Madelyn Miller, decidida a viver uma vida normal como qualquer outra mulher mudando seu sobrenome tão temido pelos os outros. No auge dos 18 anos, ela acreditava em esquecer seu passado indo para uma república de faculdade onde se sentia em casa, ma...
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Tá, isso pode parecer uma grande idiotice, mas decidi tentar fugir, pelo menos para ir até a delegacia e denunciar o meu "sequestro". Já eram 3 da manhã e eu não tinha saído desse quarto absolutamente para nada. Vi Gustav entrar aqui umas 4 vezes para me trazer comida e ouvi vozes vindo do corredor. Bem, espero que nesse horário todos estejam dormindo! Eles podem ser assassinos, mas não são morcegos, né?
Calcei meu tênis e prendi meus cabelos num coque frouxo, deixando alguns fios soltos. Caminhei em direção à porta, torcendo para que tudo desse certo. Abri devagar, tentando evitar qualquer barulho, já que a casa era grande e poderia ecoar. E, por incrível que pareça, consegui! Andei na ponta dos pés pelo grande corredor até chegar às escadas, descendo lentamente. Meu celular estava com apenas 5% de bateria e a qualquer momento poderia acabar, levando embora a minha única fonte de luz. Mas não tenho tanta má sorte assim, não é?
Finalmente, passei pela salinha central e cheguei à porta de saída, sorrindo com a vitória em minha mente. Estendi a mão para girar a maçaneta dourada, fazendo com que a porta se abrisse facilmente. Tão fácil?
- O que está fazendo? - escutei uma voz rouca, fazendo-me dar um pulo de susto. Fechei a porta novamente e virei meu rosto para olhar Tom, que estava ao meu lado com o braço apoiado na batente, observando-me. É claro que não seria tão fácil.
- É... - olhei em volta, tentando achar uma desculpa - Eu precisava de um banheiro.
- Mas você tem um banheiro no seu quarto - retrucou.
- Ah, eu tenho? Meu Deus, não sabia! - fiz-me de desentendida - Obrigada - fiz dois joinhas com os dedos e dei meia volta, na intenção de voltar para o quarto.
- Você sabe que não vai conseguir fugir tão fácil, né? - ele falou, fazendo-me parar e virar meus calcanhares para olhá-lo - Essa casa tem alarmes por todos os lugares. Se você pensar em abrir essa porta e sair correndo, o alarme tocará e todos irão atrás de você - ele disse, ajustando sua postura com um sorriso malicioso - Pode tentar - ele deu de ombros e caminhou em direção a uma área que não tinha porta, suponho que seja a cozinha.
Joguei a cabeça para trás, choramingando pelo meu fracasso. Podem acreditar, isso aqui é mil vezes pior do que a faculdade.
Comecei a andar em direção a onde Tom foi, batendo o pé enquanto o via apoiado no balcão, comendo um sanduíche. É isso mesmo, isso aqui é a cozinha.
- Isso é ridículo! Eu não tenho nada a ver com essa briga entre você e meu pai! - exclamei, vendo que ele não me prestava atenção e sim em seu belo lanche. - Me responda, por que estou aqui?
- Porque você é minha isca para atrair o Jake até nós - ele deu uma mordida.
- Mas ele nem liga para mim, você está perdendo tempo.
- Todo pai liga para seu filho - ele olhou para mim com deboche, enquanto eu mantinha um semblante sério, mostrando que não estava brincando. Ele me encarou por alguns segundos e voltou sua atenção para o sanduíche.