pata, e começa a apertar com força sem hesitar, o olhar ainda é sobre o mostro, sem dizer nada o lobo percebe que a menina com cor cinza agora parecia avermelhada.

- ENID!

A garota a sua frente grita, e num piscar de olhos o lobo agora se destranforma, seu corpo ao luar era lindo, cada detalhe e curvas, um expressão de dor em seu rosto desmostra arrependimento.

- Como eu disse, inútil.

Ao olhar pra cima, Sinclair não ve mais nada, apenas uma espessa névoa, sem sentir de braço ela apenas se deixar vencer pelo cansaço e a dor, sua visão se escurece com apenas uma palavra, Enid.

Uma história de arrepiarOnde histórias criam vida. Descubra agora