Madelyn Miller, decidida a viver uma vida normal como qualquer outra mulher mudando seu sobrenome tão temido pelos os outros. No auge dos 18 anos, ela acreditava em esquecer seu passado indo para uma república de faculdade onde se sentia em casa, ma...
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-foi isso pessoal.- a professora de biologia se despede encerrando a aula
De maneira organizada, arrumo meus livros, empilhando-os cuidadosamente enquanto me levanto da minha carteira. Coloco a alça da mochila sobre os ombros e seguro os livros contra o peito, sentindo o peso deles. Caminho em meio à agitação do corredor, desviando com destreza das pessoas apressadas que parecem nem notar minha presença.
A faculdade tem se tornado cada vez mais desafiadora. Os conteúdos estão mais complexos e a quantidade de informações para assimilar é imensa! Embora não queira reclamar, é difícil processar tudo isso. No entanto, sou grata por ter um lugar para morar. Se não fosse pelo apoio da faculdade, poderia estar na rua, pedindo esmolas. Ao finalizar o movimentado corredor, entro em outro, mais vazio e com pouca iluminação devido às luzes desligadas. Apenas os raios de sol invadindo o espaço através das janelas.
Caminho pelo longo corredor até chegar a uma das portas, que ostenta uma placa dourada com detalhes prateados, exibindo o número "27". Coloco a mão na maçaneta e a giro rapidamente, abrindo a porta e revelando um pequeno quarto aconchegante.
Ao adentrar o local, dirijo-me à escrivaninha e coloco os livros em cima da superfície de madeira. Suspiro aliviada ao me livrar do peso cansativo dos meus braços e, em seguida, retiro a mochila, deixando-a em qualquer canto.
- Você consegue Madelyn- digo para mim mesma, resistindo à vontade de me jogar na cama e dormir.
Lanço um breve olhar para a cama, no canto esquerdo do quarto, com lençóis brancos sobre o colchão macio e um travesseiro fofinho à minha espera. Foco! Penso, tentando concentrar minha atenção na escrivaninha. Sento-me no pequeno banco e pego um dos meus livros, pronta para começar a ler as páginas que a professora passou durante a aula.
Passados apenas trinta minutos, já me sinto tonta com tantas palavras à minha frente. Para ser sincera, nem estou prestando atenção. Hoje, minha mente parece estar decidida a se distrair com qualquer coisa, em vez de focar no que precisa ser feito. Deve ser o efeito do sono, eu acho...
De repente, ouço a porta se abrir e lanço um breve olhar tendo visão de Elena segurando um copo do Starbucks. Volto minha atenção para o livro, na tentativa de ignorá-la, mas falho miseravelmente.
- Você não deveria estar na aula?- ela pergunta.
- Fui liberada mais cedo hoje- respondo, apoiando o cotovelo na mesa e apoiando a mão na cabeça- E você?
-Fingi estar doente- responde com uma risada, fazendo com que eu revire os olhos- Dormi bastante. Acho que é a primeira vez que tive mais de sete horas de sono-
